Escrevi este texto depois de ler um trecho do livro “O que a vida me ensinou” de Mário Sérgio Cortella.
No livro do Cortella ele brinca com a história do cara que estava procurando uma chave. Depois de procurar muito, acha-a e diz: “justo no último lugar que procurei”. Muitas pessoas dizem esta frase. Mas é claro que estava no último lugar que procurou. Depois que você acha, não vai continuar procurando né.
Depois de me identificar com a situação e rir, raciocino melhor. O cara que diz esta frase não quis dizer exatamente o que saiu. Ele se sente um azarado por ter procurado por tantos lugares, perdido tempo precioso e só ter encontrado depois de revirar o quarto inteiro.
Na verdade é como se ele tivesse na cabeça uns 15 possíveis lugares em seu quarto onde a tal coisa que perdeu poderia estar e ele tem que escolher a ordem dos lugares para verificar se o objeto está lá. Escolhe o armário primeiro, abre e vê que não está lá. Em seguida abre a gaveta, não está lá também, e assim sucessivamente até chegar ao 15ºlugar que estabeleceu previamente onde estaria e finalmente acha o maldito objeto. Neste caso ele teria toda a razão de proferir esta frase, pois foi o último dos 15 lugares que relacionou para a procura. Se não tivesse achado, teria que fazer outra lista na cabeça. E é claro que ele se sente azarado por ter escolhido mal a ordem e culpa o maldito Murphy.
No meu serviço passo por isto também quando tenho que procurar um contrato de importação em uma pequena pilha de 20. Claro que instintivamente começo a procurar do primeiro ao último e é claro que o que eu estou procurando está no final. Algumas vezes tento enganar Murphy começando do último e neste caso o que eu estou procurando está no começo. Logo posso dizer que achei no último lugar que procurei.
Quando eu quero achar uma coisa apelo pra São Longuinho, ele nunca falha comigo.
ResponderExcluirBig Beijos