Maria Miss é uma peça baseada no conto Esses Lopes de João Guimarães Rosa. Eu diria que foi apenas inspirado de leve e foi pego apenas algumas coisas e inspirado o autor a criar várias situações para adaptá-lo aos palcos. Depois de ver a peça, procurei ler o texto original e percebi que não tem muito a ver com a história da peça. Eu também achei o texto muito curto, até me surpreendi por terem transformado em uma peça um texto não minúsculo. Com certeza eu teria passado batido e nem prestado atenção.A peça conta a história de Flausina, a Maria Miss, que quando pequena foi comprada dos seus pais por caixeiros viajantes que a usaram como escrava de serviços domésticos e sexuais. Virou sua esposa forçada. É aquela típica história brasileira de regiões mais pobres, normalmente do nordeste, onde se tem muitos filhos e os pais vendem seus filhos em troca de dinheiro e comida. Já li coisas sobre o assunto e sei que é coisa real, não fictícia.
Não é dito claramente, mas história deve ter provavelmente se passada no nordeste por causa da pobreza característica da região. Mas o espírito da peça me lembrou muito dos livros de Érico Veríssimo com Ana Terra e Capitão Rodrigo que se passa no sul do país, naquela época da farroupilha. Apesar de separados por um continente, tanto a região sul próxima do Uruguai e da Argentina quanto à região nordeste com os cangaceiros me fazem ter a impressão de que foram as regiões mais parecidas com o velho oeste norte-americano, com cidades sem lei e violência correndo solta.
A história, apesar do horror de uma criança ser arrastada e violentada, é encenada com leveza pela atriz principal e apesar dos pesares é uma personagem alegre em busca da felicidade. Claro que a história terá uma reviravolta, um plot-twist mais adiante que lembrara as tragédias gregas mais antigas.
Uma semana depois de assistir a peça, me deparei com eles naquele programa. Todo Seu com Ronnie Von. Não assisto normalmente a este programa por considerá-lo chato, mas quando vi que eram os atores da peça parei um pouco para vê-los. Achei o ator mais velho, com uma barba comprida, muito bom. Mas fiquei surpreso em saber que o Ronnie Von era 10 anos mais velho que ele. O que plásticas e dinheiro não fazem!
Peça: Maria Miss
Teatro Eva Herz da Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073
Preço: 30,00
Direção: Yara de Novaes.
Adaptação: Evill Rebouças.
Elenco: Tania Casttello, Daniel Alvin e Cacá Amaral.
Duração: 75 minutos.
Em cartaz:Terças e quartas às 21 horas.
Após uma das chuvas torrenciais que eventualmente caem em São Paulo no outono, vi uma cena que me incomodou muito enquanto caminhava no centro da cidade. Um morador de rua caminhava mais ou menos ao meu lado com um pouco de distância, claro, e outro vinha de encontro a nossa frente. Esse outro que vinha de repente parou numa das ruazinhas do centro e puxou uma das tampas de bueiro para pegar algum pertence seu que havia guardado lá. Ele começou a xingar e ficar extremamente bravo, me fez até desviar o caminho para não me aproximar dele. O outro que estava ao meu lado continuou e perguntou o que se passava. Ele disse que suas coisas haviam sumido. O outro disse que provavelmente tinha sido os limpadores de rua e faxineiros da prefeitura que fizeram a limpa. O cara ficou revoltado e continuou xingando aos céus. Graças a Deus existem esses seres iluminados que tiraram aquelas coisas senão haveria uma séria inundação naquela área.
Um dia eu teria que pesquisar a etimologia do meu nome e a história do grego Ulisses. Resolvi escrever por partes sua história.
Morre o primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, aos 82 anos. Em 20/07/1969, quase 10 anos antes de eu nascer, a missão Apollo 11 desembarcou os heróis americanos para uma caminhada de 2 horas em solo lunar e uma coleta de 21 quilos de rocha para estudos. Antes deste dia só existiam histórias fantasiosas sobre nosso satélite natural. Até hoje ainda tem gente que acha que foi um produto feito por Hollywood para enganar os russos na guerra fria. Bobagem.
Tive a oportunidade de assistir ao filme do diretor brasileiro Walter Salles na sua adaptação do famoso livro de Jack Kerouac On the Road, que ainda não li. A história é sobre Sal, jovem escritor que resolve sair com seu amigo Moriarty pelos Estados Unidos para curtir os prazeres da vida. Na verdade a história é uma autobiografia romanceada de kerouac que criou seu walter ego Sal Paradise e seu amigo na vida real Neal Cassady que virou Dean Moriarty.
