segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Por que compramos livros?

Parece um contra-senso vindo de mim, mas não sei por que as pessoas compram livros. Não que não seja bom. É ótimo que as pessoas adquirem um excelente hábito, mas ler um livro não é sinônimo de comprar um livro. Podemos ler livros sem comprá-los, basta ir à biblioteca mais próxima e pegar emprestado de graça!

E agora com o advento do e-book, livro digital, não existe mais motivo pra se comprar já que a maioria está disponível de graça na internet. Basta procurar. Neste ponto vejo um futuro negro para os livros. Do mesmo jeito que o MP3 acabou com a indústria do CD, o e-book tende a acabar com o mercado de livros. Os músicos, para se manterem, estão fazendo mais shows ao vivo para arrecadar seu sustento, já que as vendas de CDs despencaram. Já os escritores, eu não sei o que farão quando a venda de livros cair.

Eu, como sou pobre, sempre comprei o mínimo de livros possíveis. Uma das coisas que me favorece é que gosto muito de escritores antigos e livros clássicos, então geralmente esses livros existem em bibliotecas. Para aqueles que só gostam e livros do momento, que acabaram de ser lançados, não tem jeito e é obrigado a comprar. Mas quem curte os clássicos, é um mamão com açúcar. Tem tudo na biblioteca.

Livro, pra mim, só dura o momento que estamos lendo. Depois de lido, ele vai pra estante juntar pó e nunca mais o pegamos. Reler livros é coisa muito rara pra mim, dá pra se contar nos dedos de uma mão os livros que peguei para reler. A única coisa que ele pode ter utilidade é quando vamos emprestar para alguém ou pra enfeitar a sala. Mas para aqueles que lêem muito, imagina a tonelada de livros sendo movidos de um lugar pra outro só ocupando espaço em sua casa e sem nenhuma utilidade.

Por que e quando compro livros?

Vale a pena comprar livros que foram publicados recentemente e que minha curiosidade é tanta que não esperarei anos até que esteja disponível em uma biblioteca. É por isso que eu compro os livros do Eduardo Spohr. A repercussão é tão grande e sou tão fã do cara e do assunto que tenho que comprar imediatamente.

Também compro livros grandes que não conseguirei ler a tempo de devolver à biblioteca. Eu tenho uma leitura bem lenta, não sou daqueles que tem leem de forma dinâmica. Geralmente gasto mais tempo que o normal com um livro e acho terrível quando chega o prazo para eu devolver e ainda estou na metade. E em 99% dos casos sempre tem reservas para o livro que você está lendo, não dando para renová-lo. É por isso que eu sou obrigado a comprar os livros das Crônicas de Gelo e Fogo. Cada um tem mais de 500 páginas e este último que li, de 850 páginas levei quase 2 meses para terminá-lo. Mas li tranqüilo, no meu ritmo, sem a pressão da biblioteca para devolvê-lo. Compro pra não me estressar.

Livros de não ficção, com dados científicos e exercícios são muito úteis na vida para serem consultados a todo o momento. Livros de faculdade explicando a matéria, livros de história, filosofia, sociologia, matemática, português, etc. São livros atemporais que sempre precisamos relê-los de vez em quando para relembrar algum conhecimento que precisamos naquele momento. Estes livros valem a pena serem comprados.

De resto, não vejo motivos para se comprar livros. É uma inutilidade que só servirá para entupir sua estante de papel e pó.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

De casamento à assistência técnica fake

Um pesadelo pra variar. Lembrar sonhos é algo difícil de fazer, nem sempre eles continuam na minha memória depois que acordo. E quando ficam, a lembrança é tão leve que qualquer atividade que começo a desempenhar e que faça minha atenção se voltar para outro assunto já faz a memória do sonho se apagar como passe de mágica. Assim que eu acordo lembro vários detalhes. Mas a partir de então esses detalhes vão sumindo paulatinamente. Lá pelo meio da tarde já não lembro absolutamente nada, nem do tema que era. Hoje me lembro do final de um sonho e começo de outro.

