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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Centro Espírita em Pirituba

Sempre tive curiosidade e na semana passada visitei um centro espírita pela primeira vez. Aproveitei da disponibilidade da tarde que tive e acompanhei meu pai que bate cartão toda quarta feira. Todos os dias têm alguma atividade diferente neste lugar, mas meu pai gosta de ir neste dia onde toda quarta feira uma pessoa diferente é convidada a dar uma palestra. Já li muitos livros espíritas e formei uma imagem do lugar em minha mente. Gosto muito da doutrina espírita, não é tudo que eu concorde 100%, mas pode-se dizer que é a que eu mais simpatizo em relação a todos os credos disponíveis no mercado.

Chegamos tranquilamente e vi que a sala onde se realiza a palestra e relativamente pequena. Na verdade é uma casa normal que eles aparentemente alugaram para realizar seus encontros, mas bem agradável. Sentamos e começamos a conversar enquanto os outros estavam chegando.

Existe um orador oficial das atividades. Quando teve o início das atividades ele fez uma oração do pai nosso e neste momento toda a sala se acendeu luzes azuis dando um aspecto meio divino. Ao terminar, as luzes retornaram e começaram-se os recados. Informou das atividades que o centro realiza, doações aos pobres, a biblioteca de livros espíritas que existe no local para consulta gratuita, um encontro que planejam fazer etc. Esse cara é muito espirituoso e toda notícia que deu tinha uma piadinha embutida fazendo o ambiente se tornar cada vez mais descontraído e agradável.

Logo em seguida o palestrante tomou o posto no totem. Neste dia o convidado foi William Sanches, jornalista que atua em diversos meios de comunicação e também é professor universitário. Sua palestra foi boa e bem auto-ajuda. Falou sobre os rótulos que todos nós temos e de como também rotulamos as pessoas. Comentou sobre as mágoas que nos criamos em nossas vidas e disse para sempre buscarmos realizar os sonhos que temos, criar em nossas mentes a frase “E se eu fosse feliz? |Que caminho adotar”. Falou que as pessoas normalmente gostam de tragédia e tem preconceitos. E que devemos cultivar mais o amor e a gentileza.

Logo depois começou a sessão de passes. Existe uma sala ao lado desta primeira onde é realizado o procedimento. Pensei que a ida era espontânea e só ia quem quisesse. Mas fui vendo que todos tinham que ir. A ordem era de trás para frente, uma mulher ia indicando quem poderia entrar na sala já que só comportava sete pessoas de cada vez. Durante a entrada e saída das pessoas na sala, aquele cara do início ia lendo trechos da bíblia com uma música calma no fundo. Quando chegaram nossas vezes ela tocou levemente em nossos ombros indicando que podíamos ir e nos direcionamos até a porta. Quando entramos, ai sim a imagem que tive foi como na minha imaginação. Lá dentro, em frente às cadeiras que sentamos, tinham sete pessoas todas com roupas brancas nos esperando como se fossem a tropa de choque celestial pronta pra tirar as impurezas de nossos corpos. Eles realizam os procedimentos em silêncio e de vez e no final dão uma mensagem positiva tipo “que Deus te acompanhe” ou coisa parecida. Ao sair da sala, passamos por uma mesa onde tem vários copos d’água nos esperando, então devemos beber um e voltar aos nossos lugares. Todos passam pela sala incluindo as crianças que estavam em outra sala só para jovens e no final os que estavam trabalhando no local (as moças, o palestrante e o cara do início das atividades). Passa uma idéia de igualdade entre todos.

No final o cara dá mais alguns recadinhos. Apagam-se as luzes, voltam-se as luzes azuis e é rezado mais um pai nosso. Ai sim se encerra as atividades e todos nós podemos ir pra casa. Achei bastante positiva a experiência. Não poderei repetir com freqüência já que o horário de início coincide com o final do meu período de trabalho. Mas assim que possível quero ir novamente. É bem menos barulhento do que outras igrejas da moda por ai, e não somos atacados pra tirar o demônio do corpo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal 2012

Feliz Natal e que todos tenham bons momentos com a família nestes dias. É engraçado, mas acho que só no Brasil o povo solta fogos na virada do dia 24 para o dia 25 de Natal. Pensam que é final do ano. Pobre adora soltar fogos e gastar dinheiro com esta porcaria. Pagar conta de água e luz não paga, mas estourar um rojão quando o Corinthians faz um gol é obrigação. Torra grana em presentes e em fogos de artifício no Natal e entra pro SPC em janeiro.

