sábado, 27 de julho de 2013

Skoob – Repetição de livros

É viciante relacionarmos os livros que já lemos na rede social de livros, escrever resenhas, dar notas, ler a opinião dos outros e participar das discussões sobre literatura. Podemos colocar os livros que desejamos ler no futuro, marcar os nossos favoritos, os que estamos lendo, todas as opções possíveis. Eu estive pesquisando outras partes do site e existe um top100 das classificações que selecionamos. O Skoob pega as informações que todos inseriram em suas próprias páginas e mostra os livros mais lidos, mais desejados, que o pessoal mais está lendo, super legal.

Harry Potter e série Crepúsculo são poderosos. Os sete livros da série HP e 4 da série crepúsculo estão entre os 11 livros mais lidos pelos brasileiros que usam a rede social. Números impressionantes. Acredito que isto se deve ao local onde esta pesquisa se passou: a internet, onde a maioria dos usuários provavelmente seja de um público mais jovem.

Mas percebi que independente da categoria, os livros se repetem absurdamente. Existem livros que aparecem como os mais lidos, mais desejados, que está mais sendo lidos como, por exemplo: A Menina que Roubava Livros, é o 14ºlivro mais lido, o 3ºque o pessoal está lendo, o 1ºque as pessoas mais querem ler, é o livro mais desejado e o segundo favorito.

Podemos usar a mesma idéia para outros livros Best seller como:
- A Cabana: 18ºMais lido, 5º está lendo, 9ºvou ler, 22ºfavorito
- O Caçador de Pipas: 19ºmais lido, 45ºestá lendo, 30ºvou ler, 19ºFavorito
- O Pequeno Príncipe: 12ºmais lido, 74ºestá lendo, 67ºvou ler, 9ºmais desejados, 8ºfavorido.
- Anjos e demônios: 16ºmais lido, 37º estão lendo, 40ºvão ler, 41ºmais desejados, 27ºfavoritos.


Chego a uma conclusão que a grande maioria das pessoas lê os mesmos livros que as outras, não diferem muito. Podemos citar uma lista de 300 livros que uns 90º já leram, estão lendo ou desejam ler. É a ditadura dos Best Sellers, quem está comprando livros sempre procuram pelos mais vendidos ou os que estão nas prateleiras sendo expostos, escolhidos a dedo pelo livreiro ou pelas editoras para ser o carro chefe de vendas. As pessoas só querem ler o que os outros já leram e aprovaram, não querem ficar por fora de uma conversa sobre o livro do momento, da moda. Estar numa rodinha de amigos onde todo mundo já leu um determinado livro e apenas ela não deve ser chato.

Não vejo problemas em ler esse tipo de literatura, só acho que as pessoas não devem ler APENAS estes livros, ignorando outros que são mil vezes melhor e para um seleto grupo de fãs. Deveria haver uma maior pluralidade entre os livros lidos e também disponibilizados pelas livrarias. O melhor lugar para procurar por novas obras ainda é o sebo, onde estão exposta todas as obras independentemente se são Best Sellers ou não.

domingo, 21 de julho de 2013

O Cemitério

Livro do aclamado escritor Stephen King, me disseram que era o melhor que ele já tinha escrito. Não concordo. O melhor que li até hoje do autor é a Dança da Morte. Mas posso dizer que em matéria de terror talvez os críticos tenham razão em dizer que a tensão que a história cria no leitor vai de um modo crescente do início até culminar na parte mais medonha do final.

É difícil comentar este livro sem soltar alguns spoilers mínimos para o entendimento da história. Acredito que a maioria já sabe que a história se trata de um cemitério indígena específico onde o que se enterra volta à vida. Pra resumir, o gato deles é morto então eles enterram neste cemitério e o gato volta a viver, mas vira um morto vivo bem sinistro que causa arrepio em qualquer pessoa. Parece ser um gato do mal, não é o mesmo de antigamente. Logo depois o filho do casal, Gage, é morto e o pai em estado de loucura tem a estúpida idéia de enterrar o filho. As conseqüências serão terríveis.

