Sempre somos reféns da expectativa produzida antes do fato. Se não temos nenhuma expectativa e recebemos um bom produto, ficamos felizes. Já se esperamos uma grande coisa e o que é mostrado não é tão legal quanto achávamos que fosse, consideramos ruim mesmo que seja bom. Gosto muito dos filmes do 007 e achei os últimos dois filmes com o novo ator Daniel Craig muito bons. A minha expectativa era alta. Eu achava que ele estaria no mesmo nível de Quantum of Solace, o último filme, mas que não conseguiria ser melhor que Cassino Royale, que foi um filme excelente. Ou seja, minha expectativa já era mais ou menos alta. Pois bem, o que eu encontrei foi um verdadeiro arrasa-quarteirão, um filmaço! Há muito tempo não vejo um filme de ação tão bom quanto o que eu vi nesta noite, impecável.
O diretor Sam Mendes subiu muito em meu conceito. Ele fez um grande filme que respeitou muito do que James Bond representa. Fotografia excelente, montagem, cenas de ação muito bem executadas. O filme é alucinante, tem ação do primeiro ao último minuto te deixando com o coração na mão o tempo inteiro. Não tem nenhuma cena desperdiçada, todas são importantes para o filme. Fiquei muito satisfeito com o resultado e vale o ingresso!
A história do Skyfall é a seguinte: um espião rouba um HD contendo o nome e os disfarces de todos os espiões britânicos espalhados no mundo. Com esta informação os bandidos podem localizar e eliminá-lo. James Bond é responsável por resgatar este HD. É a trama básica, mas claro que a história dá um milhão de voltas. Já ouvi falar que esta nova saga de Daniel Craig, diferente dos demais intérpretes do personagem, é um reboot. Então ele recriará todos aqueles personagens característicos da franquia original como o M, o Q, a Moneypenny, o carro Austin Martin e os mais tradicionais locais e gadgets que ele usa. É um resgate do Bond original numa roupa do século 21.
Uma das críticas que pode se fazer, não do filme que é perfeito, mas do personagem, é que ele hoje tem menos elementos do James Bond original de Sean Connery e do próprio Ian Fleming e é mais parecido com o Bourne do Matt Damon. É verdade, eu concordo. O Daniel Craig é bem diferente do estilo pomposo do Roger Moore ou do Pierce Brosnan. Pra mim ele é mais parecido com o Jack Bauer e com o próprio Bourne. Não é mais aquele engomadinho das festinhas de gala, apesar de ele fazer isto no filme atual. Ele é mais rústico.
A Bond girl é lindíssima. Bérénice Marlohe tem uma beleza misteriosa e exótica, ela deve ter certa descendência árabe pra dar um tom de pele mais queimadinho que a deixa muito sensual. Mas o mais chamativo é o olhar hipnotizante e penetrante. A conversa que ela tem com o Bond no cassino é muito boa, dá vontade de agarrá-la ali mesmo na hora.
Já Javier Bardem faz novamente um excelente vilão. O cara foi feito pra fazer vilão. Em uma parte do filme pensei que os roteiristas tinham recriado aquele vilão clássico de antigos filmes do 007, o jaws. O Javier Bardem é grandão e tem uma cara meio desproporcional, um pouco parecido com Richard Kiel que era feio pra cacete. Uma pena, mas não tem nada a ver. Criaram um novo personagem mesmo.
Não tem aquela abertura tradicional do Bond andando e dando um firo na câmera, mas na verdade nem senti falta viu. Foi até melhor pra não cortarem nenhuma cena das que viriam a seguir. E a música tema é cantada pela Adele que se saiu muito bem, mas ficou longe das melhores músicas dela. A Adele tem uma puta voz, poderia ter composto uma música que usasse seus dotes vocais pra deixar uma boa impressão. Não foi o caso, mas mesmo assim a música é boa. E a abertura que acompanha a música é excelente, acho que vai virar o clip dela. Enfim. É um filme que precisa ser visto. Precisa ser visto! É muito bom!
Amooooooooooooooo o Javier Bardem. Vc falou tanto do filme que fui tentar ver e não consegui. Agora me explica: Pq todo homem ama 007?
ResponderExcluirBig Beijos