Nossa família era rica e estávamos todos vestidos como se tivéssemos a pouco tempo atrás participado de uma festa pomposa. Na verdade acho que era um casamento e eu tive participação nele, mas esta lembrança não se reteve na minha mente. As mulheres com vestidos e os homens de terno preto. Estávamos numa sala branca com móveis brancos e um tapete bem fofinho no chão que estava nos convidando a deitar nele. As pessoas que estavam comigo se aconchegaram na sala e me chamaram. De onde eu estava até a sala tinha um segurança colado na porta com um olhar intimidador. Passei por ele apenas esperando que ele me barrasse, mas ele me deixou entrar sem qualquer interferência, mantendo aquele olhar duro e desconfiado sobre mim. Sentei-me no tapete junto com uma mulher genérica que não conheço e tinha duas outras pessoas que estavam nos sofás.

Estava passando 007 Skyfall e eu estava impressionado de este filme já estar passando na televisão sendo que estava em cartaz no cinema há poucas semanas atrás. Comentei com eles este fato dizendo que eu tinha assistido no cinema e que tinha adorado. Mas no sonho o 007 tinha um carro igual ao do Batman. Eu, empolgado, comentei com eles sobre aquele carrão dos filmes do Christopher Nolan, chamado Tumbler.

Mas a partir daí o sonho dá um pulo gigantesco com minha mãe me chamando em um canto. A sala some, as roupas elegantes desaparecem, o cenário é outro. Estamos em minha casa e minha mãe diz que técnicos de alguma coisa, da TV a cabo ou do telefone sei lá, estão no quarto trabalhando e me pediu para acompanhá-los no serviço. Quando chego lá são quatro caras super mal encarados e estranhos. Estão todos com um macacão azul com o logotipo e informações da operadora que poderiam ter sido comprados em qualquer esquina, como se fossem profissionais mesmo, mas na hora eu fico com a impressão que eles são bandidos

Quero que eles saiam dali, mas não sei como. Já tinham começado a trabalhar e minha mãe já tinha deixado entrar. Fiquei me perguntando como ela conseguiu fazer isto sem mais informações, sem ligar e consultar a operadora, sem outras formas de confirmar quem eram. Pedi a nota fiscal e eles apresentaram algo escrito a mão com o número de telefone e nome de uma mulher. Não liguei. Tava na cara que seria a comparsa deles que claro confirmaria toda a história.

Mostraram uma revista onde tinha pacotes de viagem que a operadora estava promovendo entre os assinantes. A capa estava toda detonada, mas as páginas de dentro estavam intactas, novas, como se nunca tivessem sido usadas e pegas na hora pra nos enganar. Puxei minha mãe no canto e disse pra ela pedir a eles que se retirassem. Mas ela nada fez.

Os caras iniciam uma conversa, tentando parecerem simpáticos, mas tava na cara que estavam forçando uma amizade que não existia, com sorrisos falsos, sendo que os olhos mostravam outras coisas mais sérias. Um deles até me pediu uma camisa que estava no varal dizendo que era fã da banda Creedance. Quando vi, era uma camisa de criança que eu havia dado ao meu sobrinho. Expliquei a ele e até tirei um barato dizendo que não servia. Ele não gostou. Eu até daria, se servisse e se fosse minha.

Depois do conserto, se é que teve um conserto, eles se sentaram na sala com minha família assistindo televisão. Surreal. Meu irmão estava saindo para trabalhar e comentou comigo que estava com preguiça de ir, mas era obrigado. Quando ele estava lá fora um dos bandidos pulou em cima da minha mãe, puxou para o chão e colocou uma faca em seu pescoço. Eu pulei em cima dele e segurei seu braço e gritei para meu irmão não ir. Quando olhei para fora, outro bandido já estava lá com uma faca forçando-o a entrar. Estávamos em cativeiro. Foi nesta situação que acabou meu sonho.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Igualdade de sexos djá

As mulheres já são maioria nas universidades do país, já jogaram os homens pra escanteio no mercado de trabalho e agora mais esta na música. Agora todo cantor que elas gostam, quando vem aqui no Brasil fazer um show, dão uma bitoquinha em uma fã no meio da apresentação. O assunto do momento é o beijo que o John Bom Jovi deu em uma fã no Rock’n’Rio. Quem costuma fazer isto em todo show que dá é o Bono Vox também, fora esses cantorzinhos de meia tigela mais contemporâneos que vem pra ca encher o saco.

