sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Revendo antiga colega de serviço

Hoje sonhei novamente com uma briga, ando sonhando muito com este tema. Eu estava trabalhando, mas não era meu serviço de verdade. Parecia muito uma escola do ensino médio e meu colega de trabalho era o Danilo Gentili naquele figurino do stand-up com boné e roupa de moleque. Nós precisávamos fazer uma mudança que aparentemente não era permitida pelo bedel da escola. Ele estava sentado em uma mesa no fundo do pátio da escola e do outro lado do pátio havia várias portas umas do lado direito e outras do lado esquerdo que dava acesso às salas de aula. Nós precisávamos transportar os alunos e as mesas e cadeiras de um lado para outro. Então para fazer a operação teríamos que pegar as coisas de uma sala do lado direito e atravessar o pátio para entrar na sala do lado esquerdo, carregando as mesas nas costas e os alunos. Claro que estava uma piada só com o Danilo, mas todo mundo foi atravessando quietinho com o corpo um pouco arqueado. Deve ter passado uns 30 alunos sem que o bedel soubesse.

Antes de atravessar encontrei com uma antiga colega de serviço que há muito tempo não via. Nós fomos contratados no serviço no mesmo dia, nos apresentamos na mesma hora para o gerente e tivemos que nos apresentar ao gerente geral juntos. Logo depois fomos trabalhar na mesma sala de atendimento ao público, ainda crus sem nenhum conhecimento e tivemos que apoiar um no outro para ir aprendendo o serviço na raça, pois os antigos não tinham muita paciência de nos ensinar. Então pegamos uma amizade. No início do serviço nós conversávamos muito e comecei a gostar dela. Ameacei um contato maior, mas descobri que ela era recém noiva e estava realmente apaixonada pelo marido. Logo depois eu cheguei a conhecê-lo em um churrasco da empresa. Carta fora do baralho e já descartei qualquer proximidade. Depois de um ano de serviço ela se mudou para outro departamento em outra cidade e perdemos contato. Isto foi há 7 anos. Eu gostaria de revê-la para conversarmos sobre nossas experiências neste tempo, trocar figurinhas, mas acho difícil, pois não me lembro do sobrenome dela e só com o primeiro nome é complicado. Enfim.

Ela estava nesta sala do sonho, me reconheceu e começamos a conversar. Aparentemente ela estava na área da medicina e fazia algum trabalho de médica ou enfermeira. Trocamos de sala todos e na nova sala nos sentamos nas mesas como se fossem alunos mesmo esperando um professor. Sentamos nas primeiras mesas e continuamos nossa conversa. O marido dela também estava junto, sentado atrás e ouvindo tudo. Mesmo respeitando tudo eu fiquei um pouco intimidado com aquele fiscal logo ali atrás e comecei a escrever num pedaço de papel minhas informações pessoais como telefone, e-mail e endereço atual do serviço para continuarmos a conversa outro dia. Eu também precisava encerrar a conversa porque tinha que continuar meu serviço. Tínhamos que fazer um levantamento dos materiais e o Danilo Gentili estava sentado no fundo da sala me esperando. Então escrevi meus contatos no caderno dela e estava tentando me despedir.

Durante este período ela começou uma briga com o marido por algum motivo que eu não sabia. Eu estava pensando que ele estava ficando com ciúmes por causa da nossa conversa e parece que o sonho captou este pensamento e jogou na situação com uma briga de casal. Ai, de sacanagem, ela meio que se jogou pra cima de mim sentando no meu colo e me abraçando pra fazer ciúmes pra ele. Achei muita sacanagem. Ela estava me inserindo na briga deles, me levando para o meio da briga sendo que eu não tinha nada a ver com a situação. Imediatamente falei para ela parar e tentei tirá-la para o lado, mas ela resistia e forçava a situação.

Apesar da briga deles e da desconfiança do cara, eu acreditava que ele era inteligente o suficiente pra saber que eu não tinha nada a ver com aquilo e que toda aquela ceninha era coisa da mente diabólica de uma mulher com raiva. Desta vez resolvi por um fim na minha participação e deixá-los com a briga. Levantei-me, forçando ela a sair do meu colo e se sentar na cadeira ao lado, me despedi dos dois e comecei a me dirigir para o fundo da sala. Como a minha cadeira era a primeira, eu passei pela cadeira dela e depois pela dele antes de seguir no corredor da sala de aula. Quando passei pela frente da cadeira dele ele prendeu meus pés nos deles tentando me fazer tropeçar. Na hora eu me segurei e não cai. Mas tentava me desvencilhar dos pés dele e ele prendia ainda mais tentando me provocar. Eu não iria entrar numa briga com ele e torcia para ele não inventar de partir pra cima de mim. Mas com meus pés presos ele continuava a discutir com a mulher e fazer uma cara de choro e de revolta como se ela tivesse o traído comigo. Quase falei pro cara que eu não tinha nada a ver com aquilo. Nesta hora eu acordei.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Roubo da mochila