O anime Berserk, baseado em um mangá que ainda está sendo produzido no Japão, conta a historia de um mundo medieval alternativo ao nosso, que em muitos aspectos lembra a nossa própria história, e se foca no personagem Gatts, que é um espadachim errante, que veio de uma infância difícil. Desde seu nascimento, em uma tropa mercenária, foi forçado a treinar com uma espada maior que ele e por isso desenvolveu uma força para carregar uma espada do tamanho de uma pessoa adulta. Durante os maus tratos que sofria nesta tropa ele um dia mata o líder dos mercenários por acidente e foge, sendo um solitário guerreiro sem pátria. Gatts é o protótipo do samurai, homem honrado que não recua de nenhuma batalha e vive numa jornada em busca de um objetivo na vida.
Sempre ouvi falar de teorias sobre a interpretação dos sonhos que começaram desde Freud. Ás vezes acho que tem fundamento, em outras os sonhos são tão imaginativos e loucos que não tenho certeza do que significam. Alguns se baseiam em filmes que acabei de assistir antes de dormir ou músicas de ouvi. Outros sonhos se baseiam em absolutamente nada.
A Madonna foi um ícone da década de 80 e conseguiu se manter no topo até hoje, uma coisa rara na música pop. Acho que só Michael Jackson conseguiu esta façanha, se bem que ele teve altos e baixos durante a carreira. Minha amiga Lulu se dedicou no assunto no blog dela selecionando as 50 melhores músicas em sua opinião. Tem muita coisa englobando a carreira inteira, mas eu particularmente gosto da fase anos 80, onde ela era mais destemida.
De acordo com uma interessante tese do dr. Gikovate, a gula dos gordos e sedentários está relacionada com algo vinda da infância.
O coelho é um termo usado nas corridas para designar o cara que corre na frente, guiando o resto dos competidores. Surgiu da corrida de cachorros. Para que um cachorro de corrida corra no percurso completo sem para pra cheirar o rabo de outro competidor, sem desviar para a platéia e sem se desconcentrar até chegar no final eles fizeram aquele coelho de metal do lado da pista que guia os cães como um chamariz. E, instintivamente o cachorro fica louco para pegá-lo e vai segui-lo até o final. Claro que o coelho robô tem que ser um pouco mais rápido que os cães para não ser pego, senão acaba a brincadeira. E também não pode ser tão rápido senão o cão desiste.
Os brasileiros têm hábitos mal-educados que herdamos de muito tempo atrás. Claro que evoluímos com o passar dos anos, hoje somos mais civilizados do que anos atrás, mas ainda temos muito que fazer para se aproximar aos europeus. Desde a chegada de Dom João VI, temos melhorado nosso comportamento com a introdução de regras básicas de convivência. No livro 1808, de Laurentino Gomes, relata como foram os primeiros anos do monarca português em solo brasileiro, depois de fugir do Napoleão. Segundo o autor, o rei ficou assustado com a sujeira e os hábitos de cuspir nas ruas e de jogar as necessidades feitas em penicos pela janela, já que não havia saneamento básico. A proliferação de doenças era incrível. Então se começa uma catequização de hábitos básicos e etiqueta para uma convivência melhor entre a população. Fiz esta introdução para lembrar o que nós brasileiros já fizemos em uma cidade tão grande quanto o Rio de Janeiro em apenas 200 anos. Hoje temos comportamentos que são absurdos para povos mais cultos, mas que para nós são rotinas.
A forma que interagimos com o mundo, que nos relacionamos e como buscamos nossos desejos depende do respeito que temos com o mundo, sabendo que somos submissos às vontades do Universo. Vi uma palestra sobre os pensamentos de Nietzsche e fiquei fascinado com a quantidade e qualidade das coisas que analisava da humanidade. Acho que Paulo Coelho leu muito suas obras pois uma das coisas que o mago sempre diz em seus livros é que quando você realmente quer atingir algo e põe seu suor e lágrima, o Universo conspira a seu favor. Ouvi algo parecido sobre um dos pensamentos de Nietzsche.
É um anime sensacional, feito para um público adulto, não devendo nada aos filmes policiais.
Então a Interpol contratará o maior detetive particular do mundo para localizar Kira. Este investigador permanece no anonimato e responde apenas pela letra L, não mostra seu rosto e sua voz é transmitida com efeito computadorizado.
Só o título do filme já dá vontade de assisti-lo. Carnage! E também só de saber que foi filmado por Roman Polanski já é um motivo a mais para ver esta película, além de grandes atores no elenco. Mas confesso que me decepcionei um pouco. A expectativa que a gente cria em torno de um filme é fogo! Sempre que tenho vontade de assistir um filme, evito ao máximo saber mais detalhes sobre a trama para não ter spoilers inconvenientes. Mas ao saber que era um filme do Polanski já imaginei aqueles grandes filmes de suspense onde ficamos com o coração na garganta. Mas não se trata disto. É uma comédia baseada em uma peça e teatro e toda a história se passa dentro de um apartamento. Entretanto tirando expectativa infundada, o filme é muito bom.
Escrevi este texto depois de ler um trecho do livro “O que a vida me ensinou” de Mário Sérgio Cortella.