A minha crítica ao livro é que ele demora muito pra engatar. Talvez eu tenha sido afetado por já saber o que vai acontecer. Entre a morte de Gage e a parte em que Louis Creed resolve enterrá-lo no Cemitério leva umas 200 páginas de blábláblá. Tudo poderia ter sido resolvido mais rapidamente. Já a melhor parte da história, a qual estávamos todos prontos esperando para nos deliciarmos, a volta de Gage, se passa rapidamente e termina em 20 poucas páginas. É uma brochada!

Assisti ao filme antes da leitura do livro e devo dizer que ele é bem adaptado, não falta nada na tela que esteja na história original. Mas o fato de eu já ter visto o filme pode ter tirado boa parte da apreciação da obra.

Livro: O Cemitério
Filme: O Cemitério Maldito
Música: Pet Semetary - Ramones

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Burrice Máster

Tenho um joguinho divertido faz mais de 15 anos e que de vez em quando pego para me divertir com amigos, o Máster. Basicamente um jogo de perguntas e respostas de 9 diferentes assuntos e o que se sai melhor acertando diferentes conhecimentos, ganha. Entretanto ele não é muito popular, as pessoas têm medo dele acham que os outros vão considerá-los burros por não saber responder alguma dessas perguntas. Só esta idéia eu já acho burra.

Ao invés de um baralho, um dominó ou outro jogo popular, eu saco o máster e inflijo dor nos outros. Eu gosto de aprender novas coisas e não tenho medo de errar. Claro que pode ter algum idiota e inventar de zoar o outro que não sabe alguma resposta, mas eu gosto de sair de um lugar sabendo mais do que quando cheguei. É um pensamento tão simples que me surpreendo que muita gente não pense assim. Não sabem e não gostam de aprender e tem raiva de quem sabe. No Brasil, quem é criticado é aquele cara inteligente que sabe responder tudo, é folgado, espertinho e se acha melhor que os outros. O bom mesmo é aquele que não sabe nada. Por isso que estamos atrasados na área da educação. No exterior o cara que sabe muito é admirado e reconhecido, os que não sabem procuram estudar.

Algumas pessoas com que eu convivo seja no serviço quanto nas amizades são muito mais inteligentes que eu. Não digo apenas em matérias descolares como português ou matemática, mas em conhecimento geral sobre todos os assuntos, uma boa cultura. Tento sempre me esforçar para manter pelo menos uma conversa no mínimo no mesmo nível, saber do que estou falando mesmo que não domine o assunto.

Acho curioso que quando estou em um meio do qual entendo pouco, sou o burro do lugar. Mas se eu vou pra perto de outras pessoas sou considerado o mais inteligente. O fato é que sempre existira alguém mais inteligente que você e mais burro que você, não importa o quanto se esforce. Tenho uma amiga que me acha um puta crânio, inteligentíssimo. Acho graça, pois uma outra pessoa tem uma opinião inversa de mim me considerando com pouca informação. Depende com quem comparamos. Qualquer pessoa igualada ao Einstein é burra e qualquer um comparado ao Tiririca é inteligente. Bom, nem todo mundo, mas essa é a idéia.

Neste dia em questão eu saquei o máster pra usar com cinco pessoas. Dois são meus amigos e considero inteligentes. As outras três eu não conhecia. Na hora que mostrei como funcionava o jogo essas três já tentaram fugir, com medo. Insisti e elas participaram. Não sabemos tudo o que é perguntado, pois algumas perguntas são bem difíceis, mas podemos chutar e tentar acertar. Pra chutar, quanto mais informação temos, mais perto do alvo chegamos. Não lembro direito da pergunta, mas a resposta seria um país próximo da Grécia. Se alguém for tentar acertar, vai dizer um país próximo a ela então tem que ter um prévio conhecimento do mapa da Europa. A menina que foi responder não sabia nem aonde era a Grécia e respondeu América do Sul, um continente, sendo que perguntamos o país. Tudo bem que as pessoas não sabem muita coisa e temos diferentes níveis de conhecimento, mas esta informação é básica e deve ser ensinada da quarta serie. Dá um desânimo e uma tristeza em constatar o fato. Essas mulheres que participaram do jogo não eram pobres, humildes ou com falta de conhecimento. As três já tinham feito faculdades e ganhavam muito bem nos respectivos empregos. Cultura geral não é sinônimo de sucesso.