Mais um sonho sinistro, tenho tido muitos parecidos ultimamente. Um dia sonhei que estava sendo esganado. Hoje a angústia que sofri foi diferente. Eu estava caminhando à noite na rua D.Veridiana e me dirigindo para o metrô Santa Cecília como se eu fizesse aquele caminho todos os dias, com minha mochila característica que uso na vida real, quando de repente acaba a força e todos os postes da rua se apagam de modo que eu não conseguia enxergar um palmo diante do nariz. Havia outros transeuntes na rua, mas parecia que cada um já estava se arrumando e conseguindo se sair bem da situação.

Bateu aquele momento de desespero de não saber onde estava indo quando eu me abaixei e achei uma grande lanterna cinza. Que coincidência! Eu, no escuro, precisando de uma luz e o que eu acho bem na minha frente? Uma lanterna. Eu achei que um policial (policial???) tinha esquecido na rua quando acabou a força, mas peguei porque precisava e ia deixar no local mais próximo para que fosse devolvida. Mesmo com a lanterna estava difícil de enxergar, pois havia o chão imediatamente a sua frente e a frente. Eu tinha que olhar onde estava pisando e olhar pra frente pra não bater em nada. Neste estado fui seguindo,

Quem conhece a região sabe que a rua D.Veridiana acaba na estação Santa Cecília, mas no meu sonho a estação República vinha antes. No meu caminho eu sempre me dirigia para a Santa Cecília. Mas como o caminho estava muito escuro e confuso, resolvi ficar na República mesmo. Vi 3 primas minhas que estavam na porta e hesitei. Não queria me encontrar com elas, então pensei em continuar andando até a próxima estação, mas desisti pelo perigo de continuar caminhando no escuro e entrei nesta estação mesmo assim. Não só porque eu poderia esbarrar com minhas parentes, mas porque a estação República estava muito cheia, entupida, muito provavelmente por causa do problema da energia.

A lanterna sumiu. Esqueci dela no momento que cheguei à estação. Eu estava entrando, meio preocupado em passar pela entrada sem ser notado pelas minhas primas e também me preparando para enfrentar o mar de gente na escadaria, trombando com outras pessoas. De repente ouço alguém gritando que alguém tinha perdido algo. O cara gritou perguntando se aquilo era de alguém. Foi então que percebi que eu estava entrando na estação sem minha mochila. Impressionante eu não ter notado minha mochila saindo das minhas costas. Parecia o Houdini! Na hora me ocorreu que tirar uma mochila assim sem o conhecimento do dono só poderia ser obra de um especialista na arte do roubo.

Quando olhei para trás vi um sujeito com minha mochila nas mãos gritando e procurando o dono. Neste momento fui a sua direção para clamar por minha mochila, me desviando das pessoas que nos separavam. Faltando uns 2 metros pra chegar até ele o cara começa a se dirigir pra fora da estação. Fiquei desesperado vendo o maldito indo embora com minha mochila e apertei o passo empurrando as pessoas para alcançá-lo. Consegui finalmente segurar seu braço e dizer que era minha. Mas para meu espanto ele desconfiou de mim como se fosse eu que queria dar o golpe da mochila roubada e pegar um objeto que ele tinha achado. Saímos do centro da entrada da estação, nos encostamos-nos a uma muretinha no canto, colocamos a mochila em cima e eu perguntei pra ele como poderia provar que a mochila era minha. Eu não tinha nenhum documento meu dentro. Então disse que se eu dissesse o que tinha dentro pra ele antes de abrirmos a mochila ele se convenceria que era meu. Ele concordou.

Pensei no que mais ele se surpreenderia de eu ter o conhecimento e lembrei-me do livro que estava lendo. Obviamente citar o nome do livro seria uma ótima prova. Quando começaria a falar, percebi que não me lembrava do nome do livro. Nossa, como tentei lembrar. É terrível querer falar algo que aparentemente você sabe e não conseguir. Resolvi nem falar sobre o livro. Se eu dissesse apenas que tinha um livro dentro, ele iria me perguntar qual era. Eu não ia responder e ele ia desconfiar mais ainda de mim. Como eu estaria lendo um livro e nem saber o nome dele. Consegui falar que tinha um guarda chuva e uns papeis, mas não me lembrava de nada que fizesse a diferença. Na hora ele concluiu que eu não era o dono.

