quarta-feira, 27 de junho de 2012

A garota que saltou através do tempo

Toki Wo Kakeru Shoujo

Histórias de viagem no tempo geralmente causam grandes problemas para a continuidade do mundo. Basta ver o que ocorre do todos os filmes e livros já feitos sobre o tema. A princípio parece ser uma coisa muito bacana voltar ou avançar no tempo, mas as conseqüências podem ser desastrosas mesmo tendo muito cuidado.

No filme, Makoto, uma garota japonesa que adora jogar baseball com seus dois amigos Chiaki e Houseke, acidentalmente consegue a habilidade de viajar no tempo depois de encontrar um artefato no laboratório e ciências. Na primeira vez, ela escapa da morte, então acaba descobrindo como fazer e se diverte muito. Imagine as coisas que faria se pudesse manipular o tempo a seu bel prazer?

Mas o que ela não sabe é que cada ação que tem, afeta diretamente a vida de seus colegas e amigos. Sua vida pode mudar de repente por causa de suas ações. Isto é demonstrado muito bem no filme “Efeito Borboleta” onde o Ashton Kutcher tenta mudar sua própria história e cada vez que faz isto sua vida fica pior ainda. Chega à conclusão que o melhor a ter feito é nem ter começado pra início de conversa. A idéia desta animação é quase esta. Makoto vive uma vida feliz e acaba tendo muitas mudanças por causa de algo que deveria trazer mais alegrias.

É mostrado também o quão valioso é cada momento que temos, como nossos amigos são queridos e como devemos valorizar cada momento que temos de felicidade sendo que ele possa nunca mais se repetir. Já aconteceu comigo e acredito que aconteça com todo mundo. Existiram épocas que pareciam que não iriam terminar nunca. Na escola, no ensino médio, eu tinha amigos inseparáveis que hoje sei do paradeiro de uns 5, mas não tenho amizade com nenhum. Na faculdade ainda tenho amizade com poucos, menos do que eu achava que teria. Momentos de felicidade que temos e achamos que vamos carregar por muito tempo e que são interrompidos do nada. Pode ser a última vez que vemos determinada pessoa. É muito difícil ter esta consciência na hora, pois vemo-la todos os dias. Mesmo amigos verdadeiros que precisam se ausentar por determinado tempo, por qualquer motivo. Pensamos que seis meses passam rápido, quando percebemos, já se passou 6 anos. A vida é implacável. O tempo urge e quem não para às vezes para contemplar as coisas que te cercam, vê sua juventude ir embora.

A viagem no tempo não ocorre do nada, tem uma explicação muito interessante. Adoro este tipo de animação que poderia perfeitamente ser filmado com atores em life-action. É uma história crível mesmo que num universo fantasioso.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A verdadeira história do Titanic

Assisti mais um documentário, no NatGeo sobre o desastre do Titanic que este ano completou 100 anos. Já tinha visto muita coisa na semana do aniversário e achei que já tinha ouvido e lido tudo o que se poderia dizer sobre o fato, mas estava enganado. Neste episódio eles, além de relatar os acontecimentos que tanto sabemos, tentam levantar os motivos da fatalidade através dos registros históricos. O acidente é um dos mais bem documentados da história. Todos os sobreviventes concederam entrevistas e depoimentos juramentados, muitos escreveram suas memórias em livros e muitas peças foram resgatadas do avio afundado.

Antes de qualquer coisa devo dizer que James Cameron merece os parabéns pelo apreço e detalhismo em reconstruir o universo do Titanic na sua perfeição. As fotos e imagens do navio são perfeitamente reproduzidas no filme, inclusive móveis, roupas, talheres e até os atores são parecidíssimos com a tripulação. O Comandante é praticamente sósia do ator que o representou.

O que teria causado o acidente?
- A tripulação era inexperiente? Não. Era uma das mais experientes da frota britânica.
- O comandante era ruim? Não, era um dos melhores.
- Tiveram procedimentos errados? Não. Todos fizeram seus trabalhos do jeito que deveriam.
- Faltou aviso de risco de icebergs? Não, outros navios tinham alertado.
- O Titanic foi mal construído ou era frágil. Não. Era o mais resistente. Foi feito como se fosse um navio de guerra, preparado para as piores coisas.
- O tempo estava ruim, o que fez não ver o Iceberg? Não, a noite estava perfeita, limpa e cheia de estrelas.

Todas as hipóteses de possível causa para o acidente são logo descartadas. Como um navio perfeito, com tripulação e comandante perfeitos em uma noite perfeita teve um fim tão trágico? O documentário chega a conclusões que até hoje eu não tinha ouvido falar.

As rotas do oceano Atlântico eram muito bem conhecidas. E entre estas rotas havia fluxos de água como se fossem rios dentro do oceano. A principal delas é a corrente do Labrador que desloca os icebergs que se soltam da Groelândia para o sul. Neste ano havia um grande número de icebergs na região parecendo muito com um campo minado.

O documentário explora a hipótese dos reflexos e miragens provocadas pela mudança da temperatura entre o oceano e a corrente do Labrador, que é mais fria. Muitos passageiros relataram uma brusca mudança na temperatura que muitos termômetros acusaram a queda de 14 graus a 1 grau centígrado. O reflexo faz com que a coluna do mar se eleva e cubra o fundo do iceberg deixando-o invisível. Na noite estrelada, os observadores também não sabiam onde começada o mar e terminava o céu.

