terça-feira, 21 de janeiro de 2014

1º Iron Maiden Run - Running Free

Resolvi utilizar as corridas de 2014 para rever meus álbuns antigos que há tempos não ouvia. Percebi que escutar podcast durante a corrida não funciona. Numa caminhada tudo bem, mas o esforço desprendido e a concentração das passadas fazem a gente se perder na conversa. Música é muito melhor. No final de 2013 eu fiz testes com uma seleção particular de Black Sabbath e foram 100% aprovado por mim. Uni duas coisas que me interessava: a primeira é criar seleções de músicas para as futuras corridas e ao mesmo tempo ouvir álbuns antigos de bandas que curto.

Para iniciar esta série escolhi o Iron Maiden, com seu álbum de estréia auto intitulado. Os primórdios do Iron são bastante influenciados pelo movimento punk dos anos 70 e pelo heavy metal. Ele incorpora as duas vertentes produzindo um novo estilo de metal mais rápido sendo protagonista de um movimento britânico chamado NWBOHM (New Wave British of Heavy Metal). Ao iniciar acorrida, logo na primeira música, a gente percebe que são excelentes para uma corrida por serem mais rápidas e diretas, diferente do estilo Iron contemporâneo que vai desenvolver.

Prowler tem um riff ótimo pra dar aquele impulso e animo nos primeiros metros, enchendo o coração de animo e alegria em estar vivo e com saúde. Nada melhor para uma primeira música. Seguem em mesma sintonia a Iron Maiden, com um compasso e batida para acompanhar as passadas do corredor. Running Free foi feita pra este esporte, não penas pelo estilo da melodia como pela letra, deve estar no playlist de todo corredor.

Acho que dois quilômetros depois de partir encontro uma senhora parada na calçada. Eu reduzo um pouco, quase parando, para ultrapassá-la com cuidado quando ela levanta a mão me chamando a atenção e falando comigo. Ao parar e tirar os fones de ouvido, ela me pede para ajudá-la a atravessar a rua. Fiquei comovido e solidário neste momento. Dei a mão para ela e acompanhei sua travessia. Interrompi o treino, mas por um bom motivo. Sempre nesses momentos me dá uma tristeza e me deixa melancólico por um bom tempo, pois ela é uma senhora idosa e frágil que precisa de cuidados e ajuda de outros e sei que a minha hora chegará um dia que eu queira quer não. A velhice é inexorável e nosso corpo começa a se deteriorar até morrer se nada acontecer antes. A vida é triste e temos que aproveitar enquanto temos saúde, tudo tende a piorar. Enfim.

Logo em seguida tocou Transilvânia, que para minha surpresa se tornou a melhor música do dia. Ela é somente instrumental, mas além de um ritmo bom para correr ela tem bastante técnica na sua composição. Nem lembrava direito dela e com certeza entrará numa futura coletânea de corridas. Sanctuary e Charlotte the Harlot continuam com o mesmo ritmo e própria para esta corrida.

Músicas lentas, em tese, são ruins para correr. Não é regra, pois já corri Black Sabbath lento, blues e até new age e não foram ruins. Depende muito da música. A Strange World é lenta, mas num sentido ruim, não se encaixou na minha corrida e eu aconselho a eliminá-la da sua lista. Já outra do mesmo álbum que é um pouco lenta e um pouco rápida é a excelente Remember Tomorrow que não tem o mesmo problema. Apesar de suas partes lentas, não deixa o ritmo cair acho que devido à melodia tatuar no seu cérebro e não sair mais.

É um álbum pequeno, como a maioria dos discos de antigamente que eram limitados ao tamanho do vinil. Então aconselho que calculem a duração do percurso que pretendem percorrer com a duração da soma das músicas da sua lista para não terem que ouvia as mesmas músicas duas vezes. Se bem que, por outro lado, é bom para uma audição mais completa.

Como ainda estou testando novos lugares para praticar a atividade, não sei quantos quilômetros estou marcando, mas com o tempo vou melhorando os percursos. A idéia é correr pelo menos 10 km, nesta errei por um, mas chegarei lá.

- Quilometragem: 9,1 km
- Tempo: 49:46
- Ritmo médio: 5:27
- Calorias gastas: 765

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