Quem me conhece sabe que não sou fã dessas festividades e minhas críticas à data ser mais comercial que religiosa, mas este assunto não vem ao caso. Gostaria de comentar que muita gente não comemora o Natal do jeito que ele foi criado. É uma data cristã, católica, que celebra o natal, ou o nascimento do messias do cristianismo. Logo todas as outras religiões que não tem ele como o messias teoricamente não comemorariam este dia, como os judeus, os mulçumanos, os budistas e os hindus só para citar algumas que somadas já devem fazer mais de 70% da população mundial.

Li uma pesquisa recente que a quantidade de cristãos caiu de 35% para 32% no mundo. E isto é os que se declaram cristãos. Eu sou batizado na igreja católica e se alguém me perguntasse, eu diria que sou católico de batismo e entraria na mesma porcentagem de cristãos do mundo, mas não sigo a religião como um fiel deveria seguir. Tenho outras crenças na vida e acredito que outras pessoas têm o mesmo comportamento que o meu. Muito cristão não tem uma vida religiosa, não comparece à igreja e nem lê textos bíblicos. Teoricamente este povo não comemora o nascimento de Jesus.

Se juntarmos todas as religiões do mundo que não crêem em Cristo como salvador e mais os cristãos de batismo que não seguem a religião por não acreditarem em seus preceitos, a quantidade de gente que comemora o natal como uma data religiosa cai drasticamente. Mesmo assim, o final do ano, principalmente nas ultimas duas semanas, são celebrados em todo o mundo independente de sua crença por ser a passagem do ano. Mesmo os Judeus que tem outro calendário e celebram a virada do ano em outra data comemoram com os outros a passagem Gregoriana.

Acho curioso quando o UOL escreve matérias de como “os outros”, os não-cristãos, comemoram a passagem do ano como se eles fossem exceção e não a regra. Os cristãos é que são a minoria no mundo e não o contrário. E todos comemoram o Natal e o ano novo, pelo menos no Brasil. É uma época de festas. No Japão o dia 25 de dezembro é feriado como aqui, mas lá não é natal e sim aniversário do Imperador. Que imperador? Não sei, mas é comemorado nesta data.

E para os cristãos de plantão, vai uma informação: Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Eu acredito que Jesus realmente existiu e foi um líder em seu povo e contestador do regime ditatorial da época, mas nasceu em outra data. Sabe de onde o pessoal escolheu esta data específica? De outro deus da antiguidade chamado Hórus. Veja abaixo quem foi Hórus e repare na incrível coincidência (coincidência?) com o Jesus de Nazaré:

• Ele nasceu em 25 de dezembro de uma virgem - Isis Maria
• Uma estrela no Oriente proclamou a sua chegada
• Três reis foram adorar o "salvador" recém-nascido
• Aos 12 anos de idade, quando ainda um menino, ele tornou-se um professor prodígio
• Aos 30 anos ele foi "batizado" e começou um "ministério"
• Hórus tinha doze "discípulos"
• Hórus foi traído
• Ele foi crucificado
• Ele foi sepultado por três dias
• Ele foi ressuscitado depois de três dias


Enfim. Religiões a parte, desejo boas festas a todos nestas ultimas semanas de 2012. Que o ano seguinte seja melhor que este que passou!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Estrela-Demônio

Mesmo quando criança, quando gostava de astronomia, eu achava curioso quando meu professor de ciências citava Deus nas aulas. Pois como todos nós sabemos, ciências e religião são formas de pensamento distintas, uma é racional e a outra teológica. Naquela época eu já me identificava como pertencente ao grupo dos racionais, coisa que sou até hoje, mas não tenho tanta certeza assim da separação dos dois conceitos. Sim, eles se divergem e quem opiniões totalmente diferentes em alguns pontos. Mas em outras áreas eles se complementam. Meu professor, ao descrever o funcionamento das células ou dos planetas e estrelas ele sempre dizia que Deus era muito criativo e mostrava a quantidade de detalhes diferentes e fantásticos que havia no Universo. Sempre foi minha aula preferida na escola.