O reflexo também seria uma das explicações de o porquê do navio Califórnia não ter ido ajudar o Titanic sendo que ele estava bem próximo. O capitão, na época, disse que tinha visto um navio cargueiro e bem menor, nada comparado ao maior navio do mundo. Hoje o natgeo provou que a longa distancia, numa noite estrelada e com mudança de temperatura poderia ter provocado esta miragem.

Nunca pense que nunca pode aprender mais sobre um assunto, mesmo já tendo lido e visto bastante.

A verdade está lá fora

Desde quando assisti ao horripilante filme do ET o extraterrestre, nunca mais deixei de imaginar e pesquisar sobre alienígenas. Todos adoravam o ET, diziam que ele era adorável e bonitinho, mas quando eu assisti aos quatro anos de idade, não estava preparado para ver aquele monstro gritando no quintal de Elliot. Minha mãe, anos mais tarde, disse que eu e um outro traumatizado garoto gritamos de pavor quando o ET é descoberto pelo menino. O resto do filme é bem legal e cativante, mas fiquei com esta imagem o resto da minha vida.

Em casa eu me tornei um voraz pesquisador dos alienígenas, principalmente através das revistas Planeta que meu pai comprava. Enquanto meu pai estava interessado nos artigos espíritas que eram publicados na revista, eu lia os relatos fantásticos de abdução alienígena que eram relatados pelas vítimas. Claro que tinha muitos problemas para dormir depois e a nossa imaginação quando criança era tão fértil que eu conseguia realmente ver a silhueta do et na noite na minha frente, quase palpável. Ele estava ali para me raptar, implantar um chip no meu cérebro introduzindo pelo nariz, e me obrigar a transar com uma alienígena para produzir um filho alien-humano. Esta história que todos os relatos diziam, com algumas variações entre eles. Cheguei a comprar um livro na feira de livros da escola que contava mais histórias sobre os seres vindos do espaço. Folheava os livros de ciência e decorava todos os planetas e luas e á marcava os locais onde tinham mais condições de vida e de onde os discos voadores poderiam vir.

Logo depois vi filmes como Contatos imediatos do terceiro grau e Fogo no Céu onde traziam todas aquelas histórias que eu lia para a tela. Tive problemas no sono até estar bem crescido, crente que era ou iria ser abduzido por alienígenas. Depois de grande tive o acesso à grande série de televisão “Arquivo X”, que moldou minha adolescência. Descobri que eu era o Fox Mulder, só não trabalhava no FBI, mas tudo em que ele acreditava, eu tinha interesse.

A série marcou história. Mas desde então meu interesse decaiu apesar de não sumir por completo. Histórias fictícias ainda me fazem correr para o cinema assistir Super 8 e Batalha de Los Angeles, mas as histórias fantásticas de abdução alienígena já não me deixam perplexo. Assisti já muitos episódios de Arquivos Extraterrestres do Discovery Chanel pra perceber que as histórias são sempre iguais, nunca tem provas conclusivas e tudo isso é para vender.

Não tenho dúvidas que alienígenas existem e que há mundos com vida fora da Terra. Assim como uma personagem do melhor filme de extraterrestre, Contato, disse: O Universo é muito grande e se só tiver vida neste planetinha ridículo que chamamos de Terra, seria um grande desperdício de espaço.

domingo, 24 de junho de 2012

Volta das sacolas plásticas

Tudo indica que voltará a ser distribuídas as sacolas plásticas nos supermercados de São Paulo. Depois de um curto período onde a APAS havia instituído a proibição para reduzir a quantidade de plástico jogada fora, material que leva 500 anos pra se degradar.

Usar a idéia da eco-sustentabilidade foi uma jogada esperta. Todo mundo de bem não quer estragar ainda mais nosso planeta. Desde pequeno somos ensinados o quanto de poluição existe no meio ambiente e como deveríamos preservá-lo. Apesar de muitos não o fazerem, sabemos que o certo é cuidar da natureza tentando utilizar materiais recicláveis e possam facilmente ser eliminados. Quem em sã consciência não apoiaria tal medida?

Mas a preservação do meio-ambiente deve ser feito com pouca ou nenhuma redução no conforto da população já acostumada com certo estilo de vida. Dizer que Nike contrata trabalho escravo, que trabalhadores chineses estão se matando (literalmente) por não atingir metas de produção de Ipads não vão fazer os consumidores parar de comprar o tênis e os tablets. Eles até se simpatizam e gostariam de mudar o mundo para melhor, desde que seu conforto não seja alterado.

A idéia é que aqueles que realmente querem mudança procurem substitutos ao produto nocivo que tenha a mesma qualidade do anterior. Todos concordam que carne faz mal e que o vegetarianismo é a solução para uma qualidade de vida mais saudável, mas os substitutos de soja não são próximos do gosto delicioso da carne. Somente aqueles que abrem mão do prazer aceitam parar de consumi-las.

O erro dos supermercados em relação às sacolas plásticas foi não ter oferecido nenhum substituto à sacola plástica. Na minha infância eu lembro que antigamente os supermercados distribuíam sacos grandes de papel para embalar os produtos. Logo depois começaram a distribuir sacolas plásticas. Agora que querem abolir as sacolas plásticas, porque não voltaram com os sacos de papel? Simplesmente não ofereceram nada no lugar. E, pior, começaram a vender sacos. Não só economizaram milhões ao parar de distribuir as sacolinhas como aumentaram o lucro em vender novas sacolas. É muita cara de pau. Todo aquele discurso ecológico foi para o ralo.

