Depois de ler o maravilhoso livro Dança da Morte, resolvi pegar outro do Stephen King e escolhi, por indicação, Celular. Tive certa decepção no início, mas acredito que achei fraco porque o Dança da Morte é extremamente complexo e cheio de personagens. Qualquer livro que lesse depois sairia simplista demais. Mas depois de um início fraco, fui percebendo que algumas idéias de King foram muito boas.
Como um resumo da história principal do livro, tudo começa de repente com uma ligação pelo telefone celular de várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta ligação sai um som que transforma as pessoas em um modo primitivo e violento, como se fosse uma espécie de zumbi moderno. Claro que os sobreviventes do novo mundo serão aqueles que não têm celulares. Por coincidência eu tive meu celular roubado há mais de um mês e ainda não comprei um novo, então também me sinto em parte um dos sobreviventes do livro.
A semelhança com a história dos zumbis é inevitável, pois os que receberam as chamadas pelo celular se comportam com extrema violência e matam os outros sem piedade. Mas King foi além disto. Ele deve ter lido bastante sobre o funcionamento do cérebro. Eu já sabia algo sobre isto, mas ele mostra que o cérebro é um órgão extremamente complexo e sabe-se que a humanidade só usa 2 a 3% de sua capacidade, incluindo sonhos. Então pra que serve os outros 98%? O potencial deste órgão é extremamente alto. Imagine o que poderíamos fazer se usássemo-lo em sua totalidade?
É nesta tecla que o autor segue, pois além do comportamento agressivo e sem nenhuma sociabilidade, os zumbis, ou fônicos como são chamados no livro, começam a desenvolver outras formas de utilização do cérebro como telepatia, tele cinese, controle do ambiente e do mundo. Apesar de estarem em estados catatônicos, se tornam muito poderosos se utilizarem outros pontos do cérebro que nós humanos não usamos.
Ainda não conclui sua história, mas já indico para os fãs de histórias pós apocalípticas e/ou de zumbi, onde a nossa atenção é voltada para um pequeno grupo de sobreviventes tentando escapar da morte.
Ulisses, se eu ler um livro desses eu não durmo.
ResponderExcluirBig Beijos