Exijo mesmo tratamento. De acordo com a constituição federal, homens e mulheres são iguais em direitos e deveres. E não me venha com Madonna ou Lady Gaga, pois no show delas só tem mulher e gay. Quero ver as vocalistas de bandas que homens gostam fazendo o mesmo com seus fãs. Têm que colocar no contrato de prestação de serviço este pequeno mimo com os ardorosos fãs brasileiros. Merecemos.

Ai eu fiquei pensando com meus botões aqui quem seriam as felizardas. Vamos começar com as seguintes:
- Tarja Turunem, ex-Nightwish
- Ângela Gossow – Arch Enemy
- Floor Jansen – After Forever
- Amy Lee – Evanescence
- Simone Simmons – Epica
- Tristania – Mary Demurtas
- Lacuna Coil – Cristina Scabbia
Dentre outras.

A começar das Iron Maidens abaixo:

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Aleph

Os caminhos de Paulo Coelho sempre estão empermeados de um clima esotérico onde os personagens sabem tudo dos mistérios entre o céu e a terra. Cada personagem seu tem sua própria história de vida, seus próprios objetivos e estão cursando seu caminho em busca da felicidade do espírito. Acho tudo muito legal, só acho que é demais. Uma coisa é levar Deus em consideração em sua vida. Outra, diferente, é falar de Deus a cada 5 segundos. Ninguém gosta de alguém super religioso. Respeito quem seja, só não venha buzinar na minha orelha. É o que eu penso da escrita do Paulo Coelho. A narrativa é boa, mas ele inclui tanta ladainha de bruxos que acaba estragando um pouco uma boa história.

Eu já tinha visto uma entrevista dele contando sobre este livro. Passa-se em 2002 e foi uma experiência do próprio autor teve na Rússia. Chegou a uma parte de sua vida que ele estava desanimado e sem objetivos, levando a vida sem aquela paixão inicial. O seu mestre, espécie de coach, o aconselhou a se comprometer em novos desafios e foi isto que fez. Além de marcar várias visitas em diversos países para promoção de seus livros, ele se comprometeu com editores russos a viajar na ferrovia transiberiana, a maior linha de trem do mundo que atravessa toda a Rússia, da Europa até o oceano Pacífico. Cá pra nós, é uma puta viagem que um dia eu gostaria de fazer. Deve ser sensacional atravessar o maior país do mundo em duas semanas, percorrendo todos seus 9.289 km.

Achei sensacional a experiência e me interessei em ler o livro para conhecer as aventuras que o mago teve. Imaginei as cidades que visitou, as pessoas que encontrou e fatos curiosos que poderiam ter acontecido. Mas a história toma uma direção totalmente diferente. Ele conhece uma mulher chamada Hilal que decide o acompanhar nesta viagem e que o autor diz conhecer de uma vida passada. Tem vários momentos do livro que é relatado quem ele foi na vida passada e como foi o encontro dos dois.

Depois de ler fico muito curioso de saber se tudo o que relatou realmente aconteceu ou foi pura invenção para dar um aspecto mais fantástico em sua história. Se eu fosse a uma palestra sua, com certeza perguntaria isto. Outra pergunta seria se a sua mulher não tem ciúmes dele ter passado uma boa parte da viagem com uma outra mulher que queria dar pra ele.