Espero que realmente volte a sacola plástica a ser distribuída pelos supermercados. Pena que nosso meio-ambiente continuará sendo degradado. Mas foi uma falha grotesca dos responsáveis por esta mudança. As coisas devem ser feitas paulatinamente e com substitutos na mesma qualidade, senão não será aceito pela população.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

The Aftermath - Corínthians X Santos

Haja coração!

Um jogo decisivo do Corinthians sempre é cheio de emoção! Fico com o coração na mão durante os 90 minutos. E o Santos valorizou e muito a vitória do Corinthians, pois é um excelente time. Acho que 2012, além do final do mundo maia, pode ser que ocorra a tão cobiçada conquista da Libertadores da América, quem diria! Estou acreditando no time e meu sonho está virando realidade. Escrevi um texto em 20/03 onde relatei o sonho que tive sobre a conquista do Corinthians na Libertadores, na época apenas um sonho de verão, mas que tudo indica pode ser a realidade no inverno.

Fatos inusitados que aconteceram no jogo. O gandula que foi agredido pelo jogador Adriano do Santos. Sinceramente não achei que ele estava retardando a partida. Seria muito fácil eles esconderem as bolas ou não ir buscar uma bola quando o lateral fosse do Santos. Mas não, ele foi buscar e jogou a bola. Não foi tão rápido quanto os jogadores queriam e partiram pra cima dele. Foi infantilidade do Adriano. Credito muito no nervosismo do momento. E a atitude do jogador do Santos até ajudou o Corinthians porque a agressão virou um drama, o juiz foi ver, o gandula ficou estirado no chão como se tivesse recebido um tiro, jogadores foram tomar as dores. Passou muito mais tempo do que a demora na devolução da bola.

Outra cena engraçada foi a atitude do auxiliar riscando todo o chão com o spray mostrando a distância que os jogadores do Santos deveriam tomar para que o Corinthians pudesse cobrar a falta. A arbitragem estava correta. Não importa o quanto os jogadores estejam desesperados pra tomar a bola, regra é regra. Mas o bandeirinha parece ter ficado irritado e corrido para o campo fazer aquilo. Foi engraçado, pelo menos pra gente que estava ganhando. Virou o gandula grafiteiro.

Neymar é um caso a parte. Quando foi anunciado que o Santos jogaria com o Corinthians, ele comentou em uma entrevista que estava louco pra jogar com o Boca Júniors na final, ignorando a semifinal, achando que seria um jogo tranqüilo e um adversário fácil. Ele tem que aprender a dar entrevista, esta declaração só motiva ainda mais os corintianos. Fora que ele é muito arrogante.

E o presidente do Santos? Acredito que ele também achava que seria tranqüilo, estava todo confiante. Depois da cacetada que tomou na Vila Belmiro, resultado que não esperava, logo procurou alguma coisa pra desqualificar a vitória corintiana dizendo que o Neymar está cansado de jogar na seleção. Choro de derrotado e de quem reconhece que poderia ser eliminado no jogo seguinte, fato que aconteceu.

O Tite foi inteligente em priorizar a defesa. Mas achei muito ruim a postura do time ser muito defensivo. No primeiro jogo, na Vila Belmiro, o primeiro tempo o Corinthians foi melhor e fez o gol. O segundo tempo foi terrível, um massacre do Santos, com direito a apagão e tudo. No Pacaembu foi o contrário. O time entrou com o intuito de segurar o resultado durante os 90 minutos, estratégia suicida. Assim que tomou o gol, acordou e fez um grande segundo tempo. Quando o Corinthians tomou aquele gol, já veio aquele sentimento de remar, remar e morrer na praia... e justo para o Santos. Graças a Danilo, não se concretizou o perigoso momento dos pênaltis.

Agora o jogo será contra o Boca Júnior, um dos maiores clubes da América Latina. Tudo para o Corinthians é difícil, mas está no âmago de sua personalidade ser guerreiro.
#VaiCorinthians!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Perdido no Show

Um sonho nostálgico misturado com eu estar perdido é o que tive esta noite.
Sonhei que eu tinha ido ver um show do Alice in Chains no Olympia em São Paulo. Detalhe: nem o Olympia nem a banda existem mais. O pior é que no sonho eu sabia que o vocalista estava morto e mesmo assim estava curtindo o show. Claro que muita gente estava pulando e cantando as músicas como eu e tentando chegar perto do palco. Deu vontade de ir ao banheiro, então sai e entrei numa porta que dava num corredor onde tinha uma espécie de lanchonete meio vazia. Perguntei onde era o banheiro e eles disseram que era numa cadeira bem em frente ao bar, à vista de todo mundo. Eu lá me dirigia quando uma moça entrou no meu caminho, se sentou e começou a fazer xixi. Eu ainda perguntei se a cadeira era unissex e me confirmaram.

