tag:blogger.com,1999:blog-57624458887018070412024-02-20T11:52:40.366-03:00Blog do UlissesUlisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.comBlogger280125tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-91293660903055124642015-07-21T21:08:00.001-03:002015-07-21T21:11:27.019-03:00Quais são os nossos limites?Será que viver no limite é benéfico como leio em todo lugar ou é apenas o pensamento liberal de que as pessoas só são felizes sendo os primeiros da turma? Há uma corrente que defende um alto grau de profissionalismo e dedicação, uma busca pelo sucesso constante e perseverante, nunca vivendo na zona de conforto e buscando sempre o conflito. É a política do crescimento, desenvolver o máximo possível, trabalhar mais, dormir menos e se esforçar até nos finais de semana. Quem não conseguiu ir bem na vida é aquele que não se esforçou o bastante.
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Já na outra ponta tem gente que prega a qualidade de vida acima de qualquer conquista material ou de poder. Do que vale estar em altos postos de trabalho, ganhando bem se não se pode usufruir de tudo isso. Geralmente vejo que os grandes executivos que tem sucesso acabam trabalhando excessivamente, fazendo hora extra, estudando a noite, viajando a trabalho e não aproveitando para curtir tanto com seus familiares. Mais tempo em casa, mais lazer é o que vale a pena nesta vida. Claro que não devemos negligenciar o trabalho, que é digno e todo mundo deve ter. Mas as condições trabalhistas deveriam ser mais humanas e de respeito mútuo.
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Eu concordo em termos com as duas linhas de pensamento e tenho dificuldades em conciliar ambas ao mesmo tempo porque não busco nenhuma das duas de forma plena. A idéia seria foco em uma delas e ser feliz, mas claro que eu sempre fico no muro nessas discussões. Como sabemos até onde podemos viver no inconformismo. Será que estou triste pelas razões certas ou apenas estou fugindo das responsabilidades?
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<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXJcbPf5ld_eDVgDJduYdh03tS8Dyk01HThNIT72SBYJPwEpnCuPf0JOb1eVi37XL9_hVdP2_96MN_0GXYy5PrgSJCC4zj9WQGZW9vb28mb1k7OrFmSQuboAI5l5JXs7mRb70La6FNDoc/s320/blogtemp.jpg"/>Quando somos testados a exaustão em situações limites, ambas as visões tem comportamentos diferentes. Na primeira, uma situação estressante e difícil é vista como algo positivo, um obstáculo para você se tornar uma pessoa melhor, mais resistente e forte, um crescimento pessoal. Mas a segunda visão vê como se você estivesse fazendo algo que não devia, que deveria estar atrás de algo melhor pra sua vida ao invés de ficar perseguindo um caminho que só vai te trazer desconforto. Do que adianta dar murro em ponta de faca se isso só vai te trazer dor e sofrimento. A primeira visão acredita que com isso vai te dar mais força para enfrentar mais desafios. A segunda acha que é sofrimento à toa.
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O problema é que ambas tem razão. Não adianta forçar uma situação que não tem saída. Mas será que estamos desistindo de algo cedo demais? Será que se persistir em um determinado assunto, por mais que seja ruim, no futuro se transforme em ouro? É minha luta diária pra saber se continuo no meu caminho ou mudo. É cedo ou tarde pra sair?Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-88396391578767367532015-06-27T14:32:00.001-03:002015-07-21T21:09:05.020-03:00Obrigação social<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI5heg7_DjUyLDyN0-ZGZDc6Z0Q4IYRqGY09a8PA6RDZHsC-IJDm4s2WvEoqRogmHLbLr7iIkO3eigp8QYv5oo1z1RMw3y-9hBYSpz8ZzGhpAwGoeE6o9TwRUzwGyEkj-Y4wXzf8i8cus/s320/temp.jpg" />A suprema corte norte-americana aprova o casamento entre mesmo sexo. Vitória contra a intolerância e o preconceito. Sou totalmente a favor de que todos possam fazer o que bem entendem de suas vidas desde que não prejudique os semelhantes, ainda mais que estejam apenas querendo promover o amor e não a guerra. O mundo será um lugar melhor quando os conservadores não puderem estragar a vida de ninguém apenas a deles próprios. Quem são eles pra dizer como devemos viver nossas vidas?
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Enfim. Mas tirando a aprovação da lei, o que me motivou a escrever o texto foi outro tipo de intolerância, a do politicamente correto. Parece que uma incentiva a outra. As pessoas pensam diferente sobre diversos assuntos, fato. Mas ninguém é dono da verdade apesar de acharmos que existe uma verdade absoluta. Ontem acreditava em coisas que hoje não acredito e amanhã pode ser que eu mude meus valores também. Então nada é definido.
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As pessoas que não gostam de gays tem o direito de não gostarem, tanto como religião, raça, tudo. O que não podem é exercer ativamente seu preconceito contra os outros. Ai sim. Condeno e concordo com sua punição. Mas a pessoa não pode ser obrigada a gostar do que o resto das pessoas gosta. O Malafaia não gosta de gays, beleza. Foda-se ele. Mas quando ele vem a público incitando o ódio, ai sim sou totalmente contra. Tem racista a rodo por ai. Enquanto eles ruminam seu ódio nas suas próprias casas, tudo bem. Mas quando vêem a público exercer seu hábito repugnante, concordo com a punição de qualquer forma.
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Hoje o casamento gay é liberado nos Estados Unidos e espero que em breve no Brasil também. Todo mundo que concorda mudou sua foto no facebook pra um arco-íris. Legal as pessoas se manifestarem. Mas os que não mudaram sofre um pouco e preconceito, pois aos olhos dos outros eles são contra. Eu sou a favor, mas não to afim de mudar a foto. “Como assim não vai mudar a foto? Todo mundo mudou?”. Não sou todo mundo dona”. “Ah, então você não gosta de gays. É por isso então”. Que raiva! Agora eu tenho que fazer algo só porque todo mundo faz.
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Eu mudo a foto quando eu quero! Sou a favor do respeito às pessoas independente do que elas sejam. Gordas/magras, feias/bonitas, negros/brancos, mulçumanos/espíritas/evangélicos/cristãos. Não importa. Às vezes acho legal apoiar algum grupo, mas não vou acompanhar a massa se eu não estiver afim.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-42394353663537035152015-05-01T09:58:00.000-03:002015-06-27T14:31:46.175-03:00O que é a vida?<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-xU5E7JX6jCxz2NXUw9tgEyFJ5Deb2ycMBD8cWOSAaTuOuHL4JXutakF-T7hEMQHg3oDSIW462mNgBR_I3IPfwuLUUbc_CGwGtTnTij0qkpEGi7Jn6dj_TiHgjMa2bvLdR-DmBRaCsYI/s200/blogtemp.jpg" />Antonio Abujamra era uma figura enigmática. Sua presença e impostação de voz faziam as pessoas prestarem atenção. Sou fã do seu programa Provocações há anos apesar de não ver freqüentemente na TV Cultura, mas às vezes fazia maratona assistindo uns 10 ou 15 programas pela internet, já que ele é de curta duração. Não só personalidades, mas ele levava muitas vezes gente desconhecida para ser entrevistada. Lembro até hoje em que um dia levou um morador de rua autodidata que era muito culto e aprendia coisas com o que conseguia no lixo.
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Em suas entrevistas, suas perguntas eram curtas e diretas, deixando o entrevistado discorrer a vontade sobre o assunto para, em seguida, quebrá-lo com sua argumentação. Depois de uma resposta bonitinha pra ficar bem na foto Abujamra sempre dizia que nada era importante, que não devíamos levar a vida tão a sério, que deveríamos errar e errar com gosto, em se arriscar dentre outras coisas.
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No término das entrevistas tinham duas perguntas que ele fazia em todos os programas. A primeira era se ele não fez alguma questão que o entrevistado queria que ele tivesse feito. A resposta era a próxima pergunta que fazia. E ele representava como se tivesse pensando na hora.
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A última pergunta era algo que ele chamava de simples: “O que é a vida?”. Assim que o entrevistado se contorcia para tentar responder uma coisa tão abstrata assim ele repetia a mesma pergunta. O cara, pressionado a dar outra resposta diferente da primeira, se esforçada e entregava outra coisa. Em seguida ele repetia a mesma pergunta pela terceira ou quarta vez até o entrevistado ficar perdido sem saber o que falar.
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Eu entendia esta repetição de “O que é a vida?” como um modo de forçar a extração ao máximo da opinião do entrevistado até não poder mais. É como se ele não acreditasse na primeira resposta dada e dissesse: “Bom, na primeira vez você respondeu o que queria que as pessoas soubessem. Agora responda de verdade, sem rodeios, o que você realmente pensa.”. Eu mesmo ficava pensando em casa o que responderia. É algo impossível.