Li um artigo recentemente sobre ALGOL, conhecida como a estrela-demônio. Em 1667 o astrônomo Geminiano Montanari observou que a estrela mudava de brilho. Mais de 100 anos depois outro astrônomo sugeriu que essa mudança de brilho poderia ser de algum astro passando na frente da estrela como um eclipse, logo depois confirmada. Então em 1881 descobriu-se que se tratava de 2 estrelas a orbitarem entre si, e não uma apenas, formando-se um sistema binário: Argol A e Argol B. Hoje em dia sabemos que existe uma terceira estrela, a Argol C, que orbita essas duas, por isso tanta mudança de brilho vista de longe.

Cada vez que ampliamos nosso conhecimento, mais sabemos que não sabemos nada. Antes o que era apenas um ponto no céu, uma estrela, se tornou quase em um sistema de estrelas orbitando entre si, coisa que a maioria das pessoas não conhece por estarem presas à idéia do sistema solar de uma estrela e vários planetas a orbitando.

Outra coisa interessante é que a observação e o estudo de Argol remetem há 3.000 anos pelos egípcios, que já haviam reparado nesta mudança de brilho. Fico impressionado com a habilidade e o conhecimento de civilizações antigas como o Egito e a China que tinham instrumentos rústicos e com quase nenhuma tecnologia e sabiam tanto quanto nós a respeito do Universo. Por essas e outras que acho plenamente razoável as suposições do livro “Eram os Deuses Astronautas”, onde eles acreditam que já fomos visitados por seres alienígenas que nos instruíram a respeito e novas tecnologias vindas de fora e que, naquela época, pensávamos que era presente dos Deuses.

Sabemos que o ser humano, desde a época das cavernas, existe há 200 mil anos. Mas devido à deterioração que o mundo sofre só temos registros da nossa civilização até, no máximo, 4.000 anos atrás no Egito. O que aconteceu nessas 196 mil anos? Neste livro também vem outra teoria, que existia outra civilização antes da nossa datada de 15 a 20 mil anos antes de Cristo que tinha alto grau de conhecimento e desenvolvimento. Alcançaram um progresso ainda maior que o nosso, mas de sumiu por razão ainda desconhecida. Logo o estudo de astros pode ser ainda mais antigo, vai saber.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Discussão sobre religiosos

Meses atrás, mudando o canal em um dia onde não tinha nada pra fazer e pra assistir, parei naquele programa chato da Luciana Gimenez que nem sei qual é o nome, mas que sempre gera polêmica levando convidados polêmicos pra debater algum assunto nada relevante. Às vezes acertam no assunto, mas erram nos convidados chamando gente que tem limitação de visão.

Neste dia estava tendo uma discussão sobre os evangélicos e como convidados estavam o Conrado e a Andréia Sorvetão, casal que eu não via desde o Trapahotel, nem sabiam que eram casados. Eles são evangélicos fervorosos e a cada 10 palavras, uma é Jesus Cristo e outra é Deus. É difícil julgar, pois cada um faz de sua vida o que quiser, mas para uma pessoa não religiosa, uma conversa em que a pessoa insiste em meter a religião em qualquer assunto debatido é extremamente irritante. É como aquele joguinho do Silvio Santos que a cada três palavras deve se dizer PIN. Exemplo: Então você viu PIN o que aconteceu PIN com a televisão PIN. Conversar com alguém falando PIN pra tudo é irritante, não é? Então troque a palavra PIN pela palavra Deus e você terá o exemplo de uma conversa com um evangélico.

Tenho amigos que por acaso são evangélicos e são muito gente boa, agradáveis, confiáveis e que podemos ter uma boa conversa sobre qualquer coisa, sabe porque? Por que não falam de religião. Tem um amigo meu que se não tivessem me dito que ele era evangélico, eu nunca iria saber. Ele nunca me disse, e eu o respeito muito.

