sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O Deus da Carnificina

Só o título do filme já dá vontade de assisti-lo. Carnage! E também só de saber que foi filmado por Roman Polanski já é um motivo a mais para ver esta película, além de grandes atores no elenco. Mas confesso que me decepcionei um pouco. A expectativa que a gente cria em torno de um filme é fogo! Sempre que tenho vontade de assistir um filme, evito ao máximo saber mais detalhes sobre a trama para não ter spoilers inconvenientes. Mas ao saber que era um filme do Polanski já imaginei aqueles grandes filmes de suspense onde ficamos com o coração na garganta. Mas não se trata disto. É uma comédia baseada em uma peça e teatro e toda a história se passa dentro de um apartamento. Entretanto tirando expectativa infundada, o filme é muito bom.

A história, sem spoilers, é o seguinte. Os filhos de dois casais brigam no parque. Uma delas pega um pedaço de galho e atinge a outra, quebrando dois dentes da boca. Aliás, é a introdução do filme enquanto passa os créditos iniciais. Quando começa o filme, costumamos não prestar muita atenção nas cenas iniciais por ao ter muita importância, o contrário do que acontece aqui. Veja com atenção desde o início. Então os pais da criança que foi agredida, Jodie Foster e John C. Reilly, chamam os pais da criança agressora, Kate Winslet e Christoph Waltz, para conversarem sobre o assunto e tentarem resolver o problema. Basicamente toda a história se passa entre estes dois casais discutindo sobre que atitude tomar em relação às crianças. Depois de assistir ao filme, eu adoraria ver uma peça de teatro representando esta história.

Se acontecesse no Brasil, os pais da criança vítima iriam partir pra violência contra os pais da criança agressora. Não teria conversa e se a criança passasse na frente da casa também seria alvo de violência, do jeito que nosso país costuma tratar casos passionais. Mas no mundo mais civilizado do filme, os pais muito amistosamente tentam resolver através de uma conversa franca. Claro que pra ter 2 horas de filme, muita coisa vai ser discutida além da briga das crianças, como o casamento dos dois casais e os problemas pessoais de cada personagem.

E parece que o Quentin Tarantino ressuscitou mais um grande ator. Depois do John Travolta se tirado do ostracismo e estrelado Pulp Fiction, desandou a trabalhar em milhares de filmes a seguir. Aconteceu novamente com Christoph Waltz, excelente ator que ninguém conhecia até o Bastardos Inglórios onde fez brilhantemente o papel de um nazista caçador de judeus, merecendo um Oscar pelo trabalho. Agora todo filme que assisto, ele está nele. E neste filme ele faz uma ótima participação, que é a cara dele.

Do modo que o texto é bem feito e os diálogos caprichados, me deu a sensação de ter assistido um filme do Woody Allen. Pra quem curte este tipo de filme, vale a pena.

Um comentário:

  1. Não é muito minha praia esse tipo de filme. Se eu não me engano, virou até peça de teatro não foi?
    Big Beijos

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