Começamos a conversar e eu me interessei nela, mas ela era meio maloqueira cheia de gírias. Dentro deste lugar tinha um cartório também e esta mulher estava com uns documentos a serem autenticados. Eu aproveitei e pedi para autenticar a escritura da minha casa que estava na minha mochila. Não sei pra que tinha uma mochila ali e olha que estava pesada. Então reparei que neste corredor, no Olympia, tinha várias lojinhas com diversos serviços. Achei que a pessoa que fosse pra um show de rock e resolvesse fazer comprinhas naquele lugar estava desperdiçando dinheiro do ingresso, tempo e a oportunidade de ver o Alice in Chains. Eu ainda não tinha feito xixi e logo quando me dirigia à cadeira mais três mulheres chegaram sentando-se ali. Elas eram faxineiras do lugar que estavam no horário de folga. Ficavam conversando e mijando. Saíram e depois de um tempo lembrei que eu precisava ir e fui para a cadeira.

Então voltei ao show. Parecia que estava já quase no fim. Uma boa parte das pessoas já tinham ido embora, mas outras aguardavam bis. Fiquei esperando também, mas não sabia se iria ter. Quando abrem as cortinas, ao invés de uma banda, tinha uma platéia igual à nossa olhando pra gente também. Era surreal. Então vimos que não iria ter mais show e fomos embora. Antes voltei àquele corredor para pegar minha mochila. Aquela moça também estava indo embora, então sai junto com ela. Lá fora era um lugar bem na periferia de São Paulo tipo jardim Ângela, bem longe da minha casa. Sai seguindo-a, mas de repente percebi que ela estava indo pra casa dela que ficava ali perto. Então abandonei a e voltei, pois numa rua em frente à casa de shows passava um ônibus que me servia. Então me perdi. Eu sabia que era pra voltar por uma rua, fui seguindo e a noite tomou o lugar, não enxergava e continuei andando rápido sem enxergar nada. Passei do lugar ao qual deveria ter ido. Acho que até briguei com um bandido no caminho. De repente cheguei à entrada de um Shopping Center, o Eldorado. Percebi que depois da luta contra o bandido, fiquei com sua faca que era do tamanho de uma peixeira e tinha desenhos do filme Os Vingadores.

Parei na guarita do guarda do shopping e perguntei onde eu estava. Acabei encontrando uns amigos por lá e contei-lhes a história. Eles disseram que estavam perto de Itaquera. Pensei então que poderia pegar o metro e tudo estaria resolvido. Eles concordaram então eu peguei o metro que se parecia com um trem todo detonado que entrava num túnel caindo aos pedaços.

Cheguei em casa e já estava lavando o rosto e me arrumando para descansar quando toca a campainha e entre três amigas do serviço que são irmãs, vestidas iguais de branco e preto. Elas trazem em suas mãos três cópias da minha escritura que eu tinha esquecido naquele cartório. Fiquei surpreso de elas terem encontrado.

Mesmo os lugares não sendo perto um do outro, no meu sonho Jardim Ângela, Itaquera e Ibirapuera pareciam estar um do lado do outro.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Projetos Médicos no Nordeste

Assisti a uma entrevista no Jô Soares sobre um casal de médicos que abandonou a segurança de um consultório e de um hospital e decidiram fazer um projeto onde percorreriam várias cidades do nordeste onde as condições de vida são muito precárias, o poder público não tem acesso e não chega para fornecer as condições mínimas de bem estar garantidas pela constituição. Fizeram um site e conseguiram uma parceria, um patrocínio, para bancar suas viagens e gastos.

Por um lado, o empreendimento deles é bem arriscado e correm o risco de perder dinheiro e não ter emprego no futuro para suas vidas. Por outro lado, deve ser extremamente gratificante em ajudar aquelas pessoas que precisam de um mínimo de atendimento, medicamento e saúde. Ensinam coisas básicas que nós da grande cidade sabemos fazer como lavar as mãos, limpar os alimentos, ferver a água e cuidados em relação ao lixo, a limpeza do banheiro e construção de fossas. Já se aproximando de suas áreas médicas, tem atendimento de idosos que sofrem de pressão alta, diabetes e outras convalescenças que nem desconfiavam ter apesar de sempre se sentirem mal. É quase um pronto socorro de uma área esquecida pelo homem.

Fiquei comovido pela ação deles e gostaria de ter dinheiro para ajudá-los. Fiquei fazendo aquele exercício prazeroso de o que faríamos se tivéssemos ganhado na loteria. Se eu tivesse em uma situação confortável com uns milhões na conta rendendo juros, eu investiria no projeto deles. Mas eu não queria simplesmente dar o dinheiro, pois não os conheço, e sim entraria como uma sociedade onde além dos atendimentos eles teriam que fazer relatórios de suas atividades e filmagens dos locais onde estivessem medicando. Com este material que eles enviariam pela Internet, eu colocaria no site do projeto onde faria propaganda solicitando mais patrocinadores para a causa. Em troca forneceria, através do meu investimento, locomoção, hospedagens e segurança à equipe.

Eu tentaria vender a marca, transformar a missão deles em um produto lucrativo. Muita empresa querendo vincular sua marca a uma ação tão positiva, talvez se interessasse pelo produto. Se ninguém investir, eu já fico feliz em apenas ajudá-los. Mas se pelo menos uma empresa apoiar a causa, eu já saio no lucro por diminuir meu prejuízo. E a equipe de médicos só tem a ganhar com tanta gente se oferecendo pra ajudar.

Se bobear, do jeito que eu me encontrar, até iria junto. Com 50 milhões ganhos na loteria, eu sairia do meu trabalho atual e estaria ocioso. Nada como uma aventura para participar e ainda sabendo que estaria participando uma ação filantrópica.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Outros Tempos

Uma antiga amiga, que há 20 anos esteve longe, vem visitar e participar de um jantar. Mas os diálogos que surgem não são tão afáveis. Os assuntos que se discutiriam com uma amiga seria relembrar os velhos tempos, citar situações engraçadas e experiências que tiveram juntas. Mas e se os assuntos forem para outros caminhos?

