quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Corrida de Quadriciclos

Hoje meu sonho foi com uma corrida de quadriciclos, bem radical, mas do início até a conclusão passou por muitas diferenças de cenários. Começou quando eu cheguei ao local da corrida e tinha que fazer a tomada de tempos, como os treinos, onde seria formado o grid de largada. Mas o lugar onde correríamos era ridículo, não era um circuito, mas sim uma sala enorme e com uns carrinhos sem roda. A gente tinha que empurrá-los de uma parede à outra e quem fizesse em menor tempo largaria em melhor posição. A sorte era que o piso estava escorregadio, então empurrávamos os carrinhos e eles iam deslizando de uma parede a outra. Fizemos diversas vezes até falarem que o período acabou.

Então se começa a corrida. O cenário muda completamente. Não fica num autódromo com um número de voltas pré-definido, mas é uma corrida onde teríamos que correr do ponto A ao ponto B como o rali Paris-Dakar, bem estilo off-road. A largada seria num estádio fechado e existia uma grande torcida, estava lotado. Os carros eram todos quadricíclos estavam enfileirados no grid de acordo com o meu desempenho na classificação e eu não estava enxergando a minha posição. A maioria dos pilotos já estava nos seus respectivos carros. Fui passando e contando pra saber onde sairia, mas tinha muito mais caros do que nos treinos. Acho que eu contei uns 15 carros até chegar ao meu e eu não estava nem na metade. Devia ter mais de 50 carros. Posicionei-me logo depois da Jandira, colega de serviço, que me cumprimentou alegre. Vi também umas duas posições atrás o Helton, um antigo colega de serviço que não tenho mais contato.

Perguntei a outro piloto quanto que era o prêmio da vitória e ele disse que o primeiro colocado levava três milhões. Impressionei-me. Fiquei já m imaginando ganhando o tal prêmio, sonhando em se tornar o milionário. Então voltei a me concentrar na corrida. Teve a largada e foi aquela confusão de carros. Mas não conhecia nada do percurso e praticamente fui seguindo os líderes e fazendo o que eles faziam. Parecia uma gincana, pois não era apenas correr e ver quem era o mais rápido, mas tinha que subir umas escadas, pegar um item lá no andar de cima e descer e outras coisas.

Uma hora subimos com os carros por uma escada com degraus compridos que foi relativamente fácil. Mas na descida o líder soltou o quadriciclo pela escada e desceu escorregando sozinho por um poste ao lado. Pensei que fazia parte da regra, então fiz o mesmo. A descida pelo poste não foi tão fácil como eu os vieles fazendo. Quase cai, mas me segurei e desci devagar. Quando cheguei lá embaixo vi meu carro caído de lado como se ele tivesse despencado lá de cima e não descido suavemente pela escada. Arrependi-me de ter feito isso. Fiquei pensando que o líder não fez aquilo porque se tratava de uma regra da corrida e sim porque queria ganhar tempo na descida. Ele estava desligado e quando dei partida e acelerei, ele não andava direito, estava muito lento. Era terrível, parecia que tinha quebrado. Um dia aconteceu isto comigo quando andei de kart há alguns anos na vida real.

Resignei-me e continuei o percurso lento esperando que o carro melhorasse a desempenho. Então no caminho encontro meu irmão estirado no chão como se tivesse sofrido um acidente. Ele estava virado pra cima, mas com o pé dobrado. Desci correndo e perguntei se ele estava bem. Ele me respondeu: “Não muito”. Então fui com cuidado e tentei levantá-lo devagar e continuei perguntando o que tinha acontecido, mas ele disse que nada aconteceu. Alguns segundos depois ele levantou sozinho e aparentemente não tinha sofrido nada. Voltei ao meu quadriciclo e segui. O carro parecia estar melhor um pouco, mas eu acompanhei meu irmão até uma parte onde tinha lama e tinha uma mini-cachoeira e um riozinho onde passávamos com os carros. Então meu irmão me mostrou umas esculturas no barro que ele tinha feito. Algumas estavam bizarras, mas outras estavam bem feitas, uma parecida com a esposa dele e outra com o filho. Ele tinha desistido da corrida pra ficar brincando na lama. Achei muito estranho, perguntei por que estava fazendo aquilo e ele só me respondeu que tinha vontade. Tinha várias cabeças de barro e uma delas era um monstro. Ao lado da pista/água tinham vários torcedores e comentei com um que aquele monstro se parecia com um filme de terror que eu havia visto muito tempo atrás. Então eu e mais dois torcedores ficamos tentando descobrir qual filme era. Cada um chutava um filme de monstro, mas não era exatamente aquele. O sonho acabou sem desfecho. Só agora posso dizer que se tratava do filme “Os fantasmas se divertem”.

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