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Ao final recitava um texto de algum pensador. Sempre mantinha um caderninho pra anotar suas referências: Sartre, Schopenhauer, Nietzsche, etc. Procurava conhecer o que ele citava em seu programa. Eu o admirava e sentirei muita falta. Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-71852669770216585182015-02-26T07:13:00.000-03:002015-05-01T09:58:31.384-03:00Divergente<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7ErFj5TSNxQvfNYP0Tw2ZG4nmv2lyWUhvOsLyV_QB55MvNeGzI01IEy-oS2B1B_9hepWvrjkGGvSEFT47A9XoQflTpfaUkOEPuclYUX3qW_fG_FhVUz1WBG1UlnKq0SUtHWsInwQnTeE/s200/temp.jpg" />Divergente narra a história pós-apocaliptica de sobreviventes que se dividem em uma organização administrativa de 5 facções com características totalmente diferentes entre si. Identifiquei duas analogias que a autora pode ter vindo a criar na história.
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- A primeira, no início do livro, é que seria um rito de passagem do estudante para a faculdade. Vejam os sinais: Um jovem, na época, deve estudar junto a todos os outros colegas de facções diferentes até 16 anos, seria o que? O ensino médio.
<p>- Em seguida tem que fazer um teste de aptidão e obrigado a escolher a facção que deseja seguir o resto da vida. Seria o vestibular, onde na nossa vida eles têm que escolher que curso seguir com a ameaça de que está escolhendo seu futuro profissional para a vida. É uma escolha terrível em ambos os mundos, para quem ainda não tem certeza do que quer fazer.
<p>- Quem não consegue entrar em uma das cinco facções, é enviado aos sem-facções, vagabundos ou pessoas que são obrigadas a lutar pelos empregos mais inferiores possíveis. Ou seja, quem não estuda, no nosso mundo, também acaba se sujeitando ao salário mínimo e a vagar pelas ruas.
<p>- Assim que escolhe sua facção, passam por um ritual de iniciação em que alguns são eliminados ou mortos. A prova do vestibular.
<p>- Depois que entram finalmente, tem diversos testes difíceis para se manter na facção. Seriam as matérias e provas dos cursos da faculdade. Eles têm até um ranking das notas e de quem está abaixo da média.
<p> Em minha opinião, mais explícito impossível.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-17676556961157564242015-02-25T07:00:00.000-03:002015-02-25T07:00:02.251-03:001001 Maneira de enriquecer<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6BCZ5MQYYCo4sa3eQlPf6nU3-aeMD9B0EPqy6D7uqKjOfcVVDC_2TtqeY_T_Evc9_LyL1Ww9CzzuRZI1vDdKEUaJGiBxQYCUoIsR278duSrqtCjjV3TSs5kmxc0e-JLFO80Y2cb0a9yY/s200/temp.jpg" />Segue o mesmo modelo do livro O Segredo.
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Acho uma propaganda enganosa, pois o livro não tem 1001 maneiras, mas apenas uma maneira que ele fica repetindo à exaustão com inúmeros exemplos. Para ficar rico, segundo o livro, é acreditar profundamente que você já o é e se comportar como tal. A força da sugestão em seu subconsciente fará todo o resto. O autor demonstra ser bem religioso, então além de acreditar, devemos rezar sempre, todos os dias e pedir a Deus que coisas boas venham. Então o livro é recheado de exemplos de gente que praticou as duas coisas: rezar sempre, preferencialmente uma frase como um mantra e acreditar que já era aquilo que deseja ser.
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Até acredito que otimismo é bom sempre e pode trazer benefícios e autoconfiança para ir em direção aos seus desejos. Mas para o autor o universo conspira para aqueles que seguem este otimismo quase irracional. E um pouco inconseqüente, pois se você começa a gastar como se já fosse rico, vai à bancarrota. Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-44779862039802023932015-02-24T07:00:00.000-03:002015-02-24T22:41:20.381-03:00It's a trap!<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZUA-t-iAOLwg1-iSTcajJwvtqwA4T90NmKqeqt9pEu77VSoVvSxEXNXH4Grv7xABHpzsfHqc3s92QEZIue_T6RE3vOWdtl_ejqfYSzMT6hLIvZomNip9VAxMRYyDlgT-icxcGvwd-nlA/s200/temp.jpg" />Tenho a impressão de que cai numa armadilha. <p>Eu estava preso, sem perspectivas apenas vivendo no meu mundinho. E de repente me veio uma luz temporária em que resolvi mudar levemente o rumo do meu caminho tentando de alguma forma sair daquela situação, com medo, mas tomando uma decisão. Não é que todos em quem apostei estão tentando me passar a perna? De alguns eu até esperava, mas não uma conspiração. Sinto-me numa areia movediça e a cada movimento que tenho fazer para escapar, mais me afundo. Serei obrigado a pensar num plano B.
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Tudo seria tão mais fácil se as pessoas pudessem aceitar umas às outras sem egoísmos, sem mentiras, apenas buscando seu próprio crescimento sem a necessidade de rebaixar o outro. O mundo anda muito egoísta.
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Hoje sonhei que escalava um prédio por diversão, como o Homem Aranha e quando tentava descer, acabaram as saliências que usava como suporte. Fui obrigado a entrar em uma das janelas do prédio que descobri ser um presídio perigosíssimo. Um dos presos, noiado, me derruba no chão e põe uma faca no meu olho, que por instinto fecho esperando que o mesmo enfie a lamina dentro cegando-me. Depois de alguns segundos, ele começa a cortar minhas pálpebras. Consigo me livrar dele e corro pro banheiro para ver o estrago. É horrível, nem consigo ver direito. Ficou na minha mente e acho que não esquecerei tão cedo este pesadelo.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-1489328656768421132015-02-23T06:33:00.000-03:002015-02-23T06:33:37.303-03:00Oscar 2015<img style="float:left" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQk-6efG-5jWGiwHcSHl1dQAu9SzkbJGk2XyI7iRoqFUgawOL6xfbH4Paui6WTkG6CmVaLy63bQteWu-hzhMjCxIj77IY69bUHNJAvZ8u8VvQHRo0_wMK4-iYQdnL9aRQ9_lbb2b-7o1I/s320/temp.jpg" />Assisti quatro filmes indicados antes da premiação do Oscar 2015. <BR>
- Birdman<BR>
- O Jogo da Imitação<BR>
- A Teoria de Tudo<BR>
- Sniper Americano<P>
Concordei com Birdman ter levado a estatueta de melhor filme e direção. Melhor ator pra Eddie Redmayne também é justo. Tem gente dizendo que os outros foram melhores, mas pra mim, leigo, era merecido. Não que os outros não deveriam ganhar, mas é que me impressionou a construção do personagem.<p>
A maioria dos filmes que concorre ao Oscar são cinebiografias. O Jogo da Imitação é sobre Alan Turing e seu trabalho em decodificar a Enigma, máquina de criptografia alemã. Quase uma continuação de U-751. <p>
“A Teoria e Tudo” tinha aquele formato que a academia adora: um cara que não é ninguém conquistar o sucesso com suas próprias qualidades e forças. Sniper Americano me lembrou muito do filme “Guerra ao Terror”. Mostra tudo aquilo que sabemos sobre a guerra, que muda a cabeça dos sobreviventes. Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-82454338252116228652015-02-22T10:16:00.000-03:002015-02-22T10:16:03.080-03:00Birdman<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6_ULT6K4tBbffrF2dCQZ4GgxYBSnCUaAObHnjQrK8wUsLeXX_uTtVPWJgJNqq0s0ueQtGOJN9cXUF9IP0F3IKzH5b4R90llPn2xJZRtTsh_VVpOkIQMNzFxCVat9Cj2sZi7q_VqTraHM/s320/temp.jpg" />Gostei muito da premissa deste filme pela sua lateralidade com a vida real a princípio. No filme, um ator que fez um super-herói chamado Birdman na década de 90 durante uma trilogia de sucesso, passa anos no ostracismo e então resolve bancar uma peça de teatro adaptando o roteiro, dirigindo e atuando para provar à indústria que ainda tem qualidade e valor.
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Na vida real Michael Keaton interpretou Batman em dois filmes na década de 90 e após este sucesso não despenca como o do filme, mas realiza apenas filmes medianos. o do filme mas realiza apenas filmes medianos. Agora renasce como concorrente do Oscar e volta a ficar sob os holofotes. Somente esta idéia já me chamou a atenção em assisti-lo.
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Acredito que direção e montagem devem levar as estatuetas do Oscar pelo modo de filmagem do diretor. Difícil explicar, mas a impressão que dá é que não existe corte de cena durante todo o filme, parece que ele liga uma câmera e ela segue tudo ao seu redor em apenas uma filmagem. É muito louco. Só achei a trilha sonora chata, um tipo de bateria descompassada. Irritante.
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Outra coisa é o alter ego do ator, o birdman. Ele nunca se livrou da sombra do personagem tanto entre os fãs como pessoalmente. Quase como uma esquizofrenia, ele vive tentando se livrar do Birdman que assim como Gollum, o assombra.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-84339789668451757432015-02-21T09:44:00.000-02:002015-02-21T09:48:43.316-02:00GossipFiquei sabendo de uma informação muito interessante que não posso dizer à pessoa que é alvo dessa fofoca. Gostaria muito de perguntá-la se é verdade, mas como ouvi de terceiros, pode ser que seja inconveniente. Fora que pode ser que ela não queira que ninguém saiba ainda. Enfim, difícil fingir que você não sabe de nada ao conversar com ela da próxima vez. Tenho certeza que vou ficar pensando o tempo inteiro no assunto ao vê-la.
