
Apesar de argentino, é uma história tipicamente brasileira que poderia ter sido filmada no Rio de janeiro ou mesmo em São Paulo onde passamos por situações idênticas. Quantas vezes vemos os sem teto invadindo prédios da prefeitura que estavam abandonados? Quase todo dia. E outra coisa parecida com nosso país é a história violenta da localidade. No Brasil existe um gênero tipicamente tupiniquim onde se tem a romantização da favela, os favelamovies. Quase como um western, só que na favela, com personagens típicos como o dono da boca, o favelado trabalhador e honesto, o cheira-cola, os miseráveis e pobres todos os estereótipos.
Neste filme argentino não se foge muito da mesma idéia de favela, mas diferente de um Tropa de Elite onde a polícia é a paladina da liberdade, neste filme o foco são em dois padres que tentam melhorar a qualidade de vida desta população carente. Assim como em Tropa de Elite, onde o capitão Nascimento, policial experiente, recruta um substituto mais novo, no filme argentino um padre antigo da favela tenta trazer o novato para assumir suas responsabilidades sociais em defesa dos necessitados.
É um choque para o padre mais novo adentrar neste ambiente, ainda mais porque ele tem sérias dúvidas em relação à atividade que escolheu. Um missionário tem um trabalho árduo e desgastante, mas que com certeza encaminha para um lugar mais iluminado. Eles dedicam sua vida em prol dos outros, abdicam de muita coisa de viver sua própria vida, enxergam como um trabalho dado por Deus, uma missão na Terra para ser desempenhada. Tenho grande admiração por estas pessoas na vida real como a Zilda Arns e Dorothy Stang, ambas mortas desempenhando seu trabalho.
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