domingo, 19 de janeiro de 2014

Tanta Água

Filme uruguaio que assisti esses dias sem compromisso, sem programação, mas que foi uma grata surpresa. As melhores coisas parecem ser aquelas que não planejamos e nos surpreendem. Existe até uma teoria de que a felicidade está atrelada à sua expectativa do fato, ou seja, se você espera demais daquilo e o resultado não atinge seus patamares mínimos, cria-se uma decepção. O inverso é o mesmo, quando não esperamos nada e recebemos algo além do que pensávamos que aquilo poderia nos render, há a felicidade. Então é sempre bom nunca criar expectativa de nada, sempre será feliz com o que receber.

No filme, um pai separado planeja uma viagem com seus filhos nas férias. Aquela situação onde os filhos vivem com a mãe e passam alguns dias com o pai, que tenta agradar ao máximo. Na primeira parte das férias, tudo dá errado. Ele leva as crianças para lugares turísticos famosos, mas que não dá pra aproveitar por causa da chuva forte. Então ele leva para outros lugares menos famosos, só que cai em passeios chatos. Só na terceira e última tentativa ele consegue achar um lugar minimamente decente, uma cidade em um condomínio com piscinas com águas termais. Quando criança eu também já fui nas minhas férias pra um lugar parecido, em Serra Negra. Assim como eles, aproveitei muito o lugar, explorei a cidade com amigos e vivi intensamente aquele momento.

No filme o cara tem dois filhos, um menino mais criança e uma menina adolescente por volta de uns 16 anos. O filme trás a história pelo ponto de vista da menina que gosta de viajar com o pai, mas ao mesmo tempo se vê de saco cheio de estar sem seus amigos, ao contrário do seu irmão que, por ser mais criança, está adorando tudo. Ela acaba fazendo uma amizade com uma menina que também passa as férias por ali e começa a formar alguns amigos, que a levara a outras experiências.

Lembrei de outra viagem que fiz quando mais jovem, para Ubatuba. Fui com minha família e meus primos que eram meio chatos. Eu queria conhecer novos lugares e pessoas, mas eles insistiam em jogar vídeo-game. Naquela época eu já achava um absurdo ir pra praia e levar uma televisão e um vídeo-game. Pra que? Pra ficar dentro de casa jogando? Pra que ir pra praia então? Fica em casa. Se nós estamos viajando é pra aproveitar o lugar. Quando enjoavam de jogar, resolviam dar uma volta na cidade e adivinha aonde eles iam? Na casa de fliperamas e jogos. Mas pelo menos era outdoor. Não sei se acontece com todos, mas este filme me fez lembrar muito da minha infância e as descobertas que fiz nas idades tanto do menino quanto da menina.

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