Assisti a uma entrevista no Jô Soares sobre um casal de médicos que abandonou a segurança de um consultório e de um hospital e decidiram fazer um projeto onde percorreriam várias cidades do nordeste onde as condições de vida são muito precárias, o poder público não tem acesso e não chega para fornecer as condições mínimas de bem estar garantidas pela constituição. Fizeram um site e conseguiram uma parceria, um patrocínio, para bancar suas viagens e gastos.
Por um lado, o empreendimento deles é bem arriscado e correm o risco de perder dinheiro e não ter emprego no futuro para suas vidas. Por outro lado, deve ser extremamente gratificante em ajudar aquelas pessoas que precisam de um mínimo de atendimento, medicamento e saúde. Ensinam coisas básicas que nós da grande cidade sabemos fazer como lavar as mãos, limpar os alimentos, ferver a água e cuidados em relação ao lixo, a limpeza do banheiro e construção de fossas. Já se aproximando de suas áreas médicas, tem atendimento de idosos que sofrem de pressão alta, diabetes e outras convalescenças que nem desconfiavam ter apesar de sempre se sentirem mal. É quase um pronto socorro de uma área esquecida pelo homem.
Fiquei comovido pela ação deles e gostaria de ter dinheiro para ajudá-los. Fiquei fazendo aquele exercício prazeroso de o que faríamos se tivéssemos ganhado na loteria. Se eu tivesse em uma situação confortável com uns milhões na conta rendendo juros, eu investiria no projeto deles. Mas eu não queria simplesmente dar o dinheiro, pois não os conheço, e sim entraria como uma sociedade onde além dos atendimentos eles teriam que fazer relatórios de suas atividades e filmagens dos locais onde estivessem medicando. Com este material que eles enviariam pela Internet, eu colocaria no site do projeto onde faria propaganda solicitando mais patrocinadores para a causa. Em troca forneceria, através do meu investimento, locomoção, hospedagens e segurança à equipe.
Eu tentaria vender a marca, transformar a missão deles em um produto lucrativo. Muita empresa querendo vincular sua marca a uma ação tão positiva, talvez se interessasse pelo produto. Se ninguém investir, eu já fico feliz em apenas ajudá-los. Mas se pelo menos uma empresa apoiar a causa, eu já saio no lucro por diminuir meu prejuízo. E a equipe de médicos só tem a ganhar com tanta gente se oferecendo pra ajudar.
Se bobear, do jeito que eu me encontrar, até iria junto. Com 50 milhões ganhos na loteria, eu sairia do meu trabalho atual e estaria ocioso. Nada como uma aventura para participar e ainda sabendo que estaria participando uma ação filantrópica.
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