segunda-feira, 25 de junho de 2012

A verdadeira história do Titanic

Assisti mais um documentário, no NatGeo sobre o desastre do Titanic que este ano completou 100 anos. Já tinha visto muita coisa na semana do aniversário e achei que já tinha ouvido e lido tudo o que se poderia dizer sobre o fato, mas estava enganado. Neste episódio eles, além de relatar os acontecimentos que tanto sabemos, tentam levantar os motivos da fatalidade através dos registros históricos. O acidente é um dos mais bem documentados da história. Todos os sobreviventes concederam entrevistas e depoimentos juramentados, muitos escreveram suas memórias em livros e muitas peças foram resgatadas do avio afundado.

Antes de qualquer coisa devo dizer que James Cameron merece os parabéns pelo apreço e detalhismo em reconstruir o universo do Titanic na sua perfeição. As fotos e imagens do navio são perfeitamente reproduzidas no filme, inclusive móveis, roupas, talheres e até os atores são parecidíssimos com a tripulação. O Comandante é praticamente sósia do ator que o representou.

O que teria causado o acidente?
- A tripulação era inexperiente? Não. Era uma das mais experientes da frota britânica.
- O comandante era ruim? Não, era um dos melhores.
- Tiveram procedimentos errados? Não. Todos fizeram seus trabalhos do jeito que deveriam.
- Faltou aviso de risco de icebergs? Não, outros navios tinham alertado.
- O Titanic foi mal construído ou era frágil. Não. Era o mais resistente. Foi feito como se fosse um navio de guerra, preparado para as piores coisas.
- O tempo estava ruim, o que fez não ver o Iceberg? Não, a noite estava perfeita, limpa e cheia de estrelas.

Todas as hipóteses de possível causa para o acidente são logo descartadas. Como um navio perfeito, com tripulação e comandante perfeitos em uma noite perfeita teve um fim tão trágico? O documentário chega a conclusões que até hoje eu não tinha ouvido falar.

As rotas do oceano Atlântico eram muito bem conhecidas. E entre estas rotas havia fluxos de água como se fossem rios dentro do oceano. A principal delas é a corrente do Labrador que desloca os icebergs que se soltam da Groelândia para o sul. Neste ano havia um grande número de icebergs na região parecendo muito com um campo minado.

O documentário explora a hipótese dos reflexos e miragens provocadas pela mudança da temperatura entre o oceano e a corrente do Labrador, que é mais fria. Muitos passageiros relataram uma brusca mudança na temperatura que muitos termômetros acusaram a queda de 14 graus a 1 grau centígrado. O reflexo faz com que a coluna do mar se eleva e cubra o fundo do iceberg deixando-o invisível. Na noite estrelada, os observadores também não sabiam onde começada o mar e terminava o céu.

O reflexo também seria uma das explicações de o porquê do navio Califórnia não ter ido ajudar o Titanic sendo que ele estava bem próximo. O capitão, na época, disse que tinha visto um navio cargueiro e bem menor, nada comparado ao maior navio do mundo. Hoje o natgeo provou que a longa distancia, numa noite estrelada e com mudança de temperatura poderia ter provocado esta miragem.

Nunca pense que nunca pode aprender mais sobre um assunto, mesmo já tendo lido e visto bastante.

Um comentário:

  1. Eu assisti esse documentário. Se eu não me engano foi na época do acidente.
    Big Beijos

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