Fiquei irritado e disse que poderíamos resolver então na polícia. Olhei em volta e vi dois policiais em um daqueles quiosques, uma base da polícia móvel. Chegamos lá, relatamos o ocorrido e eu perguntei como poderíamos resolver a situação. O sonho ficou um pouco nebuloso, como se discutíssemos e como se tivesse passado um tempo maior do que foi. O cara que achou minha mochila estava exaltado ainda achando eu não era que eu estava dizendo. Ele balançou a mochila como se ela fosse de mentira pra tentar provar que eu era uma farsa, um embuste. Quando balançou, a mochila abriu e virou como se fosse um saco plástico rasgado. A idéia dele era mostrar para os policiais que a mochila era de mentira e que estava vazia. Mas quando olhamos ao redor, minhas coisas estavam todas jogadas e espalhadas no chão sendo pisoteadas pelas pessoas.

Xinguei muito o cara e comecei a recolher meus pertences como se tivesse sido vítima de bullying. O cara reconheceu minha idoneidade e começou a chorar arrependido de ter tomado aquela atitude. Ele começou a me ajudar a recolher as coisas, mas parava e voltava a chorar. E eu ainda xingando ele e falando para os policiais pra tomar uma atitude. Nesta hora acordei.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Iluminado - The Shining. Livro e filme

Estou numa fase de descoberta do autor Stephen King lendo alguns dos seus diversos livros. Eu estava escolhendo apenas aqueles dos quais ainda não tinha se transformado em filme. Quando perguntei a conhecidos os melhores livros dele, sempre me falam da Coisa, Carrie e O Iluminado, todos já tinham seus respectivos filmes. Então fiquei curioso e resolvi ler The Shining. livro que foi transformado em filme por Stanley Kubrick e está no meu top10 de melhores filmes de terror já feitos. Um filme com tantas qualidades deveria ter um livro à altura. Será que ele continha tudo o que foi filmado? Será que faltaram coisas importantes não inclusas no audiovisual? Só lendo pra saber.

Antes eu já tinha lido boatos na internet dizendo que Stephen King não gostou da adaptação feita por Kubrick na época. E que tinha sido refilmado em 1997 com mais fidelidade ao livro, mas que esta segunda adaptação não teve tanto sucesso quanto a primeira. Não sei se é verdade, mas fiquei surpreso ao rever o filme e reparar que o roteiro tinha sido adaptado pelo próprio autor e por outra roteirista. Se ele escreveu, deve ter gostado. Mas enfim, deve ser boato.

Pretendo escrever este texto sem dar spoilers importantes de nenhum dos dois materiais. Tenho que contar alguma coisinha, mas nada que estrague o final. A história do filme resumidamente é sobre um casal e um menino que vão cuidar de um hotel que se localiza numa região montanhosa e de difícil acesso. Durante 6 meses do ano a região sofre com um severo inverno e a quantidade de neve impossibilita hospedagens e as estradas ficam totalmente intransponíveis. Então os administradores contratam um zelador para tomar conta do hotel durante este período negro. Mas tem duas particularidades: Primeiro que o hotel têm uma história pregressa bem macabra. Outra que o filho deste casal tem uma habilidade de enxergar espíritos, ler mentes e prever o futuro, é um iluminado. Daí vocês já imaginam por onde vai.

A história do filme realmente muda muito da original no livro. Primeiro de tudo o filme já começa com a família Torrance aceitando o emprego e indo para o hotel. A primeira metade inteira do livro é contando sobre a história desta família, onde Jack está se recuperando do alcoolismo e de uma demissão. O casal não está uma maravilha e os avós de Danny também são terríveis, todos com problemas de relacionamento. O diretor Kubrick claramente resolveu excluir toda esta parte e ir direto para o que interessava: os acontecimentos paranormais do hotel. Todo o filme se passa na metade final do livro. Em minha opinião foi uma excelente escolha de direcionamento. Contar toda aquela ladainha inicial seria desperdício de tempo e o filme ficaria com umas 4 horas de duração. Uma coisa interessante foi sobre o quarto 217. No filme resolveram dizer que o quarto mal-assombrado era o 237, que não existe na vida real, para que os hóspedes não ficassem com medo de se hospedar lá. Bobagem. Se eu tiver oportunidade de visitar este hotel, pediria para ficar no quarto 217 original do livro.

