Semana passada o cine Olido fez uma retrospectiva do cineasta Jean Rollin com alguns filmes de sua carreira. Pra quem curte este gênero de filme, o título me chamou bastante a atenção: “Jean Rollin – O Príncipe Maldito do Horror”. Pensei se tratar de filmes horripilantes que dão medo na espinha inteira. Procurei a programação e descobri que já estava nos últimos dias e resolvi assistir ao filme “A Noiva De Drácula”. Só o nome já era bizarro e eu esperava aquele filme B estilo Ed Wood.
Realmente encontrei o filme que eu esperava, bem mal feito, com uma história besta e com cenas pra lá de amadoras. Pensei que iria me divertir por ser um filme B, mas não achei tão divertido assim. Acho que mesmo sabendo que se trata de um filme com menor orçamento, espero que tenha alguma qualidade nem que seja o roteiro. Não vi nenhum dos dois.
O que fiquei mais impressionado foi em saber que o Jean Rollin filmou esta merda em 2002. Não há desculpas para ele. Se fosse um filme de 50 anos atrás a gente até entenderia já que naquela época os estúdios não possuíam o grau e qualidade que possuem hoje, mas um filme no século 21 não tem o direito de ser tão amador. Pode-se dizer que ele fez tudo aquilo propositalmente e que a idéia era fazer um trash movie estilo anos 50. Percebi que sou contra este estilo retro de alguns diretores atuais. Os filmes antigos ruins são bons porque eles faziam aquele filme ruim levando a sério seu trabalho. Eles queriam fazer o melhor possível e infelizmente saia um filme tosco. Os diretores atuais querem reproduzir aquele amadorismo hoje mesmo tendo recursos suficientes, fica muito fake, muito falso em minha opinião.
A Noiva de Drácula é mal dirigido, pois as cenas às vezes têm cortes repentinos de uma vez, não se vê ligações entre elas. A história é pra lá de bizarra, feito aparentemente por um garoto de 5 anos. Os cenários parecem ter sido feitos no quintal da casa dele. E as atuações são ridículas, parece que nenhuma daquelas pessoas era atores de verdade, foram amigos do diretor que resolveu aparecer no filme. Só em um momento eu enxerguei um pouco de arte no filme já no final na cena da praia. Ali mostra que o diretor de um pouco de qualidade. Mas tirando isto, um desperdício de dinheiro, se é que ele gastou algum. Tem outra parte boa no filme, a parte erótica. O que tem de mulher pelada não é brincadeira, muito bom.
Tive chances de assistir mais dois filmes do diretor, mas desisti depois desta experiência. Não achei perda de tempo total, pelo menos rendeu este texto. Foi bom conhecer este diretor, mas não deu vontade nenhuma de conhecer mais sua carreira.
Pequeno trecho do filme, pra você ter uma idéia do que eu estou falando:
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