Gostei de algumas partes do diálogo onde o marido da personagem insinuava para amiga dar em cima da sua mulher, sugerindo um lesbianismo e um voyerismo. É incrível como isto atiça os homens, não sei explicar por que. A princípio seria algo ruim, pois duas mulheres se pegando, o homem fica sozinho. Mas a idéia do proibido é mais alta. Um tempo atrás tive uma dessas experiências com uns amigos. Tinha uma conhecida minha que era pretensa lésbica e gostava de ficar com outras, mas só da boca pra fora. Em uma festa os homens ficavam zoando e atiçando, dizendo pra ela dar uns beijos em uma moça que estava por lá. Eu também agitei, embora pensasse que nada aconteceria. Não é que rolou um beijo e uma pegação entre as duas? Ao invés de ficar em êxtase pelo momento, fiquei muito decepcionado. Ao ver as duas ali só me lembrava que eram duas mulheres a menos para nós homens trouxas olhando. A experiência não foi tão boa quanto eu achei que fosse. Enfim. Não rola na peça e me desviei do assunto.

A personalidade das duas atrizes me lembrou da minha ex-namorada e da amiga dela. Deu-me certa depressão em vê-las ali. A Paula Braun era muito parecida tanto fisicamente com minha ex-namorada. Já a Cristina Flores lembrava a amiga mais extrovertida. Vi-me tendo um jantar desses daqui a 20 anos.

O espaço encenado é no porão, um lugar experimental. Aparentemente tem vários teatros com um espaço deste. Já vi um igualzinho no SESC Consolação, além do Centro Cultural São Paulo. É uma idéia muito interessante, colocando o público diretamente na cara do ator. Eu sentei na primeira fileira e toda hora eu tinha que mudar minha perda de lado pra atriz passar, pois a cadeira estava quase dentro do palco. É uma experiência ótima.

Peça: Outros Tempos
Atores: Cristina Flores, Otto Jr., Paula Braun e Miwa Yanagizawa.
Direção: Pedro Freire.
Texto: Harold Pinter
Local: Teatro Augusta Rua Augusta ,943
Horário: Quartas e Quintas as 21 hrs
Preço: R$ 30,00
Duração: 70 minutos
Até 28/06/2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Necessidade de Parques

Se a cidade tivesse mais parques, seria um lugar mais feliz. Os maiores parques sempre estão lotados, basta ir ao Ibirapuera pra constatar. Outro dia fui no pq. Villa Lobos e também está quase intransitável. É muita concentração de gente vinda de vários pontos da cidade. Se tivesse um parque do tamanho do Villa Lobos em cada um dos bairros, as pessoas não teriam necessidade de cruzar a cidade e se juntar à multidão que lá se encontra. Existem parques menores que atendem algumas necessidade mas que servem mais como paliativos, como o pq. da Água Branca. Ele é bom mas muito pequeno, em menos de 15 minutos você dá uma volta completa. O mais próximo da minha casa, é o Parque de Toronto, que circula um grande lago. Também é muito pequeno e em 5 minutos a gente cruza-o passando da entrada principal à entrada dos fundos. É bom, mas deveria ter mais e maior.

Em frente da minha rua encontra-se um terreno grande e abandonado da prefeitura que anos atrás foi ocupado por moradores de rua se transformando em uma grande favela. Depois de uns 10 anos chegou o projeto Cingapura e arrastou todos os moradores de lá para outro bairro, destruindo suas casas e sepultando esta favela. Ainda teve uns remanescentes que tentaram voltar a construir novos barracos, impedidos imediatamente pela polícia. A prefeitura chegou a juntar bastante terra e fazer um gramado com mudas de arvores espalhadas e colocando barricadas para impedir que novas pessoas se aproximassem. Deu certo, mas a área se transformou em um gramado inútil que nem dá pra caminhar por ele.

Depois a prefeitura construiu uma rua bem rústica entre a av.Raimundo e a av.Mutinga, cruzando toda esta área, e chegou a informação que no futuro seria construído uma rua ligando as duas avenidas. Passou-se o tempo e nada aconteceu. Depois transformaram esta área em uma pedreira, arrendando a uma construtora para materiais de construção e encheu-se de pedras. Vez ou outra aparecem caminhões mas a área continua inexplorada. Então se surgiu a notícia que eles poderiam transformar em um parque. Isto seria sensacional pois a área é muito grande e só a rua mal construída já dá uma boa pista de corrida de bicicleta, fora a região que hoje está um matagal que poderiam se construir outras formas de lazer como parquinhos e quiosques. A prefeitura tem toda este terreno sem uso em nada faz para sua população. Estamos carente de parques.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Book Trailer


O trailer book foi criado para seguir os passos do trailer de cinema que consiste em registrar um uns 2 minutos as melhores cenas do filme e fazer um resuminho sem entregar muito. No trailer book eles colocam imagens do livro, uma música do fundo, umas frases de impacto e tentam dar ao leitor a vontade de lê-lo. Li, no site o Vendedor de livros uma discussão sobre o que as pessoas acham da ferramenta para conquistar mais leitores.