Além desta história principal, existem várias partes muito boas do livro e algumas frases de impacto para refletirmos melhor sobre nossas vidas. Podem chamá-lo de auto-ajuda, mas gosto de suas histórias. Dei uma nota 3 no skoob.

domingo, 15 de setembro de 2013

Pirataria

Tudo bem que pirataria é crime e prejudica o artista. Mas as lojas e os vendedores de produtos em um modo geral são muito mercenários que jogam o preço das coisas na estratosfera. É muito fácil dizer que as pessoas precisam comprar o produto original sendo em sabemos que o preço de custo e o preço de venda são absurdamente altos. A fabricação de um cd leva apenas alguns centavos, mas nas lojas não sai por menos de R$20,00.

Concordo que o maior prejudicado é o músico que não arrecadará como poderia. Então ele é obrigado a fazer shows para se manter. Acho justo. A música e os filmes deveriam ser compartilhados. Apesar de ser contra a lei, sou a favor desse tipo de pirataria. Por que os camelôs fazem tanto sucesso? Porque vendem o cd a cinco reais. Em qualidade inferior, claro, mas a população aprova. Se as lojas reduzissem para dez reais, ai poderíamos analisar se a qualidade compensa cinco reais a mais. Eu mesmo compraria apenas o original se a diferença entre o original e o pirata fosse apenas de cinco reais. Mas quando a diferença é de 30 reais, ai não tem ética que se mantenha firme.

Vi uma entrevista do Nando Reis que está vendendo seu cd no seu site de modo independente, já que as grandes gravadoras não fazem um serviço bom. Ele pede que os interessados ouçam suas músicas gratuitamente e depois eles mesmos declarem o preço que querem pagar. Fui por curiosidade conferir e vi um preço médio de R$22,00. Um cara que vende por este preço não pode acusar ninguém de pirateá-lo. Ele usa o argumento de que são as pessoas que jogam o preço do cd nas alturas. São fãs do cara que acham que a música tem excelente qualidade e que o artista merece ser mais bem pago. Tudo bem. Mas, em minha opinião, o preço de um cd, DVD, ou seja, lá que for não deve ser cobrado pela qualidade do artista. O preço de um cd deveria ser tabelado para todos, tipo R$10,00 qualquer cd. Se fosse cobrar pela qualidade, um cd do Beatles custaria pelo menos R$500,00.

Já no cinema eu acho que é diferente. A entrada é cobrada com valor fixo para todos os filmes. R$20,00 qualquer um que se queira ver. Acho um erro. Com isto, filmes mais humildes nunca vão ser vistos enquanto os blockbusters terão filas quilométricas. Se tiver Batman e um filme brasileiro meia boca qualquer, um cara aleatório irá com certeza gastar R$20 no Batman, a não ser que seja fã mais xiita dos brasileiros. Filme que não tem muita procura poderia ser metade do ingresso do grane filme, por exemplo. Ai sim o cara analisaria melhor e optaria pelo que te interessaria. Será que vale a pena pagar o dobro pra ir no garantido ou pagar metade e ir na promessa? Se o preço for o mesmo, ele irá com certeza no que garante sua diversão.

Os videogames estão seguindo a mesma idéia. O Playstation 3 não tem como piratear, logo os mercenários cobram R$150 ou R$200 por jogo! É um absurdo do absurdo. É verdadeira filhadaputagem. Se eu fosse comprar um console novo, optaria sem dúvida pelo Xbox que permite jogos piratas. Se os caras cobrassem valores aceitáveis no mínimo, quem sabe eu comprasse o jogo deles original. Se o valor de um jogo do PS3 fosse uns R$10,00, eu comprava todos originais. Queremos estar dentro das leis, mas os produtores e vendedores só pensam em dinheiro e não no bem estar de seus consumidores. É por isso que temos tanta pirataria no Brasil.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Millennium - A Menina que Brincava com Fogo

Segundo livro da trilogia de Stieg Larsson. Depois de ler o fantástico primeiro livro, não tinha como não continuar seguindo a história no livro seguinte. Os nomes dos títulos não causam vontade de ler. Só me interessei porque vi o filme e percebi que a história seria excelente. Mas se visse na vitrine o título Os homens que não amavam as mulheres, imaginaria que fosse um daqueles livros de auto-ajuda feminino contra os homens cafajestes. Enfim.