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Mas o mais triste foi ver os "colegas" falando mal de uma pessoa que você estima. Teve gente defendendo e outros atacando, mas quem criticava dizia coisas que eram muito cruéis em minha opinião. Não me surpreendi pelo fato de vir da boca de alguém que tenho profunda aversão, mas mesmo assim dói ouvir essas coisas de uma pessoa gente boa. O pior de tudo é que é tudo boato vindo de uma única fonte, ou seja, pode ser tudo mentira e vez por outra invenção. Chegaram até entregar um lenço pra ela limpar o sangue que escorria da sua boca.
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Se ela diz o que diz de alguém que não está presente e que tem reputação ilibada, o que será que a mesma fala de você pelas costas?Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-41120704164968498222015-02-20T07:00:00.000-02:002015-02-20T07:00:02.619-02:00Tudo na vida passa. Até uva passaNada como o tempo e a experiência para termos noção do que vivemos. Tem coisas que achamos normal, mas quando passa, sentimos saudades porque acabou. Éramos felizes e não sabíamos, até criticávamos naquela época a situação que se tornou pior do que nossas piores previsões. Já outras coisas se tornam melhores. Quando nos sentimos perdidos e sem perspectivas, às vezes a vida mostra uma nova porta, uma janela aberta, uma coisa boa de ser vivida. Sempre há coisas novas que podemos experimentar. Somente o tolo acha que já conhece tudo. Sou tolo todos os dias. Só quando acontece algo bom que tenho esse vislumbre de vida que vale a pena ser vivida. Mas depois que passa, volto àquele estágio letárgico.
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É muito ruim ser pessimista e realista. Quando estamos bem, achamos estar mal. Quando estamos mal, ai sim é que dói por achar que nunca sairei dali. Não importa onde eu esteja, sempre há algo ainda mais baixo.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-20033043831509837082015-02-19T06:27:00.002-02:002015-02-19T06:29:50.406-02:00Rumo ao BicampeonatoJogo imperdível ontem entre São Paulo e Corinthians pela Libertadores da América, maior torneio sul-americano de futebol. Domínio corintiano e o São Paulo não deu nenhum chute a gol. Mas claro que eles reclamam (e até com certa razão) do segundo gol alvinegro alegando que foi ilegal. Mesmo que tenham razão, o placar foi 2x0, logo perderiam de qualquer maneira, sem direito a choro nem vela.
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Alguns fatos do jogo:
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- No segundo gol corintiano o Tite sai do banco de reservas correndo feito louco e abraça os jogadores dentro de campo praticamente. Poderia ter sido advertido se o juiz seguisse a regra, mas num momento de explosão de alegria a gente releva.
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- Ganso besta chama o árbitro de ladrão na cara dura. Assim como aconteceu com diversos outros jogadores, deveria ser indiciado pelo juiz por calúnia e difamação. Que apresente as provas do “roubo”.
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- A rede globo exige horário muito tarde para a prática do futebol, fazendo os torcedores ficar sem transporte no final do jogo porque o mesmo termina à meia noite. Tudo bem que ela paga pra isso, mas deveria ter certas regras mínimas. Mas como aqui é América do Sul, tudo é uma zona.
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- O time do Corinthians está mais que pronto pro torneio. Impressionante o que uma troca de técnico faz com um time em pouco tempo. Tem gente que acha que leva tempo para mudar seu estilo de jogo, mas vemos que não é bem assim. O time com Mano Menezes apesar de bom, era frágil e sem confiança, o inverso do que é agora. Muito sólido na defesa e rápido nos passes e contra-ataques. Estou confiante.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-17914934605417271792015-01-01T20:13:00.000-02:002015-01-01T20:13:08.853-02:00Corridas de Rua em São Paulo - 2015Depois de um breve levantamento, selecionei algumas corridas que ocorrerão em São Paulo em 2015. Coloque em sua agenda:<p>
18/01/2015 - 2 Corrida e Caminhada dos Taxistas (Pq.Ecológico do Tietê) 6,5k<br>
24/01/2015 - Jovem Pan Night Run Praia Grande<br>
25/01/2015 - Troféu Cidade de São Paulo 2015 (Ibirapuera) 6,3/10km<br>
01/02/2015 - Corrida Oral B (Anhembi) 7k<br>
07/02/2015 - São Vicente Night Run - 2ª Edição<br>
08/02/2015 - Corrida Circuito do Sol SP (Pacaembu) 5/10k<br>
08/02/2015 - Netshoes Fun Race (Ibirapuera) 6km<br>
01/03/2015 - Meia Maratona de São Paulo (Pacaembu) 5/21k<br>
08/03/2015 - WRun São Paulo (Jockey Club) 4/8k<br>
08/03/2015 - Princess Magical Run (Ibirapuera) 7k<br>
15/03/2015 - Circuito das Estações 2015 - Outono (Pacaembu) 5/10k<br>
15/03/2015 - Corrida de Abertura Corpore (USP) 5/11k<br>
25/03/2015 - Corrida Olga kos (Pacaembu)<br>
28/03/2015 - Night Run 2015 - Etapa Fogo (Anhembi)<br>
29/03/2015 - Circuito Athenas – O Athenas 10k Etapa I (Ponte Transamérica) – 5/10K<br>
12/04/2015 - Track&Field Run Series JK Iguatemi I<br>
12/04/2015 - 16ª Meia Maratona internacional Corpore (USP) 42k<br>
26/04/2015 - 10 Milhas 2015 (Ibirapuera) 8/16k<br>
26/04/2015 - Maratona Revezamento Vingadores (USP)<br>
01/05/2015 - 10ª Corrida do Trabalhador e Caminhada (Pq.do Carmo) 5/10k<br>
10/05/2015 - 15ª Corrida GRAACC (Ibirapuera)<br>
17/05/2015 - XXI Maratona Internacional de São Paulo/SP – 21/42k<br>
30/05/2015 - 2ª Edição INDOMIT São Paulo – 12/21/50k<br>
31/05/2015 - Série Delta – Etapa Portugal (Ipiranga)<br>
07/06/2015 - 6ª Corrida do Shopping União (Osaco)<br>
21/06/2015 - Corrida Eu Atleta 5/10k<br>
28/06/2015 - 6ª Corrida da Amizade (Clube Monte Líbano)<br>
05/07/2015 - Circuito das Estações – Etapa Inverno (Pacaembu) 5/10k<br>
05/07/2015 - 20ª Corrida dos Bombeiros (Ipiranga)<br>
21/07/2015 - Circuito Corujão de Corrida de Rua - 5k e 10k<br>
26/07/2015 - Série Delta – Etapa Alemanha (Ipiranga) 5/10k<br>
02/08/2015 - Golden Four São Paulo (jockey club)<br>
02/08/2015 - 5ª Corrida e Caminhada Esperança (Pacaembu) 5k<br>
09/08/2015 - 20ª Prova do Centro Histórico (Anhangabau) 9k<br>
23/08/2015 - Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama (Ibirapuera) 5k <br>
30/08/2015 - 4ª Disney Magic Run (Ibirapuera) 10k<br>
13/09/2015 - Circuito das Estações – Etapa Primavera (Pacaembu) 5/10k<br>
04/10/2015 - Meia Maratona de Sampa, 10k e 5k (Jockey Club)<br>
18/10/2015 - W21K Asics (USP)<br>
25/10/2015 - Eco Run (Jockey Club)<br>
25/10/2015 - 12ª Shopping Aricanduva (Aricanduva)<br>
08/11/2015 - Track&Field Run Series JK Iguatemi II<br>
14/11/2015 - Night Run – Etapa Água (anhembi)<br>
22/11/2015 - 20ª São Paulo Classic/Zumbi dos Palmares (Ibirapuera)<br>
29/11/2015 - Série Delta – Etapa França (Ipiranga) 5/10k<br>
29/11/2015 - 2ª Star Wars Run (Barra Funda) 6k<br>
13/12/2015 - Corrida de Natal Corpore (Anhangabau) 5/10k<br>
20/12/2015 - Circuito das Estações – Etapa Verão (Pacaembu) 5/10k<br>
31/12/2015 - 91ª Corrida Internacional de São Silvestre (Paulista) 15kUlisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-60666843475690613422014-09-21T22:31:00.002-03:002014-09-21T22:31:54.502-03:00Bolsa FamíliaSou a favor de programas sociais desta natureza por causa da imensa desigualdade que nosso país apresenta. O Brasil é décimo país mais desigual do mundo, sendo que é a sétima maior economia do mundo, ou seja, tem pouca gente ganhando muito dinheiro para muitos ganhando pouco. O abismo é imenso. Gerar renda para os mais pobres é positivo, diminui a diferença apesar de não ser sustentável, mas diminui a quantidade de miseráveis que não tem nem o que comer.<p>
Não é com este programa que o Brasil vai se tornar um país igualitário e é praticamente uma esmola que o governo dá em caráter de misericórdia. Acho muito triste nós termos que chegar a este ponto, mas considero necessário. Quem critica não sabe, mas o bolsa família varia entre R$22,00 a R$200,00 e só contempla pessoas com renda familiar abaixo de R$140,00. Acho que poderiam até aumentar o valor para, pelo menos, um salário mínimo. O Bolsa família é a junção de cinco programas sociais do FHC: o Bolsa Escola, o Auxílio Gás, o Bolsa Alimentação e o Cartão Alimentação. Umas das minhas críticas em relação ao programa é dele ter eliminado o requisito principal do bolsa escola: a exigência de matricular o filho na escola. <p>
