quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amargurada

Tenho uma conhecida que costuma resmungar no facebook que não tem homem no mercado, que está sozinha procurando alguém e só encontra homem que não presta, que os bons ou estão casados ou são gays, e bla bla bla. Hoje li a seguinte frase que ela citou: “Namoro é igual a emprego, vaga tem... o que falta é gente qualificada pra ocupar o cargo!”.

Apesar de engraçadinha, a frase tem algo mais profundo. Na verdade homem tem, é que ela tem um grau de exigência maior do que a oferta. Vejo este problema muito hoje em dia. Muitas mulheres que eu conheço costumam falar a mesma coisa e eu acho que elas estão erradas em idealizar um homem a ponto de preferirem ficar sozinhas a conviver com uma pessoa com defeitos, somo todos humanos, ninguém é perfeito, nem ela no alto de seu salto alto.

Ela usou de uma frase de duplo sentido, como se ela fosse uma gerente de empresa procurando um homem para ocupar a vaga aberta de marido. A analogia é legal. Eu fiquei até com vontade de escrever uma réplica um pouco ofensiva, mas desisti pra não criar inimizade. Mas eu poderia escrever que “ um homem super qualificado não vai querer uma vaga onde só se faz arquivo. Não adianta nada exigir um milhão de coisas se a vaga é de estagiário.” Não que uma pessoa deve sair com outra apenas porque está sozinha. Ela deve estar onde se sente feliz, se sozinha é mais feliz do que com alguém, que seja. Agora ficar culpando o universo por causa de algumas experiências infelizes não tem muito sentido.

Teve um dia que ouvi uma discussão sobre este assunto no sentido de que a mulher nasce e é bombardeada pelos filmes da Disney e pelo estereótipo do príncipe encantado num cavalo. No restante da vida ela sempre vai procurar um cara que resgate esta bela imagem que ela tinha de um homem e sempre vai se decepcionar de uma maneira ou de outra. Hoje em dia as mulheres gostam dos seriados e filmes de comédia romântica, que é quase a mesma coisa da Disney, só que para adultas. No cinema ela olha pro filme, se delicia e quando acende as luzes, vira e tem um choque de realidade. Enfim.

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