A história deste Segundo livro se passa exatamente onde terminou a primeira. Por isso mesmo aconselho que se leia o primeiro livro antes para não ficar perdido. Depois dos acontecimentos que aconteceram em Hedestad, Lisbeth resolve curtir uma grande viagem pelo mundo enquanto Mikael curte sua fama e continua trabalhando na revista Millenium.

Tem bastante promiscuidade na história, homem com homem, mulher com mulher, sexo entre casais, swing. O autor acredita num mundo com grande diversidade e uma sexualidade livre de preconceitos onde todo mundo pode transar com quem quiser independente de convenções tradicionais como o casamento. Não sei se é uma utopia ou uma realidade sueca.

O livro demora bastante pra engatar, pois ele descreve situações os personagens principais aparentemente dispensáveis. O autor descreve uma revista livre de politicagem onde os jornalistas são éticos e querem exercer suas profissões o melhor possível para o bem da população. Deve ser o sonho de todo estudante que está se formando ao sair da faculdade. Pena que não existam muitos lugares assim na vida real.

Só vamos chegar ao ponto central do segundo livro depois de 250 páginas, quando foi montado todo o mistério pelo qual Lisbeth será envolvida. O mistério policial que Larsson cria é excepcional. Ele sabe prender nossa atenção e fazer o leitor querer desvendar o crime com as provas que ele joga na sua cara. A quantidade de detalhes faz um livro policial do Jô Soares parecer literatura de criança.

Além do mistério policial, este livro é mais focado em Lisbeth. Vamos conhecer mais a fundo esta personagem enigmática que provoca grande interesse. Vamos saber sobre sua infância, de porque ela está sob tutela do estado e mais segredos que foram trazidos do primeiro livro.

Para o autor, qualquer um pode realizar uma investigação criminal, não precisa ser policial para isto. Seja jornalista, empresa de segurança pessoal ou mera pessoa física. A polícia tem mais recursos disponíveis, mas se você tiver inteligência, perspicácia e perseverança, consegue se sair melhor.

O primeiro livro ainda é melhor como um todo. Mas este mantém a mesma qualidade e provoca o mesmo interesse pela leitura que seu predecessor. Se gostou do primeiro, pode ir para o segundo sem medo.

sábado, 7 de setembro de 2013

CQC na quadra

Este é um relato do sonho surreal que tive hoje. Estávamos no serviço combinando um encontro no sábado à noite, tipo uma balada. Mas não era uma casa noturna nem nada, apenas uma desculpa para se encontrar em galera, tomar cerveja e se divertir. Muita gente ia e claro que os homens já estavam conversando sobre a mulherada que estaria presente. Disseram que tinham duas mulheres que eram solteiras e sem namorado: a Joana e a Dani. Eu tinha ingressos para o teatro neste mesmo dia então já tinha combinado de comparecer ao evento, ficar um pouco e depois de determinada hora sair pra pegar a peça.

Quando cheguei ao local do encontro, o lugar era bem estranho. A entrada era cercada por arbustos, fazendo com que tanto do lado direito quanto do lado esquerdo fossem muros intransponíveis sobrando apenas uma abertura pra entrada de um carro. Após a entrada, tinha um corredor também cercado pela cerca viva até o local final mais aberto. Era um tipo de sítio pequeno, com grama por todo lado. No centro havia uma quadra poliesportiva e esta quadra era por sua vez cercada com uma grade de ferro com os arbustos. Era noite, mas todos os holofotes da quadra estavam acesos e no centro uma grande multidão curtindo. Dentro da quadra havia uma pequena arquibancada e um palco onde estava sendo apresentado o CQC. Havia a bancada com o Tas, o Marco Luque e o pequeno pônei agitando a galera.

Do lado direito da entrada havia uma casa e em frente à casa existia um buraco, um tunel, onde estava acontecendo uma construção. Fui olhar e perguntei o que estavam fazendo. A Daniela, uma das nossas amigas do serviço, disse que estava construindo uma casa para ela embaixo daquela cada à direita, como se fosse um bunker ou um abrigo. Estudei a planta da construção por uns momentos e perguntei se iriam fazer sala, banheiro e dois quartos. Ela riu e disse que só dava para construir um quarto apenas. Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo construir um bunker debaixo da quadra.