Em minha opinião, os programas sociais deveriam exigir contrapartidas dos beneficiados mesmo que a principal função dele seja o combate à pobreza. O programa deveria ter um planejamento de tornar o cidadão produtivo para ele não precisar mais daquela renda nos próximos anos. É a mesma idéia de “ensinar a pescar”. A educação é a melhor forma de investir num país para reduzir a desigualdade. Todos os que fossem beneficiados deveriam estar matriculados em alguma escola, mesmo os adultos, em cursos profissionalizantes ou mesmo de alfabetização para os miseráveis. Não importa o nível educacional que você esteja, desde que tenha a intenção de progredir individualmente. Não se deve aceitar a própria desgraça como ato divino.<p>
Outra coisa que defendo é da não perpetuação do benefício. Tudo tem que acabar um dia, não é possível que esta verba seja paga indefinidamente. Pode começar com um valor alto e a cada ano que passe diminua um pouco. Podemos fazer um planejamento de 10 anos e a cada ano que passe diminua 10% do valor pago até que no final o benefício se extingue. Uma pessoa que ganha dinheiro sem nenhuma contrapartida e sem expectativa que ele vai acabar acaba se acomodando. Faz parte da natureza humana, qualquer pessoa tem comportamento similar em outras áreas.<p>
Além da exigência do estudo para se ter acesso ao benefício, incluindo freqüência mínima de 90% das aulas e o atingimento de nota mínima, poderíamos incluir outras exigências a fim de melhorar a vida da população a longo prazo. Uma delas seria a obrigatoriedade da pessoa buscar emprego toda semana. E se conseguir um emprego, ter um aumento de verba no bolsa família. Assim incentivaríamos à ele querer trabalhar.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-85798281491581729292014-05-20T05:39:00.001-03:002014-05-20T05:52:34.270-03:00Não vai ter copa?<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio-VaBA_gw-ysFOW9N77cye5Lw_SuF-besH9jqUA1kYNuqMGZkaYFrd2LRX4AJWOnvuMMTo_jGkwFzrvMQkP-uibMDhepssLVrGJvR75bdkEjGttuNOBdPX0e5eCwPndj6p4ioQkufFFk/s320/blogtemp.jpg" />A Copa no Brasil, como era de se esperar, foi uma desculpa para que houvesse obras superfaturadas e que não cumprissem todas as melhorias acordadas relacionadas ao transporte público. Torraram grande parte do dinheiro que poderia ser mais bem empregado para a população. Nas Olimpíadas acontecerá a mesma coisa, todo mundo sabe. É triste constatar que a corrupção virou regra e não exceção no nosso país, não nos surpreendemos quando algo deste tipo acontece.
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Ano passado houve grande movimento de protesto que se iniciou com as tarifas de ônibus e se estenderam pra Copa do Mundo e tudo o que havia de errado no Brasil. Deixou de ter um foco e virou uma modinha sair, protestar, depredar e roubar. Era uma verdadeira zona de guerra no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Diziam “não é apenas por 20 centavos”. O governo recuou do aumento, transferindo o gasto para outros serviços públicos e o gigante voltou a dormir. Era sim pelos vinte centavos.
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Agora próximo à Copa do Mundo começaram a falar de novo em protestos para aproveitar o grande evento como chamariz. Agora começaram a gritar “não vai ter copa”. Sinceramente, pra que? Já provaram que em matéria de ideologia é um zero a esquerda. Se fossem engajados mesmo, teriam selecionado pautas para reivindicações e continuado nas caminhadas de protestos que tinham iniciado. Ficaram um ano dormindo e agora vão voltar para aproveitar politicamente do grande evento.
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Se eles fossem realmente contra a copa, porque não começaram a protestar sete anos atrás quando o Brasil foi escolhido para os jogos? A hora ideal seria exatamente aquela, quando ainda não havíamos gasto nada e ainda dava tempo de transferir para outro país melhor preparado. Eu queria ter uma copa no Brasil porque gosto de futebol e sempre sonhei em assistir os jogos do mundial, mas ao mesmo tempo também não queria por saber que os corruptos iriam aproveitar e roubar mais ainda, o que de fato aconteceu. Mas agora, a um mês do início, com todas as obras feitas, com todo o dinheiro gasto, já era. O prejuízo já foi feito, basta aproveitar o evento. Pra que iniciar apenas agora um movimento de “não vai ter copa” quando sabemos que vai sim ter copa. Onde vocês protestantes estavam quando todas as decisões estavam sendo tomadas? Dormindo provavelmente.
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Pra mim esses protestos são puramente políticos. Claro que no meio da massa acabam aparecendo gente de bem que se entusiasma com o espírito de querer uma mudança no país. Eu mesmo me animei nas caminhadas “pacíficas” que aconteceram em 2013 achando que finalmente o gigante havia acordado, claro que nada aconteceu após isto. Quer protestar contra o preço da passagem, contra a situação da saúde, do dinheiro gasto indiscriminadamente na Copa? Beleza. Temos todo o direito de fazer isto. Mas acho que o futebol não tem nada a ver com isso. É um evento esportivo que eu gosto de assistir, não sou um alienado. Quem critica costuma dizer que o povo vê a seleção ganhar e esquece dos reais problemas do país. Eu não.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-65631975277454573032014-05-15T07:03:00.003-03:002014-05-15T07:03:44.118-03:00Beatles - Please Please Me<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTQKVDYK5spx5hHSSSQSJMBIPJgySgsFhT3ZoO9DlY7jIVVdksOAgI4mNKp6gaZZDNIbtql21DOOIyHwnKJk-TEmCoEfje39HE_ChesA_thY5wRUC58_xbr-JwjqWdPzdfT5A-U2U1yDc/s320/blogtemp.jpg" />Tudo o que conheço dos Beatles de termos musicais são as coletâneas e as principais músicas mesmo, nunca me aprofundei muito no material. Sempre ouvi falar sobre a evolução do seu som e das composições de Lennon/McCartney, então resolvi ouvir suas músicas em ordem cronológica e conhecer as músicas mais obscuras que muitas vezes são melhores que as famosas.
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Claro que eu sei que os Beatles foram a boyband dos anos 60 assim como muitas bandas condenáveis são hoje em dia, com a diferença é que eles tinham talento. A forma de apresentação era pra conquistar a atenção da mulherada mesmo, mas desta vez prestei atenção nas músicas e fiquei impressionado. Absolutamente todas as músicas falam de amor, de um cara apaixonado por uma mulher e de que foi chutão e que está chorando, resumindo um disco bem grudento nas letras apesar de ser rock.
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O que traz uma discussão que tive com uma amiga sobre como avaliamos se uma banda é boa ou não criticando suas letras. Às vezes falamos mal de bandas brasileiras de Axé ou samba em que as letras só falam de amor e estar apaixonado, mas esquecemos que outras bandas consideradas boas falam da mesma coisa em tempos diferentes. O problema se resume ao gosto musical e cada um e não que uma é melhor que a outra. É por causa dessas músicas que vemos porque eles viraram febre na época e as mulheres gritavam em seus shows.
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Já as melodias são boas, mas elas têm aquela roupagem dos anos 50/60 e os Beatles foram influenciados por cantores norte-americanos de blues e rock. As músicas têm aquela roupagem da época e por causa da limitação do vinil, nenhuma das 14 músicas tem mais de 2 minutos de duração, feita para se tocar no rádio, coisa rápida.
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Outro detalhe interessante é a utilização de músicas de outros compositores, covers. Metade do álbum não foram eles que compuseram. Entretanto as músicas estão bem próximas de suas canções originais. Dessas a melhor é Twist and Shout, que foi eternizada no filme “Curtindo a vida adoidado”.