Na minha opinião ainda não acharam um bom jeito de vender o livro via vídeo no youtube. Explico: eu não me sinto atraído por umas musiquinhas e umas frases de efeito. Claro que muita gente deve se sentir tocada com a edição do vídeo e resolver comprar o livro, mas eu necessito de mais informações antes de tomar a decisão de gastar dinheiro e tempo em um produto. Parece um grande arquivo de PowerPoint.

Antes de mais nada não sou suscetível a melodramas. Logo não sou afetado por imagens bonitas e musiquinhas de fundo. Então sou exceção à regra pois a maioria das pessoas tomam decisões de compra baseadas no impulso emotivo. Talvez por isso o book trailer deve fazer efeito. Para mim, o assunto do livro tem que ser interessante, me despertar o desejo de conhecer aquele assunto ou aquela história. Investigações de assassinato, descobertas paleontólogas, análises da psique da mente, sei lá. Tudo isso é interessante, mas depende de Como se vende a idéia. Por exemplo: A Guerra do Paraguai eu acho um assunto fascinante, já li muito a respeito e acho que tenho um bom conhecimento sobre o assunto. Se sai um livro com o título A Guerra do Paraguai, não vai me interessar em nada por já conhecer a história. Mas se for me dito que este livro é diferente pois ele mostra novos fatos historiográficos onde muda fatos históricos ou se o enfoque das batalhas fosse pelo ponto de vista dos paraguaios, certamente me interessaria. Um assunto nunca se esgota se você decide explanar de um modo diferente com novas idéias.

Acho que além das musiquinhas e das imagens, o narrador deveria ditar um resumo do livro sem entregar detalhes, indicar o gênero, se é uma não ficção, um romance, um pouco dos dois, e incluir uma parte onde o próprio autor dá sua opinião sobre a obra. Não precisa ser muito, basta um 1 ou 1,5 minuto para ele explicar quais as principais qualidades de sua obra. Ninguém melhor do que o autor para falar sobre isso. Minhas decisões de compra geralmente saíram depois de eu ouvir os autores comentando sobre seus livros. Entrevistas em programas de rádio ou no Programa do Jô me fizeram correr atrás de algumas coisas muito interessantes. Em entrevistas eles discutem sobre o assunto do livro fazendo a gente ter vontade de conhecer mais sobre aquilo e é claro que compraremos aquele livro que está na nossa frente. Recentemente assisti uma entrevista onde se discutiu o livro “O Povo de Luzia” contando sobre a pré-história americana e achei fascinante. Já entrou na minha lista de livros a ser comprada.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Coisa de louco também na platéia

A pior platéia é aquela inconveniente que atrapalha o bom andamento do espetáculo, seja ele qual for. Tive uma experiência com uma dessas na peça “Coisa de Louco”, apresentada no Teatro Santa Catarina do Hospital Santa Catarina, que conta a história de um contador que é chamado às pressas para fazer uma palestra sobre as drogas. O cenário e o jeito que o autor se comporta é como se fosse uma palestra de verdade e não uma encenação, lá está a mesinha com a água, um totem e um flipchart para as anotações durante a apresentação, mas claro, claro, que é uma representação de uma palestra. A situação inusitada é que é engraçada, o que um contador teria pra falar sobre drogas? E ainda sendo chamado em cima da hora. O texto se baseia nisto.

Teve umas pessoas da platéia que parece que não entenderam a idéia que existe em um teatro. Em uma peça, uns representam e outros assistem. Acho que eles caíram de pára-quedas naquele teatro e resolveram se divertir e interagir com o ator. Já começaram a interromper o bom andamento da apresentação quando o ator entrou em cena dizendo “boa-noite” como se estivesse em um auditório cheio e ele estivesse pronto pra começar a palestra. Não foi uma boa noite pro público da peça e sim para o da história, foi retórico, mas essa galerinha do mal respondeu em uníssono “BOA NOITE”. Na hora achei estranho e pensei que fosse um condicionamento natural das pessoas. Quando se dá boa noite, instintivamente temos a vontade de responder a cortesia devido a anos de repetição em suas vidas. É a mesma coisa daquelas pessoas que dão boa noite pro William Bonner no Jornal Nacional. É uma coisa de louco, mas compreensivo.

Logo após o ator, representando o palestrante, fez perguntas retóricas à platéia da história, não a nossa, para simular um começo de apresentação da palestra, mas esses expectadores acharam que a peça era feita exclusivamente para eles. Começaram a responder as perguntas, acharam que estavam numa sala de aula ou num curso presencial de alguma empresa, não é possível. Ou estavam num estágio de senilidade já avançada, pois eles pareciam pacientes do hospital que fugiram de seus quartos. O ator, já macaco velho, lidou bem com essas interrupções e prosseguiu na história. Já eu fiquei extremamente irritado. Eles estavam se divertindo a beça, mas eu queria assistir sem interrupções ou conversas ao lado. Parecia que eles estavam sentados em frente à televisão de casa conversando um com o outro. A cada coisa que o ator dizia eles comentavam alto entre si e com o ator em cena. Eu me desconcentrava.

Enfim, o contador da história não entende muito do assunto drogas, apesar de ser um hipocondríaco de carteirinha e tomar medicamentos a cada 5 minutos. Então ele acaba desabafando sua vida conturbada para a platéia. Pego de surpresa em apresentar um assunto que não domina, ele vê similaridades entre as drogas e os remédios, coisa que eu também vejo, não é a toa que compramos remédios em uma DROGAria.