A festa estava boa e simplesmente me esqueci da hora de sair para o teatro. Em determinada hora até estranhei meu próprio comportamento. Eu estava calmo e descompromissado, diferente do que aconteceria na vida real que eu estaria preocupado em sair no horário certo para o outro evento. A festa acabou próximo da meia noite e me perguntei a que horas começaria a tal peça, pois já deveria ter saído.

O sonho foi apenas isto e quase que eu não me lembro dele. Quando acordei, eu sabia que tinha sonhado com algo, mas não me lembrava de nada. Passado alguns minutos indo para o banheiro e lavando o rosto de repente caiu na minha cabeça toda a história. Por pouco não perco esta memória.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Restaurante na viagem

Ultimamente tenho sonhado muito com viagens, acho que estou precisando realizar uma urgentemente. Desta vez viajei com amigos e colegas de serviço.

Chegamos a um restaurante de comida italiana. Estávamos conhecendo a cidade, genérica qualquer, e entramos para filar uma bóia. Estávamos eu, o Marcelo, a Aline, a Carol, o Ricardo, o Neymar, a Bia e o Eusébio. Quando entramos nos separamos por algum motivo que não lembro no momento. Uma parte das pessoas ficou no andar térreo e a outra parte subiu para o primeiro andar. Sentamos à mesa a Bia, o Eusébio, eu e a Carol.

Pedimos um prato e ficamos conversando. Quando chegou, era um tipo de massa parecido com nhoque e um filé de frango. Logo depois a Carol disse que precisava falar algo com uma pessoa que estava lá embaixo, pegou seu prato, pulou sobre as pessoas para sair da mesa e correu pra baixo. Achamos estranho seu comportamento, mas continuamos a comer.

Logo depois senti uma necessidade forte de descer as escadas também. Eu um momento do sonho a desculpa era que a comida estava gelada e eu queria falar com o garçom para trocar o prato. Mas em um momento seguinte eu desci para falar algo para a Carol. Então peguei meu prato e fiz quase igual ela quando desceu da primeira vez: pulei as pessoas sentadas com certa dificuldade e carreguei meu prato escadas abaixo.

Chegando lá eu rodei o restaurante inteiro e não consegui achar a Carol de jeito nenhum. As únicas pessoas que vi foi o Neymar que estava xavecando a Aline na porta do restaurante, sentados na primeira mesa próxima da entrada. Logo em seguida achei o Ricardo, então decidi me sentar com ele e terminar de comer. Conversamos um pouco e ele estava também olhando o movimento do restaurante em busca de mulheres. Nós fomos colegas de serviço, mas há muito tempo não nos víamos. Então não tinha muito que falar a não ser sobre análise de mulheres do restaurante.

Quando resolvemos todos sair, após o almoço, nos encontramos na saída do restaurante. Descobri que o Neymar não havia almoçado e o questionei o porque. Ele disse que não estava com fome e que durante o período tinha saído pra dar uma volta pelo quarteirão. E caso tivesse fome no resto da tarde, beliscaria algum lanche durante o caminho comprando qualquer coisa em alguma barraquinha. O Marcelo apoiou-o dizendo que ele tava certo.

Eu fiquei com muita raiva. Raiva de gordo, de inveja. Porque ele é magro e não tem fome enquanto nós porcos tínhamos nos acabado de encher a pança com uma massa pesada. E quem garantia que nós não o acompanharíamos nos lanchinhos da tarde que ele disse que faria? Na hora me deu aquele arrependimento e ter comido tanto, aquele mesmo sentimento que tenho todos os dias quando exagero na comida e nas porcarias que como todos os dias. Vi o porquê ele era tão magro e porque a Aline estava interessada nele. É insegurança e frustração de não conseguir seguir nenhum regime por mais simples que seja. É uma droga.