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“Misery” é o tipo de música de corno, pra chorar por nada dar certo com o cara. Se fosse traduzida pro português, poderia muito bem ser adaptada para uma dupla sertaneja. Na verdade tem muito a ver com meu estado de espírito agora. “Anna” é legal para mandar para uma amiga que se chama Ana. Gosto de músicas que tem uma cadencia mais lenta, diferente das outras mais rapidinhas. As melhores do disco, em minha opinião, são essas duas que citei mais a Twist and Shout e A Taste of Honey, que é uma levada bem diferente de todo o resto do disco. Das quatro que eu mais gostei, 3 são covers de outras bandas e uma o John Lennon tinham composto pra dar pra cantora Helen Shapiro, que recusou. Até agora não conheci realmente os Beatles de verdade.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-35595224447362128802014-05-09T06:01:00.000-03:002014-05-09T06:05:39.152-03:00Guerra dos Sexos<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7iycpcJbwUBsRx6QPcD5jjIueRdqPZgcimLaN1mXU3Hy9QqaSxWGPrVDItG2c6TfkYf4tnytkam06tEmwAnVYfSPpLtWqEA8gtdefAxc2dZK7PC35lRExGvTy8rxEly2Y3Kby6Il9kAk/s320/blogtemp.jpg" />Hoje em dia anda tendo um debate sobre a liberdade da mulher na sociedade e de como o mundo é machista e tal. Incomoda-me, pois os debates geralmente são tendenciosos para o publico do qual eles fazem parte e vão defender seu lado custe o que custar. Eu acho os homens e mulheres mais parecidos do que as pessoas acham que são, a começar do lado biológico.
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Nós nascemos iguais desde a concepção até em meados de 3 meses, quando o bebe começa a tomar forma do sexo ao qual vai se desenvolver. Assisti a um documentário no Discovery channel em que mostra como o sexo vai tomando forma. É uma coisa muito curiosa pois o formato do sexo é o mesmo. Onde fica a vulva se fecha e ele vai para fora se tornando o pênis do menino. E no caso da mulher, o penis vai pra dentro se tornando o clitóris. A diferença entre os dois seres é apenas um detalhe. Claro que tem outras modificações no corpo, mas basicamente é isso que nos faz diferente, praticamente nada.
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Já no lado comportamental, acredito que nosso jeito de ser provém de duas fontes: uma que já vem conosco de nascença e outra que é ensinada pela sociedade. A sociedade impõe a nós um comportamento aceitável que ela quer que adotemos. Se formos diferentes, ela nos lembrará diariamente que estamos nos desviando da conduta esperada. Digo sociedade como todo mundo. Tanto o homem quanto a mulher querem que as mulheres sejam de determinada forma. E vice-versa. Ambos esperam que o homem adote outro tipo de comportamento. Então o jeito da mulher ser diferente do homem é muito influenciado pelo ambiente ao qual você vive. Se não houvesse interferência externa, seríamos mais parecidos entre si.
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Hoje eu estava lendo um texto sobre Wicca e as palavras agridem meus olhos. Do mesmo jeito que fomos criados nestas religiões soberanas patriarcais em que o homem é quem manda, a Wicca mostra o lado inverso, uma sociedade matriarcal onde a mulher é quem manda. Na minha concepção, ambos errados. Em um mundo perfeito, que nunca existirá, todos poderiam adotar o comportamento que quisessem e seriam livres para fazer o que bem entendesse desde que não interferisse no modo de vida do outro cidadão.
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É por isso que quando há discussão sobre o papel do homem ou o papel da mulher na sociedade, eu me desinteresso sobre o assunto. Começa uma discussão de que a mulher é importante por causa de alguma coisa ou que o homem tem que ser o responsável por outras coisas. Pra mim não se deve separar por sexo, deveríamos discutir o papel do indivíduo, do ser humano na sociedade, independente de qual posição social ocupe.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-15988041155492236712014-05-03T19:35:00.003-03:002014-05-03T19:38:08.781-03:00Jogador número 1<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga0m7S8p_u0PAQC-CNXhU89XRTlghSqDZ_Brs5J3Icz-TV9XzrPJ8xOv0Fe6WqGLRYG3fN3TFx3UGDZqbgD_AS1pstT-Lk8-OKbii3JceOUWwE_GTGPeNhc5V5BC60SIsSDevCl6CuuCc/s320/blogtemp.jpg" />É um livro futurista distópico que usa muitos elementos de realidade virtual como Ghost in the Shell, Matrix ou mesmo Neuromancer. O ano é 2044 e a sociedade entrou em colapso, crise social onde grande parte dos cidadãos não tem alternativas para sobreviver. Como toda boa ficção, é apenas uma exacerbação da nossa própria sociedade atual, exagerada em alguns pontos para mostrar aonde podemos chegar caso soluções não sejam desenvolvidas desde já para evitar este estilo de vida degradado. Gostei muito da construção deste universo alternativo. A comunidade mais pobre, no livro, viverá em grandes favelas feitas através do empilhamento de trailers em grandes andaimes. Será um mundo sem lei onde todos estarão conectados a um sistema online de realidade virtual chamado OASIS, que é uma alternativa para escapar de um mundo real horrível.
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O OASIS é o que o Second Life seria se tivesse dado certo. É uma transposição de realidade onde as pessoas usando luvas e óculos especiais podem literalmente viver outra vida mais agradável, com um nível de sensibilidade beirando ao real. Exceto para necessidades básicas do corpo físico como comer, dormir ou defecar, todos estarão online para viver. O personagem principal, Wade ou Parcival, estuda em uma escola virtual no OASIS, o que achei uma ótima idéia para nosso mundo real já que universaliza o estudo e o conhecimento à todos como a internet tenta fazer hoje em dia através de Wikipédia e vídeos de aulas auto-instrucionais.
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O criador deste mundo é James Halliday, uma espécie de Steve Jobs do livro que vem a falecer e não tem herdeiros. Então é divulgado um vídeo onde ele ativa um concurso para herdar o controle total do OASIS e mais sua fortuna de USD 240 bilhões. O concurso é como se fosse um jogo online para localizar três chaves escondidas na simulação. E o tema que mais Halliday gosta é o universo dos anos 80, onde viveu sua infância. Então todos os jogadores e nós leitores embarcamos num estudo da cultura pop da década de 80 para tentar decodificar pistas para encontrarmos juntos as chaves. Para quem viveu uma parte dos anos 80 o livro é uma delícia, pois relembra muitas coisas das quais já vimos e gostamos, ativando uma nostalgia daquela época. Talvez quem não conheça este período pode não aproveitar a história em sua plenitude. Músicas e filmes dos anos 80 são usados nas quests, mas basicamente a história usa os jogos como base. Eu não sou muito fã de games, apesar de ter jogado muito na minha infância, mas mesmo assim gostei.
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A experiência do leitor depende muito do grau de envolvimento que desenvolve com a história. Se você embarcar no universo criado, vai se divertir muito com o cenário pós apocalíptico criado. Se não, vai achar uma grande galhofa de história repetida já vista com outros cenários. É preciso certa abstração, uma imersão na história, uma suspensão de descrença para que a leitura seja prazerosa. Apesar de várias referências a livros mais inteligentes, a história é feita para o público teen, um tipo de Percy Jackson para gamers. Então aquele leitor mais xiita que gosta de coisas mais complexas não vai se conectar muito aos personagens que são quase todos crianças e adolescentes.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-50826917169832665382014-04-24T06:04:00.000-03:002014-04-24T06:04:33.104-03:00O Homem Bicentenário<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZvc3mHSe2gfMY1IgTGEsA7M63JVXDTM29PPyP5ZIAi3jdFmVm2Iu1Zs88KdFmlVCPD89LevamHeSxb5J_BubFRQQDBlIw1JYxn6DN4mqYVxYx0kEnHdokcxotd4TnIKoJiRPtiHszDk0/s320/blogtemp.jpg" />Mais conhecido como o filme do Robin Williams, O Homem Bicentenário é baseado em um conto do mestre da ficção científica Isaac Asimov que provavelmente foi o escritor que mais escreveu sobre robôs na vida. Este conto está incluso no livro Visões de Robô, que estou lendo atualmente, e não é tão brilhante quanto eu achava que seria nem em relação à outros textos do mesmo autor. Mesmo assim vale a leitura, principalmente por ser de fácil entendimento e curto, oposto do filme que é muito longo. Sempre que leio o livro que deu origem a um filme, gosto de comentar a relação e a adaptação do texto à imagem. Exercício que aprecio para aqueles que não leram a obra original.
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Até que eles passaram bem a idéia principal, mas fizeram dezenas de adaptações que prolongaram o filme desnecessariamente. Tudo bem que para conseguir um longa metragem baseado em um conto, talvez seja necessário a inclusão de alguns fatos que alimentem mais um aspecto da história deixando-a mais profunda. O problema é quando o roteirista se empolga e inventa muitos acontecimentos que não fazem parte do original, excluir partes interessantes e, o que é pior, alterar cenas.
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Adaptação é uma coisa complicada, nunca vai agradar 100% dos fãs e a gente já tem uma certa suspensão de descrença para aceitar o que vier. Mas o que mais causa irrita no filme é a história direcionada à família, mais água com açúcar, comédia romântica. Não me entenda mal, eu gostei do filme. Só que o Robin Williams já tem cara de sessão da tarde e as comédias que faz também são do mesmo naipe.