Tem coisas que são muito importantes no livro que acabaram não sendo adaptadas no filme e que acho que poderiam ter sido feitas como a conversa que Dick Hallorann, o cozinheiro, tem com Danny. No filme esta conversa foi bem superficial e no livro foi mais explorado o fato dos dois compartilharem as mesmas habilidades. Outra coisa que não foi adaptada foram as esculturas na frente do hotel, arbustos podados em forma de animais. É muito importante e acho que a tecnologia não era avançada o suficiente para criar esses efeitos especiais, coisa que hoje é a coisa mais fácil de fazer. Resolveram adaptar com um labirinto de arbustos que acho que já existia no hotel real.

Em relação ao atores. Dick é o mais fiel ao livro. Jack Nicholson acaba sendo melhor do que o Jack Torrance pela suas própria personalidade doidona. Já a mulher dele é uma dúvida pra mim. A atriz não é muito boa, o Kubrick chegou a rodar uma cena 127 vezes, pois ela fazia coisas erradas. Mas uma coisa me chamou a atenção. No livro, a Wendi é retraída e submissa ao marido assim como representada na tela do cinema. A duvida é se a atriz representou assim para ser fiel ao livro ou se foi coincidência. Se for, retiro tudo o que eu disse e reconheço a qualidade da atriz. Apesar de Wendi ser loira no livro, o resto é igualzinho.

Muitos fatos sobrenaturais que aparecem no filme foram inventados pelo diretor e talvez pelos roteiristas já que não existem no livro. Acho que ele teve a intenção de passar apenas a idéia e não uma adaptação 100% do que acontece, logo foi bem sucedido. Já na parte mais punk do filme, há cenas retratadas fielmente ao livro, inclusive os mesmos diálogos. Já o final foi completamente mudado e para melhor. O final do livro se fosse retratado igual, seria considerado clichê.

No livro, diferentemente do filme, o principal personagem é o hotel. Quase toda a história dele é relatada durante toda a história como se fosse uma pessoa em carne e osso. Claro que Danny também é importante, mas o hotel tem papel de destaque.

Quem é fã do filme assim como eu e tem interesse na história do livro, digo que não achei tão essencial assim. Gosto do início e de toda a história dos Torrance, mas quem curte apenas as partes de terror, não é tão interessante. Esta parte inicial é boa para conhecer bem os personagens e saber suas motivações, onde o filme não fica muito claro.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Desmaterializando

O conceito da desmaterialização é fascinante. Ficou mais conhecido através do seriado de Jornada nas Estrelas onde os tripulantes da nave estelar Enterprise entravam em um compartimento, acionava alguns mecanismos e seu corpo se dividia em moléculas que eram levadas pelo espaço até o destino final, o planeta em que estavam orbitando. Era um upgrade fenomenal para a sociedade dos anos 60 e continua sendo pra nós que ainda não dominamos esta tecnologia apesar de já ter vários estudos sobre isto. O curioso é que foi inventado porque os produtores não tinham muito dinheiro para investir na série. A intenção dos roteiristas era ter uma nave auxiliar menor que faria o transporte dos astronautas para o planeta e toda esta tomada requeria um grande investimento em efeitos especiais. Gene Roddenberry, o criador de Star Trek, então sugeriu: “por que eles não simplesmente aparecem no planeta?” Foi ai que inventaram o tele transporte.

No cinema o conceito da desmaterialização ainda foi explorado no filme A Mosca. Existiam dois casulos, um de entrada e outro de saída. Em um dos testes, além do ser humano, entrou uma mosca dentro do casulo. Suas moléculas foram divididas juntas e quando o corpo foi materializado do outro lado os corpos se fundiram em um só organismo. O que se acontece a seguir é uma mutação terrível tanto de corpo quanto de mente, filme excelente para amantes de ficção científica e terror.

No mundo real, fora do universo do cinema, há experimentos de desmaterialização reais onde conseguem transferir objetos. Alguns dizem que além de moverem de lugar, podem movê-los no tempo também, um movimento espaço-temporal. Até hoje só fizeram com objetos inanimados. Há uma discussão séria sobre usar seres vivos e mais na frente com humanos. Em teoria, ao desmaterializar alguém, você está o matando. Quando materializar em outro lugar, é uma nova vida que está surgindo. Qual é a implicação deste conceito em nossa sociedade retrógrada? E os conceitos religiosos? Dizem que temos uma alma conosco. Ao desmaterializar, a alma não deixaria o corpo? Será que ela voltaria para o mesmo ou ficaria presa nas moléculas separadas? E quanto ao enfoque filosófico? É certo realizar este tipo de procedimento? Há muitas dúvidas.

