segunda-feira, 22 de abril de 2013

Papel desempenhado numa relação amorosa

Quando conhecemos e gostamos de alguém e finalmente quando caímos de amores pelo pretendente, mudamos nosso comportamento radicalmente. Quase sempre representamos algum personagem, poucas pessoas são elas mesmas tão abertamente.

Eu ouvi isto e concordei. Quando estamos saindo com alguma namorada ou namorado, não somos nós mesmos. Representamos um papel, vestimos uma carapuça para sermos aceitáveis e adequados à posição de companheiro ao seu lado. Rimos das piadas idiotas e comentamos sobre coisas que não nos interessa para que sejamos amados. A necessidade de afeto é intrínseca e temos a sensação que se não nos comportarmos de determinado jeito, o sexo oposto não se interessará por nós e nos deixará. Somos atores da vida real. São aquelas pequenas mentirinhas do dia a dia que todo mundo faz como “você está bonita hoje”, “está magra”, etc.

A situação muda com o avanço da relação. Quanto mais tempo e mais intimidade, a pessoa vai se apaixonando ainda mais, se entregando. As barreiras emocionais que temos num primeiro momento vão caindo de acordo com o crescimento da confiança. Tem coisas que não contamos para qualquer um, só para aqueles que interessam. Quanto mais barreiras são baixadas, mais a mercê estamos da outra pessoa. As barreiras servem para nos proteger. Se baixamos as barreiras, ficamos vulneráveis a qualquer ataque ou carinho da outra pessoa e é ai que sofremos ou amamos completamente.

Acho que quando estamos plenamente apaixonados regredimos a idade mental da criança, pois todos temos uma criança interior que necessita de amor. É por isso que Freud é tão importante, ele já previa isto. O primeiro amor de uma pessoa é para com sua mãe. Temos confiança total e um amor incondicional com a progenitora que nunca se repetirá. Quando encontramos um parceiro que amamos, o nível de comportamento se aproxima do amor que tinha com a mãe. Não carnal, óbvio, mas afetivo. Tornamos-nos tão dependentes da outra pessoa assim como éramos quando criança com a mãe que não vemos o resto da vida sem aquela companheira do nosso lado. É nessa fase que mulheres ficam chorando quando recebem algum desagrado do parceiro e quando um cara decide assassinar a parceira quando leva um fora. São casos extremos, mas acho que todo mundo passa por isso, desilusão amorosa.

No momento que somos realmente nós mesmos são os momentos que somos mais vulneráveis e indefesos.

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