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Vamos por partes. A parte inicial onde Andrew, o robô, começa a se desenvolver com o primeiro senhor é excelente, fiel ao original. Só que percebemos a necessidade do diretor de criar alguns conflitos desde já, como a irmã da menininha ser malvada. No original não existe isto, a família é ótima. Posteriormente o filho da menininha vai ser um dos personagens que mais vão ajudar Andrew a progredir, mas no filme é retratado com a mesma mesquinhez da outra menina. No conto, quem faz a vez dos vilões é a sociedade preconceituosa da rua, são personagens aleatórios de fora.
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Uma das coisas que mais irritam no filme e que não existe no texto é o romance que o Robin Williams tem com a neta da menininha. Uma enrolação água com açúcar bem chata e sem necessidade. A motivação inicial do personagem não precisava deste incentivo a mais, ele já queria se transformar em humano desde o início. O fato dele se desenvolver em relação a criação de órgãos artificiais para uso dos humanos foi fielmente seguida do conto. Mas ele que fez tudo sozinho, não teve ajuda daquele cientista gordinho e da robô fêmea do filme.
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E não é todo mundo que tem seu robô no futuro, como é mostrado no filme. No conto, só alguns privilegiados tem este privilégio. E o primeiro senhor dele é um político, um senador, por isto a oportunidade de ter um desses. Logo depois de descobrir que Andrew pensa por si só, a US Robotics interrompe a venda de robôs e começa apenas a arrendá-los com uma mente coletiva ligada à sede da empresa. Com isto os futuros robôs não poderiam mais ter a possibilidade de desenvolver uma mente única.
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De resto, a discussão sobre o que define ser um humano e de como um robô pode se transformar em um é a mesma em ambas as mídias e muito interessante.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-11000666919327426612014-04-20T15:01:00.000-03:002014-04-20T15:09:14.430-03:00Homem da ciência, Homem da fé<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0zkMoE_20sku9mzPjiOfHcMigv1DNa1HIp_nJ6CFmJ3cPaypBP8LcCAmftRguUPLRSXWmw_TT0LAaP0i3NWlltZ-985TwTv8RabccJZ8cdn-h8En9UxEa1NeK8FFv7vSm0nzDUlAm_Mo/s320/blog06.jpg" />Eu tenho um pensamento à base da lógica, vejo as coisas através de fatos e conseqüências onde tudo é explicado por causa das ações que tomamos como uma matemática onde o resultado de dois mais dois sempre dará quatro. Apesar de ter sentimentos como qualquer outro, eu me considero um homem da razão. Uma decisão a ser tomada não pode se deixar ser influenciada pela emoção que sempre estraga tudo. Uma emoção forte sempre atrapalha o técnico, o pensamento se dispersa, a concentração vai pro espaço e aquela pessoa que tem o conhecimento não consegue resolver o problema por causa da interferência do lado sentimental. É uma fraqueza. Uma pessoa que tenha um bom autocontrole dos seus sentimentos estará fadada ao sucesso, conseguirá atingir seus objetivos mais facilmente do que aqueles que se perdem com questões menores durante o percurso.
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Fazendo uma analogia com o esporte, atletas com autocontrole conseguem se sobressair em suas respectivas modalidades. Federer, o tenista mais completo e vitorioso da história do tênis é conhecido por ser frio durante o jogo que pode ter até quatro horas de duração com muitos momentos de alta e baixa. Sua concentração é grande não se deixando abalar com os percalços pelos quais passa durante a partida, parece uma geladeira. Gostaria de ser o mais próximo desses exemplos de superação.
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É por causa dessa certeza que me perturba o fato de que as emoções causam um grande impacto sobre mim. Acontecimentos a minha volta com pessoas das quais tenho carinho e fatos que ocorrem comigo de modo emocional causam estragos que não sei como lidar. É como um fracasso pra mim que pensa racionalmente. A vida é cheia de decepções e temos que lidar com elas no dia a dia, mas algumas realmente fazem efeito negativo sobre mim que eu deveria relevar, ignorar e superar. Mas isto não acontece. O negativismo fica e não sai, os pensamentos começam a rodar na minha mente como se fosse um vírus, impedindo que eu faça o que deve ser feito.
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Amigos meus dizem que eles não estão nem ai com a situação de merda na qual passam. Estão como um cavalo num desfile, cagando e andando. Algumas vezes eu acho que eles mentem pra se mostrarem superiores. Outras vezes até acredito que eles não ligam e invejo seu autocontrole emocional, procurando usá-los como exemplos nas próximas vezes que sofrer um impacto de mesma natureza.
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Gostaria de ter menos emoção e mais razão, como um robô, para que estes fatos não me prejudiquem como ser humano em busca de minhas aspirações. Será que é por isso que adoro Asimov? Seria bom ser como os Vulcanos e reprimir nossos sentimentos.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-33104984347509270082014-04-18T08:49:00.000-03:002014-04-18T08:49:42.102-03:00Polícia e estudantes<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHulOstNyRikSA5w-JXE1sH26b-aR5TqmcGD4D3jL953-teQ2nequjgW120bLnfISdmDLfblFanW83R4z37ctXYZY1iLDR1CoVLl1ScjFkWsZWAMaWnyY8vo20oR1E8tWQKEbd1NECCus/s320/blog05.jpg" />Devido ao recente passado brasileiro de controle do exército na política nacional e repressão dos jovens e da liberdade de ir e vir e de pensamento, entendo a preocupação que a população tem em relação da polícia com a população. Mas o oposto da ditadura é a anarquia, que só beneficia arruaceiros e bandidos de todo tipo. A anarquia, a meu ver, é como o apocalipse onde não existem leis, controles e direitos, vale a opinião do mais forte, sem escrúpulos. O cidadão de bem perde com os dois cenários opostos, a idéia seria algo no meio, com certo controle sem ser muito intensivo.
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A polícia entrar no campus da USP é fato pra sair nos jornais de todo o país como um ultraje, uma volta do controle dos universitários, uma repressão. Acho um absurdo esta visão esquerdista. Nem na época quando eu tinha um pensamento de esquerda estrema e adorava partidos como o PSTU eu concordava com esta visão. Sem a polícia, um controle por menor que for a barbárie reinará. Vários casos de assaltos e mortes vivem ocorrendo na cidade universitária com estudantes vítimas sem ninguém a quem recorrer. Alguns estudantes se julgam no direito de fazer o que bem entendem sem nenhum controle, invadem prédio da reitoria, depredam equipamentos pagos com os impostos da população, fumam maconha, não tem aulas e ainda culpam o governo. Parecem crianças. Sei que podem ter problemas de gestão que merecem protestos de algum tipo para reivindicar seus direitos, mas nada justifica as coisas que ocorrem.
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Os movimentos de protestos de 2013 foram simbólicos e mostraram que a população pode sim mudar os rumos de um país se tiver vontade e perseverança. Pena que acabou rápido e nada aconteceu depois, foi uma modinha de inverno por causa de R$0,20. O pior das manifestações foram os crimes, a bandidagem, os roubos, a depredação e toda a violência. A polícia interviu agressiva e sem preparo, imbecil, o que aumentou mais a ira dos revoltosos. Quando viu que fez merda, recuou. Mas parece que eles mudam da água para o vinho, é oito ou oitenta. A partir deste fato os policiais nada faziam deixando bandidos praticarem grande quantidade de crimes sem reação da polícia que não protegiam os cidadãos de bem. Se a polícia reprime, são repressores. Se não reprimem são incompetentes.
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As universidades são os centros de produção de cabeças pensantes do futuro que preparam novos líderes, novos políticos, gente que pode mudar nossa realidade e tentar transformar nossas vidas para melhor. Mas os estudantes também fazem merda.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-54351661635984202232014-04-05T13:26:00.000-03:002014-04-05T13:26:34.509-03:00O Segredo de Luisa<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiShTUUvY6nhIvuO1E4PT8dqIDFk6Jk7QEH_w_EGLQz81ZgUdd4pCOGMDbTUEBS2XVqxS8zvSaci5nbCKp6YwgJweAlJGIT05hoqA8w-2XB4nn8R0Ezed44vt-argpcH2iNA0eaEWe5ecM/s320/blog04.jpg" />A princípio não tinha nenhuma expectativa em relação a este livro que foi me oferecido por minha irmã que emprestou dizendo ser bom. A capa era bonita e o título instigante, logo inclui na minha lista de leitura. Com algumas páginas lidas consegui captar a mensagem e a idéia central do autor. O livro é uma tentativa de misturar texto técnico com um romance, uma história fictícia, onde se conta como uma pessoa pode criar de desenvolver uma nova empresa do nada, é um livro de empreendedorismo.
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O autor, conforme constatei no prefácio é um teórico do assunto, já tendo lançado vários títulos a respeito e este livro é uma tentativa de facilitar a compreensão do tema utilizando de uma história mais de fácil assimilação pela população em geral, tática empregada em diversos livros de assuntos mais complicados. No início a história de Luísa até me pegou e comecei a ver algumas similaridades com minhas aspirações de crescimento, gera uma empatia com os personagens e suas motivações e acho que todo mundo tem uma família como a do personagem principal.
