Não conhecia o teatro, mas decidir ir a uma de suas peças. Vi pelo mapa que era relativamente próximo do metro Brigadeiro e assim planejei a ida em 3 de abril. Como iria andando, vejo bem por onde passarei durante a noite, pois dependendo da região, pode ser perigoso caminhar desprotegido caso algum assaltante queira aproveitar da situação.
Descendo pela av. Brigadeiro, estava tudo tranqüilo, próximo da av. Paulista, com bastante movimento. Em seguida entro pela Rua dos Ingleses, onde precisava passar por duas ruas para chegar ao teatro. Após alguns metros vejo que a iluminação não é das melhores, mas prossigo na minha caminhada. Passado a primeira travessa percebo que mais postes estão sem luz deixando a rua bem escura, ótima pra um pequeno delito. Penso em voltar, mas resolvo continuar, pois já estava ali mesmo e o teatro estava próximo. Continuei e avistei o local, em uma pequena praça, parecendo um oásis, mas mesmo assim com a iluminação baixa. Bom, primeira etapa concluída, mas ponto negativo para o caminho a ser percorrido do metro até lá.
Quando fui comprar os ingressos, a atendente informa que existe um problema na impressão dos ingressos que já estava sendo resolvida. Pediu para eu aguardar na área de espera acima. O local é bem amplo, com várias mesas, mas achei estranha a pequena lanchonete com as luzes apagadas e com alguém questionando o fato de estar cheirando queimado em algum lugar. Outro ponto negativo. Mas ouvi os funcionários conversando sobre um problema de energia que estava acontecendo naquela região e então liguei os fatos. Por isso estava escuro na rua, por isso a máquina de impressão de ingressos não estava funcionando e por isso a lanchonete estava apagada. Zerei os pontos negativos e percebi que era uma situação excepcional.
As pessoas foram chegando e nada de avisarem que os ingressos já poderiam ser impressos. Faltando 15 minutos pro começo, fui até o guichê para perguntar se já haviam corrigido o problema e informaram que não e que a peça seria adiada por 10 minutos. E que neste período a Eletropaulo iria desligar a energia e restabelecer, tipo um boot do sistema. Voltei ao meu lugar para a espera. Aconteceu o tal blecaute como haviam dito e a funcionária avisou os participantes do que estava acontecendo. Trouxeram várias luzes de emergência, pendurando nas pareces para que não ficássemos no breu total, mas mesmo assim estava bem escuro. Já passava de 20 minutos de atraso quando os atores apareceram na área, já vestidos com as roupas da apresentação para conversar com as pessoas. Informaram que achavam que a energia seria consertada em breve, mas como estava demorando muito e não havia previsão de volta, decidiram cancelar a peça naquele dia e que poderiam voltar na semana seguinte. Os atores e os funcionários foram muito gentis e atenciosos. Pediram desculpas mesmo a culpa não sendo deles e o público que estava lá entendeu.
Na volta pra casa, vimos o caminhão da Eletropaulo na porta com os técnicos pendurados no poste e aquela escuridão total, pior daquela quando cheguei ao teatro. Eu me orientava com as luzes dos carros que passavam na rua. Só quando cheguei na av. Brigadeiro que tudo voltou ao normal.
No dia 10, uma semana depois, voltei ao local para tirar minha má impressão do caminho. Realmente a energia tinha sido o problema, pois a rua é bem iluminada e pareceu mais rápido chegar até lá caminhando. Mas todo aquele público que estava esperando na semana passada não retornou nesta. Acho quando entrei na sala tinha umas 12 pessoas assistindo a peça. Os atores se apresentaram muito bem, profissionalmente, como se estivesse lotado. No final foi até um pouco constrangedor com uma dúzia de pessoas batendo palmas. Eu nunca tinha ido num teatro em que tivesse tão pouca gente. Fiquei pensando porque isto tinha acontecido. Acho que a localização não deve ser das melhores. É um pouco afastado da av. Brigadeiro. O preço dos ingressos também não é tão convidativo. Também acho que falta divulgação. É uma coisa pra se pensar.
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