domingo, 2 de fevereiro de 2014

Proteste Já + Porta da Esperança

Sonhei uma coisa interessante que pode ser até uma dica para a rede Globo ou qualquer outra emissora que queira fazer algo diferente e útil pra sociedade.

No meu sonho, na Praça do Patriarca, centro de São Paulo, entre a Rua Xavier de Toledo e a descida para o Vale do Anhangabaú não existia a escadaria que tem hoje em dia. No sonho era apenas um caminho de terra em que a gente descia meio tropeçando. O engraçado é que lá em cima tinha uma porta verde escura de madeira bem antiga estilo colonial portuguesa com um trinco enferrujado e de difícil manuseio que não dava para lugar nenhum. Ela apenas separava da rua de cima para o caminho de terra abaixo. Era aparentemente um lugar que muitas pessoas passavam para ir aos seus respectivos serviços. Em algum momento eu enviei uma mensagem para a Rede Globo cobrando providências.

Já existem programas parecidos com o que eu idealizei. Uma coisa que gosto da Globo é que às vezes eles vão a algum lugar para ver se o poder público está presente, como uma cresce com teto caindo, um córrego que não está sendo tratado, alguma coisa dessas. Eles contactam a prefeitura e informam do problema. Claro que eles prometem uma resolução. Um ano depois eles voltam para o mesmo local pra ver se aquela promessa foi cumprida. No CQC da TV Bandeirantes eles fizeram o quadro Proteste Já que tem praticamente a mesma idéia só que com pitadas de humor. Minha idéia é que eles fizessem algo parecido, uma espécie de mistura entre o Proteste Já e a Porta da Esperança. O público mandaria mensagens para a emissora em questão e pediria algo que precisasse de resolução na cidade. Um deles seria agraciado em resultaria num programa na televisão.

No meu sonho o SPTV me chamou para mostrar que meu desejo tinha sido realizado. Chegamos à Praça do Patriarca e a tal porta verde estava lá como sempre. Olhei para o repórter, que era o Carlos Tramontina, e fiquei com aquela cara de dúvida como se dissesse “ué, cadê o serviço feito”. Ele sorriu e me disse que na porta eles não poderiam mexer, pois era tombado, era uma relíquia da época da colonização portuguesa e que não sairia dali, só aproveitaram pra dar mais uma pintada de verde escuro e deixar mais bonita. Eles ficavam filmando e observando minhas reações pra ver se eu tinha gostado. Ele me pediu para abrir a porta e a maçaneta não era normal como qualquer uma, ela se movia pra frente e era um pouco dura.

Quando abri, fiquei um pouco decepcionado. Como a emissora estava fazendo aquele programa e a expectativa estava em alta, eu estava esperando uma escada rolante. Mas era apenas uma escada normal. E pior, da porta para o começo da escada, existia um degrau muito grande de quase um metro de altura que tínhamos que saltar para descer. Uma pessoa idosa nunca passaria por ali. Então percebi um negócio verde de metal logo abaixo. O Tramontina me deu um controle remoto e pediu para eu apertar. Quando o fiz, aquela placa de metal subiu e se transformou numa rampa para deficientes ligando à rua de cima e o início da escada. Tentei descer pela rampa, mas quase cai já que ela era bem escorregadia e íngreme. O repórter disse que eu não apertasse o botão até o final e sim até o meio. Quando obedeci à instrução a rampa se tornou num degrau, permitindo minha descida.

Só depois que acordei percebi da idiotice de se fazer uma rampa para deficientes em cima de uma escada. Não iria adiantar nada. O que o deficiente iria fazer depois da rampa?! Outro problema era este controle remoto para controlar o primeiro degrau/rampa. Este problema eu pensei já durante o sonho. E se uma pessoa estivesse subindo, como faria para acionar o degrau? E se levassem o controle remoto embora? Eu enchi de defeitos o projeto e fiquei um pouco com dó do Tramontina, porque os repórteres estavam todos esperando que eu pulasse de alegria por ter realizado o “sonho”. Ao contrário, só criticava.

Depois que acordei achei até que era uma boa idéia esta de toda semana fazer uma obra pública realizando o desejo de alguém. E no meu sonho eles até diziam à empresa que estava patrocinando o programa que tinha feito a obra. A emissora só entrava com a publicidade, a empresa que desembolsaria o dinheiro para a realização do conserto. Fica a dica.

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