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Mas tenho uma crítica ao livro. Conforme a história da menina do interior de Minas Gerais se desenrola, no texto o autor introduz termos referentes ao empreendedorismo que ele julga que merece maiores explicações ao leitor. Então são inseridos caixas de notas explicativas durante todo o livro, não apenas com pequenas informações, mas boxes de páginas inteiras com informação técnica do que se é tratado na história. Não sou contra quadrados onde tem mais informações sobre o texto, mas acho que foi demais, em grande quantidade. Às vezes estávamos entretidos com a história de Luisa e de repente apareciam três boxes pra explicar qualquer coisa em relação à construção de uma empresa. E a história convencional continuava páginas a seguir, onde era novamente interrompida para mais explicações.
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Não achei válida esta mistura de texto técnico e ficcional por atrapalhar a assimilação dos dois públicos. Quem procura e gosta apenas da história da Luisa, vai odiar estes textos explicativos. Quem quer mais informações sobre o assunto de empreendedorismo, vai achar que tem muito blábláblá e pouco conteúdo. Em minha opinião o livro deveria ter apenas o texto ficcional. Se a pessoa se interessar, compraria um segundo livro apenas com as informações técnicas sobre como abrir uma empresa. Enfim.
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Eu me identifiquei com a história e percebi que abrir uma empresa é muito mais difícil do que imaginamos. No livro, a Luisa sabe fazer uma excelente goiabada, daquelas caseiras vendidas em cidades do interior de Minas Gerais. Logo ela pensa em comercializar em grande escala já que seu produto é amplamente aceito pela população. Quantas vezes a gente se julga bom numa coisa e tenta ganhar dinheiro com aquela atividade? Parece que a coisa mais difícil é produzir o produto, o resto vem mais fácil. No livro é ensinado exatamente o contrário. Realizar o serviço é fácil, administrar uma empresa que é o mais complicado. Com a leitura percebi que é uma coisa extremamente difícil mesmo. Não que eu não soubesse que seria complicado, mas é mais do que eu pensava.
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Apesar dos pontos negativos que levantei, aconselho a leitura para as pessoas que tem interesse em começar um novo negócio, pelo menos para ter uma leve idéia das agruras do que se espera. Mas não aconselho para quem busca apenas uma historinha, não vale a pena.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-9180690878957869002014-03-29T09:10:00.001-03:002014-03-29T09:10:51.217-03:00Driblando no Anhangabaú<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2-eHtNDjS1t4Zi7D8rurhdpEY6wqhxXemQ7wQTluwuen98YZIIxVGyfl4L7T3d_F4cMcawwJOR095Ind0StjtWIf66bIWSXTvfDSOC3TjOOO8qJ9K79emwmzRycmv5j47kPlIrpzhFaw/s320/blog03.jpg" />Trabalho próximo ao Vale do Anhangabaú, bem no centro velho de São Paulo, onde ocorrem grandes eventos organizados tanto pelo governo quanto pela população e também tem muitos moradores de rua e cheiradores de cola como também assaltantes em geral. Nunca fui alvo de um apesar de passar por lá diariamente, mas o risco sempre existe.
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Numa tarde qualquer, saindo do serviço senti vontade de tomar uma cerveja. O dia foi puxado e sai um pouco com a cabeça ainda se desgrudando do serviço, ainda não tinha me desligado totalmente. Comprei uma latinha e sai caminhando e bebendo. O metrô mais perto era da São Bento, mas eu não queria chegar próximo à catraca do metro e ter que ficar parado tomando a cerveja pra só conseguir entrar assim que esvaziasse a lata. Eu queria ir tomando e quando chegasse na hora de entrar no metro, já estivesse vazia. Então decidi ir caminhando pelo vale e entrar na estação Anhangabaú que ficava do outro lado e pra mim não funcionaria do mesmo jeito. Daria tempo de beber tranquilamente, aproveitar uma leve caminhada de alguns minutos e ainda mais ouvindo uma música no celular.
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No meio do caminho vejo vinho em minha direção um mendigo banhado em sangue, com a cabeça toda vermelha pingando, uma cena chocante. Ele estava segurando um jornal amassado na cabeça, provavelmente onde tinha sofrido o ferimento, tentando conter o sangue. A única coisa que eu e outra pessoa que estava passando na hora foi para com uma cara de espanto e observar a cena. Ele passou muito rapidamente, com se estivesse se afastando de algum local, sumindo em alguns segundos ao se dirigir sentido Sta. Efigênia. Fiquei pensando o que teria acontecido, ainda pouco atordoado com a imagem.
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Voltei a caminhar para o meu destino original quando vejo três caras vindo ao meu encontro. Não eram mendigos e nem moradores de rua pelas suas roupas, mas tinham uma atitude de malandro de bandido. Aparentemente eram eles que tinham agredido aquele mendigo, pois apareceram quase imediatamente depois. Na minha frente iam duas mulheres juntas e um deles mexeu com elas. Mas como estava perto eles desistiram das moças e vieram diretamente pra mim. Na hora eu me lembrei de um vídeo que tinha assistido naquele dia do perigo de se usar o celular como mp3. O fone de ouvido indica ao ladrão onde esta exatamente o celular a ser roubado. Eu tinha sido pego em flagrante e nem deu tempo de tirar os fones do ouvido já que eles estavam bem diante de mim.
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Tentei desviar, mas eles estavam em três e bloquearam a passagem. Na hora pensei no mendigo agredido e no meu celular no bolso, só imaginei o pior. E o cara que tinha mexido com as meninas veio com aquele jeito malandro de andar dizendo: “E esse celular ai?”. Pensei “fudeu!”. Eu ainda estava segurando a latinha de cerveja na mão. Não sei de onde surgiu a ideia, mas executei imediatamente. Estendi a lata, ainda quase cheia, ao cara e ofereci confiante e com atitude: “Quer uma cerveja ai?”. Ele esboçou um sorriso e pegou a lata da minha mão virando para seus comparsas. Neste micro segundo eu me desviei e segui sentido ao metro na mesma hora, driblando-os.
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Eu poderia ter sido agredido, ter tido um celular relativamente caro e dinheiro roubados, mas fui salvo por uma cerveja de R$2,50 semi bebida.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-81196864167404329532014-03-25T04:57:00.000-03:002014-03-25T04:57:47.432-03:00Grupos no bar<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8SJI5L6mDITmvcv2Fn7HphJcDtMgGJDofnY_k9S6E8FulwdpUeCuL-xRc_XTHlAJGZ9lI_pEAWQhWa7MY9Xth9X5onYqAfNjWxpUN0YaDUVHSRw2VQgUjOTWdCKe5J3r5DKrWvdLCWzg/s320/blog02.jpg" />Encontros em bares, para tomar uma cerveja, rever amigos, conhecer pessoas novas e conversar sobre os mais variados assuntos é ótimo. Mas outro dia fiquei pensando sobre o papel de cada um que participa numa mesa de bar. Quando todos são conhecidos e se juntam, é mais fácil a diversão de todos, mas mesmo assim causa alguns problemas.
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A mesa ideal deveria ser composta de quatro a seis participantes, independente do grau de relacionamento entre eles. Se eles forem amigos, podem conversar sobre um assunto só que os satisfaça e todos contribuem com opiniões. Se forem desconhecidos, podem aos poucos ir se soltando com a ajuda do álcool e conhecendo-os de acordo com suas opiniões. Nesta mesa o assunto é único em que todos compartilham.
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Com mais pessoas, a mesa tende a ser maior e as pessoas ficam muito separadas entre si. A pessoa de uma ponta da mesa não consegue ouvir o que o da outra ponta está falando. Neste caso começa-se a abrir duas frentes, duas ou mais conversas paralelas de acordo com a disposição dos integrantes. Se forem amigos não têm problema exceto se o assunto que você tem interesse em conversar está sendo abordado pela outra rodinha.
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Agora se são pessoas desconhecidas podem acontecer duas coisas: uma que pode gerar alguma conversa mais interessante de um casal que pode dar frutos depois da noite. Outra que vai gerar um novo grupo de amizades, mas isto depende da abertura que estas pessoas desconhecidas dão. Se forem fechadas, tímidas ou não estiveram muito afim, vai travar e ser uma merda. O legal é que tenha pelo menos alguém conhecido na mesa para se sentar junto, de preferência do lado. Estar sozinho numa mesa em que os outros se conhecem exceto você também não é legal. A mistura de dois grupos seria mais interessante.
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Quanto maior a quantidade de pessoas numa mesa pior é, a menos que você esteja ao lado de pessoas das quais compartilha afinidades, que sejam agradáveis e tenha assunto. A quantidade de grupinhos que se formara será imensa e a tendência é que a mesa se disperse. Outro problema de grandes grupos que se reúnem numa mesa de bar é a hora em que todos chegam. O ideal é que eles se reúnam e vão juntos ao local se formando na mesma hora. Dá uma sensação de união. Aquelas mesas em que uns chegam no início e aos poucos vão chegando pessoas novas não é boa por não integrar os novos participantes com os antigos de forma plena. Já chegam separados e as conversas tendem a ser separadas do mesmo jeito, só compartilhando a mesa.
