segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mentes Ansiosas

Medo e ansiedade além dos limites

Achei este livro perdido na estante de casa lido por algum membro da minha família e resolvi lê-lo quando estava no intervalo de alguma outra leitura. Me considero bastante ansioso, provocando alguns problemas pra mim como o excesso de peso, já que como até sem fome, e nervosismo para que as coisas se acelerem. Acho que tudo é lento demais, mas acaba me atrapalhando a concentração e o foco. Achei que encontraria a resposta neste livro. Não foi exatamente o que encontrei, mas a autora tenta descrever todos os comportamentos de uma pessoa neste estado.

A descrição de problemas nos faz perceber o quanto estamos errados, pois ao ler parece que estamos lendo os problemas de outra pessoa, mas acontece que são os mesmos problemas que nos atinge. Quando lemos problemas dos outros, geralmente temos a atitude prepotente de saber o que fazer. Ao propor ações para a resolução dos problemas nos sentimos superiores. É curioso quando fazemos isto, mas percebemos que estamos ajudando a nós mesmos.

A autora não lidou com o assunto do jeito que eu pensei. Ela fez uma análise de todos os tipos de transtornos que uma pessoa pode ter que envolva a ansiedade. Resumidamente, todo tipo de transtorno tem uma fonte: o medo. Não importa o quão ansioso você seja, ele provém de algum medo de sua vida. Ela começa com a simples ansiedade indo para o transtorno do pânico, o caso mais forte, até chegar ao agorafobia, que deve ser o caso mais forte de medo social onde a pessoa não consegue nem sair de casa.

Percebi que todos os tipos de transtorno que ela cita em seu livro derivam de um comportamento e um sentimento normal na vida de qualquer ser humano. Para se viver em sociedade, temos que ter vários tipos de atitudes na vida para sobrevivermos. Devemos respeitar os horários, tomar banho, sair de casa na hora certa pra chegar ao serviço, checar se a porta está trancada antes de sair, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, ter cuidado para não pisar num buraco no chão, ter cuidado com cachorros soltos na rua, ter cuidado com bandidos na rua e não ficar expondo seu dinheiro, etc. O problema é quando todos estes cuidados se tornam obsessivos atrapalhando sua vida normal. Li um relato de uma mulher que achava que seus dentes estavam sempre sujos, então os escovava sempre. É um comportamento saudável cuidar dos dentes. Mas ela escovava tanto que perdeu alguns dentes e ficou com problemas na gengiva.

Eu acho alguns comportamentos necessários em uma cidade grande como São Paulo ou Rio de Janeiro. Só andando alerta é que se evita muitos assaltos. Mas a gente acaba perdendo a tranqüilidade da vida vivendo 100% alerta.

Já a solução da autora em todos os casos é psicoterapia cognitivo-comportamental, ou seja, consultas ao psicólogo ou psiquiatra. Em alguns casos ela diz que o uso de remédios é necessário.

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