Tudo na vida é impulsionado pelo dinheiro, não sejamos hipócritas. Os interesses mudam de acordo os poderosos, o dono, quem controla a coisa quer. Se chega um patrocinador e quer que a história vá para um lado diferente, na hora eles mudam o roteiro. Acho que foi o que aconteceu neste filme. Vince Vaughn escreveu sobre uma grande empresa, ai o Google deve ter chego e pedido para nomeá-la. O problema é que ficaram martelando Google na nossa cabeça o filme inteiro, um saco.
Não é uma coisa rara. No filme Do que as Mulheres Gostam, o Mel Gibson testa vários produtos durante a história por se tratar de um personagem publicitário. No Náufrago, do Tom Hanks, eles martelam toda hora que a Fedex é a melhor empresa de todos os tempos e que a bola Wilson é sua companheira e sua amiga. Mas neste caso, pelo menos o filme era muito bom e a gente até agüenta a publicidade forçada. Nas novelas da Globo está cheio de publicidade. Eles criam cenas de diálogos entre personagens só pra mostrar comendo um produto. A cena é tão patética que ele para o que está fazendo, vira pra câmera e começa a degustar o produto falando que é muito bom.
Acho uma coisa perigosa esta de alterar uma obra a tal ponto em que possa se falar de um produto no meio da história do filme. Se perder a mão, tem o risco de estragar um bom filme. Se um personagem vai pegar seu celular e ligar pra uma amiga e a câmera focar no aparelho, acho válido o produtor vender a cena pra uma operadora onde pode mostrar a marca Samsung, Motorola, Nokia ou qualquer outra. Não altera nada na continuidade do filme e ainda insere um nome na cabeça do telespectador. Agora quando os diálogos e a cena são direcionados exclusivamente para o produto, com vi acontecer em Os Estagiários, pra mim estraga todo o sentido do filme. É igual aqueles textos em revistas que parece uma matéria normal, mas na verdade são informes publicitários para enganar o consumidor.
Lembrei de outro filme muito parecido com Os Estagiários, que é Ameaça Virtual. Neste filme os estudantes vão trabalhar na empresa dos seus sonhos também e o nome não é divulgado ou conhecido. Mas todos sabemos que se trata da Microsoft. Até o Tim Robbins, ator que faz o dono da empresa, está caracterizado igualzinho ao Bill Gates. Tudo bem que no filme eles falam mal da empresa, então seria uma má publicidade e teria um risco de processo e entendo o porquê deles esconderem o nome. Mas acho que os filmes deveriam ser assim, mostrar a marca, mas não tão explicita e sim de um jeito que nós entendemos. Mas isto é ilusão num mundo capitalista como o nosso.
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