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O pior mesmo é quando têm banda e pista de dança, ai a coisa se perde totalmente. O assunto é outro. A idéia é o bar/boteco, com mesa, bebida e comes. Nó máximo uma musiquinha de fundo ou um maluco no violão. Numa balada rolam outras regras que convém uma discussão num texto diferente.
Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-22512203266644038192014-03-19T06:48:00.002-03:002014-03-19T06:51:03.899-03:00Não existe igualdade<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBCBV5XLNHzx-eLJ8qrfAvqSYuybB4JqtfsrEaqXHKOAA4vdYDdQdFUqB33kXTdEMn8z2gfphCArbHyk8yFQ7OnK-R9ewDQs6CEoBKY53YUXQopkiugi9FkYZ6AyNP0G56q2I7USo_-q4/s320/blogtemp.jpg" />Existe muito desnivelamento no mundo, cada pessoa é de um jeito diferente com suas qualidades e defeitos, ninguém é perfeito. Enquanto uns são mais esforçados no intelecto, outros têm mais gosto por desenvolver o físico. A pluralidade da população, a miscigenação de raças, o diversidade das personalidades é o que dá mais brilho, mais riqueza em cada uma das pessoas. A melhor coisa, em minha opinião é conhecer 10 pessoas com 10 personalidades e físicos totalmente diferentes entre si. O pior é conhecer um grupo de pessoas com o mesmo pensamento bitolado, a mesma chapinha no cabelo e a mesma roupa aceita no grupo, coisa bem chata. Com toda este diversidade é claro que tem gente que se sai melhor dependendo do assunto em que se trata.
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Existe um consenso popular na nossa sociedade de que todos somos iguais e que se autodenominar melhor o faz ser um arrogante estúpido. Deve-se ressaltar de que somos iguais perante a lei, mas no sentido de termos as mesmas oportunidades que todos. Mas ninguém é igual e ninguém tem a mesma habilidade que outro. É uma coisa difícil de se fazer não importa o pais, pois sempre quem tem dinheiro e poder dá um jeito e ser beneficiado por causa da influência que exerce sobre o mais fraco. Mas o fato de uma lei existir pregando a igualdade dá certa liberdade ao menor se esforçar em sair do fundo do poço e tentar se sobressair no mundo dos grandes. Depende muito do esforço pessoal.
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Além da lei dos homens existe a lei religiosa, baseada na bíblia, de que todos somos filhos de Deus e que nos fez a sua imagem e semelhança e que ele nos ama igualmente. No caso do sentimento pode ser até verdade, não dá nem pra debater intenção e sentimento de um Deus. A lógica diz que sim e a gente quer acreditar nisto. Mas Ele nos fez cheio de problemas. Ele foi injusto com muita gente fazendo nascer com problemas físicos, de saúde e com muitas coisas negativas. Se ele fizesse todos iguais, nunca daria o corpo defeituoso pra um e com saúde pra outro. Somente as religiões que acreditam em outras vidas podem explicar que os defeitos vêm de vidas pregressas, a única lógica plausível que vejo. Enfim.
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Ou seja, são duas leis que pregam a mesma coisa. E ambas estão erradas no final das contas. Sempre tem alguém melhor ou pior que você. Podemos citar qualquer assunto, tem alguém que já nasceu melhor que você ou que aprende mais rápido que você. Quantas vezes vemos uma pessoa comer uma coisa e engordar e outra comer o dobro e nada acontecer? E quando alguém estuda um assunto por uma hora e aprende mais rápido do que a pessoa que estudou o mesmo assunto por dez horas? E o que come carne com gordura e fuma igual à uma chaminé tem saúde pra dar e vender enquanto o cara que se cuida e só come vegetais tem colesterol e triglicérides nas alturas? Podemos ter o mesmo direito e oportunidade de concorrer a alguma coisa, mas tem gente que nasceu melhor que você por inúmeras razões que vai ganhar. Nasceu mais forte ou mais inteligente por motivos de genética, de criação ou espiritual, tanto faz. Ele já é melhor que você e mesmo que se esforce, nunca vai chegar a seus pés.
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Claro que a maioria das pessoas geralmente se encontra num patamar intermediário que possibilite, com esforço, superar o concorrente. Mas algumas pessoas terão que se esforçarem mais do que outras pra ter alguma chance de competição. A vida é injusta com algumas pessoas, quer você queira ou não. Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5762445888701807041.post-1134917298726755432014-02-20T07:00:00.000-03:002014-02-20T07:00:06.953-03:00Sonhos de Robô<img style="float:left; border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxmBL91zMiutQjWd2LVBp8jttjKk3doeBdH2NCxUSlVx_QFSXAsekpoq4Cw4Qz2DTT3dGIAwMJNwRzUcNSXfk0iRgwtar2fjuF8t8pqnderBVvTmk25gR5jXsgt-qF-XAeodS4MezuF-I/s320/blogtemp.jpg" />Sempre fui fã e Asimov desde pequeno, quando li Eu Robô. E desde então sabia que ele era conhecido por ser o escritor com mais gabarito para falar de robôs. Mas ele não escreve apenas sobre isto. Li também a série Lucky Starr onde ele escreve romances sobre um patrulheiro estelar que junto com um marciano passa por vários problemas. Li também um livro chamado Os viúvos negros, coisa totalmente fora da área da ficção científica, pelo qual é conhecido, onde discute problemas existenciais com um grupo de idosos intelectuais, também excelente. Na verdade até hoje nunca li nada dele que não fosse excepcional.
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Após muitos anos sem rever sua obra, resolvi pegar o “Sonhos de Robô”, na área mais própria. Inicialmente não sabia, mas também é um livro de contos. Diferente do que eu pensava, os contos não são apenas sobre os Robôs, mas existem outras histórias excelentes sobre ficção científica ou pensamentos sobre a vida. Selecionei alguns dos melhores para comentar.
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Sobre robôs: O pequeno robô desaparecido e Sonhos de Robô. O Asimov foi o criados das 3 leis básicas da robótica onde limita a liberdade de ação deles, mas em suas histórias o autor usa de artimanhas para dobrar a lógica comum e colocar o robô em conflito com suas diretrizes. É um exercício maravilhoso tentar raciocinar com o protagonista em como resolver as equações propostas e burlar o problema das leis.
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Apesar de serem contos que podem ser lidos independentes dos outros, as histórias pertencem a um mesmo universo, que são geridos pelos mesmos personagens e ambientes e se prestar atenção existe uma cronologia de fundo. Algumas coisas aparecem em mais de um conto como a doutora Susan Calvin, uma robopsicóloga e o computador central Multivac, uma clara referência ao que se tornaria a internet nos dias de hoje. Asimov foi um visionário, prevendo muita coisa que acontece hoje e que tende a acontecer no futuro não muito distante.
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Já o que mais me impressionou foi a qualidade dos textos que não se trataram sobre robôs. Toda excelente ficção científica tem uma discussão sociológica profunda de background, por exemplo:
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<b>Os incubadores</b> – Sobre um cientista tão inteligente e acima do pensamento dos outros que não vê mais sentido numa vida sem desafios.<BR>
<b>A Hospedeira</b> - Discute coisas como a morte por inibição e o advento de uma raça parasita sem que saibamos da existência. <BR>
<b>O Fura-greves</b> - Conto que faria funcionários públicos grevistas adorarem e que também discute sobre preconceito. <BR>
<b> Verso de luz</b> - Também fala sobre preconceito e de como cada um de nós somos perfeitos nas nossas imperfeições. É Deus que nos cria assim e cada característica que nos define faz parte de nossa personalidade e são coisas valiosas. <BR>
<b> O garotinho feio</b> - Sobre a nossa responsabilidade com os experimentos científicos quando envolve outros seres. Hoje em dia pode-se fazer um paralelo com o caso dos Beagles e dos ratos de laboratório de São Roque. <BR>
<b> Democracia eletrônica</b> - Uma interessante idéia de como uma eleição poderia ser realizada quando não se puderem consultar os eleitores. <BR>
<b> A mulher da minha vida</b> - E se um computador pudesse escolher a mulher perfeita pra gente?<p>
Mas os melhores contos são sobre assuntos existenciais. Asimov era ateu, como todo com cientista, mas pensava sobre a vida após a morte e o sentido da vida. Ele escreveu histórias excelentes como as seguintes:<p>
<b>O que os olhos vêem</b> – Como seria a vida daqui a milhões de anos quando a nossa consciência for mais importante do que o corpo físico. De certa forma ele fala sobre quando o ser humano se tornar espírito. <BR>
<b>A última pergunta</b> – Quando o planeta Terra estiver se extinguindo e a entropia começar a fazer efeito no Universo. <BR>
<b>A última resposta</b> – O melhor texto que já li dele. Uma pessoa morre e se encontra com um ser do outro lado da vida que lhe explica o que existe no além.<p>
Asimov é obrigatório.Ulisseshttp://www.blogger.com/profile/00046581592294045693noreply@blogger.com0