O ator, depois da apresentação, até comenta deste teatro que eu não conhecia. É uma sala dentro do Hospital Santa Catarina. Ele diz, e é verdade, que faltavam mais salas de teatro na av.Paulista e é mais um lugar para lazer depois do serviço e próximo do metro, de fácil acesso. A sala é bem ampla e as cadeiras são próximas ao palco, muito bom. Só peca pela distância das cadeiras entre uma fileira e outra. Se você se senta no meio, todos os outros têm que levantar pra você entrar, impossível passar com eles sentados. Defeito que acontece também em alguns outros teatros.

Coisa de Louco
Texto: Fauzi Arap
Direção: Elias Andreato
Ator: Nilton Bicudo
Quando: terças, às 21h. Em cartaz até 03/07/2012
Onde: Teatro Santa Catarina - av. Paulista, 200, São Paulo.
Quanto: R$ 30

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A morte na Dança da Morte

A Dança da Morte do Stephen King é um livro imenso onde ele detalha cada uma das vidas dos personagens para ai então encaminhá-los para o objetivo principal da história que é um mundo pós apocalíptico. Como ele conta toda a história dos personagens incluindo seus sentimentos e todo o background, acabamos nos ligando à pessoa como se fossem conhecidos. Já que muita gente vai morrer, a idéia é não se apegar a ninguém. Vão existir muitas descrições de mortes, tanto de pessoas ruins quanto de almas bondosas. Tem descrições muito bonitas, que me fez ter um aperto no coração, principalmente a morte da mulher do delegado que ajudou o mudinho. Ela não queria morrer sozinha e ele ficou com ela até os últimos momentos. Ela queria ser enterrada usando um vestido que estava num armário. Depois da sua morte, o mudinho chorou, mas cumpriu sua promessa. Limpou seu corpo, despiu, colocou o vestido e a carregou nos braços para a igreja mais próxima para rezar uma última missa. Ele a amava. Achei muito bonita esta cena.

Morrer não deve ser fácil. Deve dar um sentimento tão grande de solidão, mesmo que esteja com familiares. Neste momento a gente deve se sentir tão frágil, tão exposto que o que mais desejamos é ter alguém amado ao seu lado. Stephen King retrata isso muito bem mostrando os sentimentos das pessoas no leito da morte, sabendo que vai morrer e não tendo nenhuma escapatória. Lembrou-me do livro do Dráuzio Varella, Por um Fio, onde ele mostra todos os aspectos do processo da morte tanto na visão do paciente quanto no do médico. Nas passagens alegres e tristes, nos otimistas e pessimistas, nos crentes a Deus e nos ateus, nas pessoas que cuidam de sua saúde e nos boêmios, etc. Não tem jeito, a única certeza da vida é que a morte é inexorável, todos vão passar por ela não importa se você é uma boa pessoa ou não.

Em uma das muitas atividades que eles inventaram no falecido Orkut, uma delas foi criar comunidades para lembrar-se de entes queridos que já se foram, um revival, uma página de homenagem contando sobre a pessoa onde amigos poderiam se inscrever e escrever depoimentos sobre o cara, como ele foi querido e tal. No início eu achei uma boa idéia, mostrava quantas vidas essa pessoa atingiu com sua personalidade e todos os vínculos que deixou. Mas com o passar do tempo, aquela página não tinha movimento, após o período de luto ninguém mais entrava pra escrever sobre o falecido, ela ficava abandonada às traças. Ninguém se desvinculava, pois todos continuavam a gostar do amigo. Mas a cada vez que entrávamos no Orkut, aquela página aparecia na lista das suas comunidades e fazia a gente lembrar que ele tinha morrido, comecei a pensar que não era tão boa idéia deixar uma página dessas assombrando a gente, trazendo tristeza por não termos o amigo de volta. Deixou de ser algo de alegre.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Elfen Lied

Não costumo assistir animes ou ler mangás, os famosos desenhos japoneses, apesar de anos atrás ter assistido Cavaleiros do Zodíaco, mas não conta. Este, por assim dizer, foi a primeira série anime que vi e fiquei muito impressionado com a qualidade da história. O que me impulsionou a assisti-la foi o fato de ter apenas 13 episódios do inicio à sua conclusão. Como não estou habituado com animes, não iria começar a ver uma daquelas séries com anos de exibição.

Elfen Lied é uma ficção que até me lembrou um pouco o conceito dos x-men, onde aparece uma nova raça com poderes que veio para substituir a já defasada humanidade. E os humanos combatem-nas. No anime, existe uma raça mutante chamada Diclonius, que são iguais aos humanos, com duas diferenças: Tem um par de chifres na cabeça e possui 4 vetores (braços invisíveis que alcançam aproximadamente 2 metros de distância e que podem cortar qualquer coisa).

Basicamente os diclonius nascem e após os 3 anos de idade começam a ter pensamentos assassinos, um tipo de instinto natural contra os humanos que eles vem pra substituir, como se a natureza informassem a eles que essa espécie deve ser destruída. Então existe uma organização responsável por exterminar os diclonius enquanto ainda são bebês. Mas eles possuem alguns vivos, como prisioneiros, para testá-los e verem o quanto são resistentes em relação aos armamentos. Muitos são torturados constantemente. Acontece que apesar desta natureza assassina, eles têm sentimentos iguais aos humanos.