Neste programa o Conrado e a Sorvetão eram este tipo de evangélico que eu citei acima e eram bem chatos. Mas assisti um outro programa em que debatiam sobre o casamento gay e é claro que convidaram um pastor pra criar polêmica sendo o do contra. Um assunto desses com participação de um religioso deve ser garantia de barraco e audiência. Mas quando vem um representante mais alto, um pastor, um padre mais culto, a discussão se torna interessantíssima, pois debatem em um nível mais elevado. Esse pastor que foi, não vou me lembrar o nome, sabia falar, tinha o dom da oratória e não era bobo. Ele não iria despejar um monte de bobagens que o povão geralmente faz, mas ele também não pode ir contra os ensinamentos da sua igreja. Quando falavam sobre as histórias pessoas dos casais gays e perguntavam sua opinião, primeiramente ele vinha bem educado, simpático dizendo que cada um fazia da sua vida o que bem entendesse, fazendo a conversa ficar bem agradável e aceita por todos, mas no decorrer do discurso ele ia mudando astutamente a direção indicando que o certo seria uma união hetero que aquilo estava errado. Não vou discutir se está certo ou errado o homossexualismo, assunto para outro dia, mas sim a habilidade deste pastor mesmo se contradizendo fazer o discurso mudar de mais suave para mais agressivo. Só prestando atenção no que ele dizia que percebíamos a jogada.

A cada pergunta ele começava de um jeito bem lógico e racional fazendo eu ter admiração pela sua inteligência e opinião, mas depois de uns 2 minutos ele cagava e dava aquela versão da igreja. Eu fiquei com a impressão de que ele verdadeiramente não acreditava naquela opinião da religião e só mudava o discurso pra não perder o cargo de pastor. Via-se que ele era culto.

Uma pessoa que já nasce ou que tem um treinamento de oratória, tem capacidade de convencer muitos ignorantes. Precisa-se prestar atenção ao discurso e perceber a mudança de opinião ou se realmente bate com suas crenças.

domingo, 1 de julho de 2012

Globo X Record - Religiões

Nesta semana o ibope divulgou a notícia sobre as crenças religiosas dos brasileiros e que o número de evangélicos subiu. Eu vi este anúncio na quinta-feira em um jornal da tv Globo, talvez o Jornal Nacional não me lembro, e lá foi dito que os evangélicos subiram 61% em 10 anos e que os católicos caíram 9%. A Globo então confirmou o crescimento dos evangélicos, mas ressaltou que os católicos ainda é líder no total de fiéis do país tendo 64,6% de fieis contra 22,2%.

Na sexta-feira eu estava assistindo o Jornal da Record e essa mesma notícia foi divulgada. Não sei se foi anunciada atrasada ou era repeteco do dia anterior, mas o conteúdo era o mesmo da rival. Claro que anunciaram que os evangélicos tiveram um grande crescimento, ressaltaram que os católicos caíram e parou por ai. Eu estava louco pra ver se eles iriam informar que os católicos eram a maioria e confirmei que eles omitiram o fato.

Achei muito interessante ter a visão do mesmo fato sendo noticiado por duas emissoras concorrentes com diferentes pontos de vista. Os números são os mesmos, nenhuma delas mentiu, mas cada uma noticiou o fato a sua maneira. De acordo com a Globo, os Católicos são a maioria dos religiosos do Brasil. Á a Record informou que os Evangélicos são os que mais cresceram. É a mesma lógica dos comerciais de produtos no mercado que eu estudei na faculdade. O produto A diz ser o melhor por ter o melhor desempenho, mas fica quietinho em relação ao preço. O produto B diz ser o melhor por ter o melhor preço, mas nem abre a boca em relação à qualidade. E assim vai a concorrência. Por isso a habilidade do vendedor é tão requisitada e recompensada pelas empresas. Não importa a informação, contanto que você transmita da forma que queremos.

Acho ridícula a disputa religiosa das duas maiores emissoras do país. Não tenho crença em nenhuma das duas religiões. É claro que o pessoal da Record vai defender os evangélicos porque os donos o são e eles ganham mais a cada vez que adquirem novos adeptos. E a Globo protege mais os católicos, pois é a maior parte da população e isso é importante para a audiência. Além disto acredito que os católicos são mais conservadores, mais parecido com a visão da emissora.

A informação é soberana. Deve-se divulgá-la sem juízo e valores. É por isso que eu defendo alternativas como o Wikileaks que divulga como é e não como o governo, a sociedade, as empresas querem. Eu defendo também que os órgãos de imprensa tenham colunas com as opiniões pessoais e as opiniões oficiais da emissora a qual representam. Mas deveria ter a noticia completa sem opiniões na outra página ao lado. Cercear a informação é herança da ditadura e um mal que nunca sai de moda. Na Argentina a censura voltou pra valer, fora outros países da América do Sul. Espero que o Brasil não entre na onda.