sábado, 26 de outubro de 2013

A Praga

37ºMostra Internacional de Cinema São Paulo
2013 – Espanha

O filme espanhol tem duas histórias paralelas, uma com um lutador de luta Greco-romana que também trabalha para um agricultor numa lavoura, a outra é sobre uma enfermeira que trabalha em um centro que cuida de idosos. Esta parte, da enfermeira é bem mais interessante que o outro, pena que não foram mais avante no assunto, pois daria mais histórias.

Respeito profundamente estes profissionais que cuidam de idosos em asilos, são abnegados, com certeza estão purificando sua alma aqui na Terra e sairão fortalecidos desta vida. É um serviço dificílimo de executar todos os dias, eu mesmo acho que não conseguiria realizar coisa parecida. Sei que é um serviço como outro qualquer e que eles são pagos pra isto, mesmo assim ainda os respeito. Imagina aqueles que fazem isto em caráter de serviço comunitário então? São pessoas iluminadas.

Ela caminha por um longo caminho de terra pra chegar ao serviço e em uma dessas viagens consegue uma carona de um agricultor que achou, por acaso, uma velhinha com problemas de locomoção e necessitando de cuidados especiais. Esta enfermeira acaba ficando responsável por ela no instituto. Acho que a velhinha não é atriz, não a veremos em outro filme, ela tinha problemas reais no corpo. Deu até dó de vê-la no meio do campo tentando caminhar no chão de pedras. Acho que o diretor fez igual ao Cidade de Deus, pegou pessoas locais sem experiência com filmagem para fazer papéis no filme.

Esta visão do idoso me trás a reflexão de quão frágil a vida é. Quando jovens, não pensamos nas amarguras que teremos no futuro. Aposto que esta velhinha do filme quando mais nova era uma menina bonita e cheia de vida. Chegar num estágio como o que ela está me entristece um pouco. Ela não tinha família e estava vulnerável nas mãos de pessoas que queriam seu bem. E esta senhora ainda tem sorte por ter algum lugar decente pra ir ao contrário de muitos que sofrem ainda mais.

O filme tem alguns momentos emotivos como o fato das enfermeiras se apegarem aos seus pacientes. Imagina chegar um dia e descobrir que aquele senhor que você conversa e cuida morreu durante a noite? Ou mesmo ver as dores e as desesperanças deles no dia a dia sem poder fazer nada. As profissionais estão ali pra amenizar este sofrimento e tentar dar uma vida mais digna pra eles, dar amor, atenção coisas que parecem simples mas que eles não tem. As enfermeiras, quando dedicadas, são emissárias de Deus ali.

Nem tudo é tristeza claro. Existem muitos momentos felizes e engraçados. Não podemos ser também depressivos e ver apenas o lado ruim das coisas, mas ser realista com a situação em que se vive. A ideia é tentar ser feliz em qualquer situação. Se a vida der limões, fazer uma caipirinha.

Um comentário:

  1. Olha é muito dificil lidar com idosos. Tb respeito quem cuida e tem vocação para exercer a profissão de cuidadora e enfermeira. Haja paciência e dedicação.
    Ótimo dia pra vc!
    Big Beijos
    Lulu on the sky

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