A história começa quando Lucy, uma das primeiras da nova espécie, consegue fugir dessa instalação e vai para a cidade. Logo começa uma caçada atrás dela para evitar um banho de sangue. Na fuga, a Lucy leva um tiro na cabeça fazendo com que ela crie uma segunda personalidade, a Nyu, que é boa, carinhosa e sem nenhuma lembrança do seu passado. Dois personagens a encontram na praia, Kouta e Yuka, e a levam para casa sem saber da história. Apesar desse background fantasioso, a história é focada nas relações humanas, no preconceito com pessoas diferentes entre si. Claro que como toda boa produção japonesa, tem bastantes cenas de violência e eróticas.

Baseada em um Mangá, a história é bastante modificada e tem um final totamente diferente do anime. Não li, mas procurei saber o final verdadeiro e me surpreendi com tanta diferença que teve. Achei o final do mangá melhor, mas o anime também é muito bom e deixa uma brecha para uma segunda temporada.

Para quem quiser assistir, vá neste endereço:
http://www.animesmax.com/2011/01/elfen-lied-episodios.html
Assista o primeiro pra ver se interessa. Cada episódio tem mais ou menos 25 minutos.

Alguns vídeos legais que descobri:

Vídeo feito por fãs, com os personagens do Elfen Lied em life action.


Thays Misato cantando o tema de abertura da série Lilium, no Anime Friends 2011.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Aventuras no Teatro Ruth Escobar

Não conhecia o teatro, mas decidir ir a uma de suas peças. Vi pelo mapa que era relativamente próximo do metro Brigadeiro e assim planejei a ida em 3 de abril. Como iria andando, vejo bem por onde passarei durante a noite, pois dependendo da região, pode ser perigoso caminhar desprotegido caso algum assaltante queira aproveitar da situação.

Descendo pela av. Brigadeiro, estava tudo tranqüilo, próximo da av. Paulista, com bastante movimento. Em seguida entro pela Rua dos Ingleses, onde precisava passar por duas ruas para chegar ao teatro. Após alguns metros vejo que a iluminação não é das melhores, mas prossigo na minha caminhada. Passado a primeira travessa percebo que mais postes estão sem luz deixando a rua bem escura, ótima pra um pequeno delito. Penso em voltar, mas resolvo continuar, pois já estava ali mesmo e o teatro estava próximo. Continuei e avistei o local, em uma pequena praça, parecendo um oásis, mas mesmo assim com a iluminação baixa. Bom, primeira etapa concluída, mas ponto negativo para o caminho a ser percorrido do metro até lá.

Quando fui comprar os ingressos, a atendente informa que existe um problema na impressão dos ingressos que já estava sendo resolvida. Pediu para eu aguardar na área de espera acima. O local é bem amplo, com várias mesas, mas achei estranha a pequena lanchonete com as luzes apagadas e com alguém questionando o fato de estar cheirando queimado em algum lugar. Outro ponto negativo. Mas ouvi os funcionários conversando sobre um problema de energia que estava acontecendo naquela região e então liguei os fatos. Por isso estava escuro na rua, por isso a máquina de impressão de ingressos não estava funcionando e por isso a lanchonete estava apagada. Zerei os pontos negativos e percebi que era uma situação excepcional.

As pessoas foram chegando e nada de avisarem que os ingressos já poderiam ser impressos. Faltando 15 minutos pro começo, fui até o guichê para perguntar se já haviam corrigido o problema e informaram que não e que a peça seria adiada por 10 minutos. E que neste período a Eletropaulo iria desligar a energia e restabelecer, tipo um boot do sistema. Voltei ao meu lugar para a espera. Aconteceu o tal blecaute como haviam dito e a funcionária avisou os participantes do que estava acontecendo. Trouxeram várias luzes de emergência, pendurando nas pareces para que não ficássemos no breu total, mas mesmo assim estava bem escuro. Já passava de 20 minutos de atraso quando os atores apareceram na área, já vestidos com as roupas da apresentação para conversar com as pessoas. Informaram que achavam que a energia seria consertada em breve, mas como estava demorando muito e não havia previsão de volta, decidiram cancelar a peça naquele dia e que poderiam voltar na semana seguinte. Os atores e os funcionários foram muito gentis e atenciosos. Pediram desculpas mesmo a culpa não sendo deles e o público que estava lá entendeu.

Na volta pra casa, vimos o caminhão da Eletropaulo na porta com os técnicos pendurados no poste e aquela escuridão total, pior daquela quando cheguei ao teatro. Eu me orientava com as luzes dos carros que passavam na rua. Só quando cheguei na av. Brigadeiro que tudo voltou ao normal.

No dia 10, uma semana depois, voltei ao local para tirar minha má impressão do caminho. Realmente a energia tinha sido o problema, pois a rua é bem iluminada e pareceu mais rápido chegar até lá caminhando. Mas todo aquele público que estava esperando na semana passada não retornou nesta. Acho quando entrei na sala tinha umas 12 pessoas assistindo a peça. Os atores se apresentaram muito bem, profissionalmente, como se estivesse lotado. No final foi até um pouco constrangedor com uma dúzia de pessoas batendo palmas. Eu nunca tinha ido num teatro em que tivesse tão pouca gente. Fiquei pensando porque isto tinha acontecido. Acho que a localização não deve ser das melhores. É um pouco afastado da av. Brigadeiro. O preço dos ingressos também não é tão convidativo. Também acho que falta divulgação. É uma coisa pra se pensar.