Pra mim, a desmaterialização pode ser comparada com os estados físicos da água. Sabemos que a água pode adotar 3 tipos: O sólido, o líquido e o gasoso. É a mesma coisa de transformar nossos corpos em moléculas e transportar pelo espaço. Eu sou totalmente a favor de experiências com isto. Claro que primeiro temos que ter certeza se a operacionalização disto é confiável. Ouvi falar que os testes com objetos vivos como frutas ou camundongos foram terríveis, fazendo aparecer um monte de carne morta do outro lado. Temos que ter certeza que sairemos vivos do outro lado e com nossas consciências intactas.

Existe também a teoria de que as futuras viagens pelo espaço só poderão ocorrer através de um tele transporte. A galáxia mais próxima de nós é Andrômeda, que está a 2.900.000 anos-luz. Ou seja, se viajássemos na velocidade da luz (a maior velocidade que nós humanos conhecemos e que não temos ainda tecnologia para alcançar) levaríamos 2 milhões e novecentos mil anos para chegar lá. Ou seja, impossível né. Através de uma desmaterialização, conseguiríamos chegar lá em segundos. Claro que teríamos que ter outros tipos de avanço tecnológico além do tele transporte, mas isto é para outro papo.

Vamos Sonhar com um mundo desses onde este aparelho fosse real e tivéssemos acesso a ele.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cantando na rua

Às vezes, em minha rotina diária em ir para o trabalho de metro, ônibus e/ou trem, caminhando no centro de São Paulo ou qualquer outra atividade que faço corriqueiramente às vezes me deparo com pessoas que começam a cantar no meio da rua sem mais nem menos. O meu primeiro pensamento é que é um doido varrido ou uma pessoa sem noção que não está nem ai para a tranqüilidade dos outros.

Tenho o costume de ser uma pessoa mais reservada, se canto é na comodidade da minha casa, se falo no celular, falo baixinho para que os outros não fiquem ouvindo minha conversa privada. Por isso quando vejo pessoas cantando alto no meio da rua ou falando no telefone como se estivesse conversando com alguém a três metros de distância, fico incomodado. A pessoa invade meu espaço, mesmo que não físico e apenas sonoro. Tenho meus pensamentos, minha concentração, posso estar lendo ou simplesmente perdido em minhas divagações. Quando um cidadão começa a se intrometer em meu estado contemplativo, sou obrigado a sair do meu mundo e prestar atenção a elas. Acredito que são pessoas sedentas por afeto e que vêem ali uma oportunidade em serem notadas, fazem pelo prazer de serem vistas, como os 15 minutos de fama na televisão.

Mas pensando bem, cantar não é uma coisa ruim. Passarinhos quando estão felizes cantam. As pessoas, quando estão felizes e sem preocupações em suas vidas também cantam. Se a gente vê alguém cantando é que está sem preocupações. Logo quanto mais gente cantando, melhor. Hoje, em uma simples caminhada de uma hora vi duas pessoas aleatórias cantando. A primeira foi de um velhinho que estava acompanhado provavelmente de sua esposa, cantando uma cantiga sertaneja daquelas bem caipiras antigas do interior. A velhinha caminhava olhando o horizonte tranqüilamente e seu esposo uns 2 metros à frente cantando como se aquilo lhe trouxesse grande prazer a ambos. Foi um momento agradável vê-los aproveitando a vida.

Logo depois vi um rapaz moreno mais novo, correndo com roupas de atleta e com um fone de ouvido. Estava cantando um tipo de rap ou hip-hop no mesmo compasso das passadas. Estava concentrado na corrida e na música sem prestar atenção às pessoas ao seu redor. Acho que todo mundo deveria ser assim, viver sem preocupações que as pessoas possam falar dele por expor ao mundo que está vivo.

Tem um episódio de Friends que a Rachel critica a Phoebe por correr loucamente no parque chamando a atenção. No final do episódio ela percebe que é relaxante correr daquele jeito e a imita. Qualquer dia vou aparecer cantando por ai tentando não me preocupar com a opinião (provavelmente negativa) dos outros. Mesmo assim acho que não o faria em transportes públicos ou locais mais sérios. Acho que um desrespeito ao cidadão ao lado que não está a fim de ouvir uma gralha cantando. Mas na rua, quem sabe.