sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pitbulls on Crack

Diariamente na minha rotina antes do trabalho atravesso a um viaduto caminhando que dá acesso ao Parque São Domingos onde muitas pessoas aproveitam a manhã para caminhar, correr e passear com seus cães. Vejo que em muitos lugares são aceitos cachorros soltos ou na coleira, lugares públicos. No passado isto não era tão comum como acontece nos dias atuais. Hoje as dondocas levam seus poodles no shopping, crianças entram com seus cães nos parques e tem gente que caminha com seu cachorro sem coleira ao lado.

Eu fico um pouco incomodado com a situação. Adoro cachorros, mas tem lugar pra tudo. Entrar com eles em estabelecimentos fechados só é permitido, a meu ver, aos cães guia. Cachorro é pra ficar em casa preso. E se sair, que seja na coleira. E se for um cão de raça violenta, tem que pôr aquela mordaça. Tudo isto funcionaria num país evoluído. Claro que no Brasil não funciona deste jeito. Até aceito alguns cachorros que são treinados e fazem absolutamente tudo o que o dono manda, sem se desgarrar dele.

Outro dia eu estava caminhando neste parque e vi dois cachorros soltos. Meu sentido de aranha apitou o alerta e fiquei de olho. O cachorro é um animal irracional e selvagem, domesticado artificialmente pelo homem. Nunca se pode confiar 100% em um animal que não tem a consciência do ser humano. Depois de algum tempo percebi uma mulher caminhando atrás deles então concluí que eles pertenciam a ela. Eles caminhavam à frente e de vez em quando olhavam pra trás pra se certificarem que ela estava vindo.

Todos os dias cruzo com um rapaz que corre com um cachorro ao lado. O cachorro está sempre carregando um objeto na boca, não sei dizer o que é. Mas os dois sempre estão lado a lado, sem qualquer suspeita de que o cão resolva de repente ir para outro lado, apesar de ser um pittbull. Este é um exemplo de que o cachorro pode sim sair sem coleira sem perigo.

Hoje eu ia começar a atravessar o viaduto que dá acesso ao parque e ao mesmo tempo estava vindo outro pedestre. Virei para a direita para não trombarmos quando de repente apareceu um puta dum rottweiler gigante que estava vindo atrás deste cara e ficou a minha frente. Deu aquela sensação de perigo numa fração de segundo que logo sumiu, pois o cachorro não estava interessado em mim. Ele virou em minha direção apenas para desviar deste cara que estava vindo na minha direção e em seguida continuou em seu caminho. Ele tinha uma coleira e aparentemente pertencia a alguém. Mas não vi ninguém próximo. Depois do rápido susto continuei caminhando e cheguei até a olhar pra trás pra ver se via o rottweiler, mas ele havia desaparecido. Achei muito estranha a situação.

Quando cheguei ao meio do viaduto, encontrei com aquele rapaz que anda com o pittbull e ele estava indignado e revoltado. Perguntou se eu tinha visto aquele pittbull e eu confirmei. Ele disse que esse pittbull tinha atacado o rottweiler do nada sem motivo chegando a feri-lo. O rapaz tinha um daquelas arminhas de choque, talvez para controle do seu próprio cão em alguma emergência, e usou-a para afastar o rottweiler. O focinho do pittbull estava todo sangrando e ele parecia manso.

Concordei com sua indignação. Imagina se esse rottweiler ataca uma pessoa ou ainda pior, uma criança! O cachorro pertencia a alguém e este deveria ser punido severamente. Que espécie de pessoa tem um cachorro tão perigoso assim e não tem responsabilidade o suficiente para não deixar seu cão escapar. E agora, já em casa, me lembrei daquela mulher que tinha cruzado no outro dia. Ela tinha um rottweiler igualzinho e suspeito que seja ela a dona. Desprezo as pessoas que não tem esta consciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário