Tive a oportunidade de assistir ao filme do diretor brasileiro Walter Salles na sua adaptação do famoso livro de Jack Kerouac On the Road, que ainda não li. A história é sobre Sal, jovem escritor que resolve sair com seu amigo Moriarty pelos Estados Unidos para curtir os prazeres da vida. Na verdade a história é uma autobiografia romanceada de kerouac que criou seu walter ego Sal Paradise e seu amigo na vida real Neal Cassady que virou Dean Moriarty.
Nestas viagens que eles fazem eles conhecem os tipos mais doidos de pessoas e vivem aproveitando aquela trica sexo, drogas e rock’n’roll. Na verdade o livro foi uma representação da cultura beatnik da década de 60 onde existiam os hippies os jovens que queriam se livrar do materialismo e curtir a vida na sua essência.
Não sei como anda a geração atual Restart e Freno, o que eles pensam da vida ou se pensam, mas na minha época de adolescente eu consumi muita música desta época e lia bastante sobre a trajetória das minhas bandas preferidas e todas eram regadas a este estilo de vida inconseqüente. Eram contra o padrão de pensamento considerado normal de estudar e entrar numa grande empresa, casar e ter filhos e viver aquela vidinha do subúrbio. Na adolescência pensamos que somos diferentes dos adultos retrógrados e que vamos mudar o mundo.
Até hoje eu me imagino vivendo em uma sociedade como na época de Woodstock. Eu sempre disse que nasci na geração errada. Eu queria estar com uns 15 anos em 1968 e ter ido para os Estados Unidos curtir aquele grande festival e a cultura da época. As histórias do The Doors, Beatles, Jimmy Hendrix, Janis Joplin são maravilhosas e viviam o que pregavam. Não por acaso, mas todos eles terminaram mortos por causa de seus excessos apesar de suas obras estarem presentes até hoje. Se tornaram imortais em espírito. Apesar de sonhar com um mundo desses e fazer algumas besteiras quando jovem, acabei me encaixando no mundo quadrado do politicamente correto e ainda estou vivo. Por mais romântico que uma vida dessas possa parecer, no final você colherá o que plantou.
Uma crítica que li do filme diz que Walter Salles pintou Moriarty, o amigo que todos os caras queriam ter, como um drogado escroto que estava tentando levar Sal para a destruição. Kerouac já disse que escreveu On the Road em homenagem a seu amigo Cassidy, logo o sentido da história não seria este. Já a Kristen Stewart faz uma personagem que todos os homens também queriam ter como amiga. O filme é recheado de gente famosa, não sei como não ficou caro demais.
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