domingo, 20 de abril de 2014

Homem da ciência, Homem da fé

Eu tenho um pensamento à base da lógica, vejo as coisas através de fatos e conseqüências onde tudo é explicado por causa das ações que tomamos como uma matemática onde o resultado de dois mais dois sempre dará quatro. Apesar de ter sentimentos como qualquer outro, eu me considero um homem da razão. Uma decisão a ser tomada não pode se deixar ser influenciada pela emoção que sempre estraga tudo. Uma emoção forte sempre atrapalha o técnico, o pensamento se dispersa, a concentração vai pro espaço e aquela pessoa que tem o conhecimento não consegue resolver o problema por causa da interferência do lado sentimental. É uma fraqueza. Uma pessoa que tenha um bom autocontrole dos seus sentimentos estará fadada ao sucesso, conseguirá atingir seus objetivos mais facilmente do que aqueles que se perdem com questões menores durante o percurso.

Fazendo uma analogia com o esporte, atletas com autocontrole conseguem se sobressair em suas respectivas modalidades. Federer, o tenista mais completo e vitorioso da história do tênis é conhecido por ser frio durante o jogo que pode ter até quatro horas de duração com muitos momentos de alta e baixa. Sua concentração é grande não se deixando abalar com os percalços pelos quais passa durante a partida, parece uma geladeira. Gostaria de ser o mais próximo desses exemplos de superação.

É por causa dessa certeza que me perturba o fato de que as emoções causam um grande impacto sobre mim. Acontecimentos a minha volta com pessoas das quais tenho carinho e fatos que ocorrem comigo de modo emocional causam estragos que não sei como lidar. É como um fracasso pra mim que pensa racionalmente. A vida é cheia de decepções e temos que lidar com elas no dia a dia, mas algumas realmente fazem efeito negativo sobre mim que eu deveria relevar, ignorar e superar. Mas isto não acontece. O negativismo fica e não sai, os pensamentos começam a rodar na minha mente como se fosse um vírus, impedindo que eu faça o que deve ser feito.

Amigos meus dizem que eles não estão nem ai com a situação de merda na qual passam. Estão como um cavalo num desfile, cagando e andando. Algumas vezes eu acho que eles mentem pra se mostrarem superiores. Outras vezes até acredito que eles não ligam e invejo seu autocontrole emocional, procurando usá-los como exemplos nas próximas vezes que sofrer um impacto de mesma natureza.

Gostaria de ter menos emoção e mais razão, como um robô, para que estes fatos não me prejudiquem como ser humano em busca de minhas aspirações. Será que é por isso que adoro Asimov? Seria bom ser como os Vulcanos e reprimir nossos sentimentos.

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