Segundo livro da trilogia de Stieg Larsson. Depois de ler o fantástico primeiro livro, não tinha como não continuar seguindo a história no livro seguinte. Os nomes dos títulos não causam vontade de ler. Só me interessei porque vi o filme e percebi que a história seria excelente. Mas se visse na vitrine o título Os homens que não amavam as mulheres, imaginaria que fosse um daqueles livros de auto-ajuda feminino contra os homens cafajestes. Enfim.
A história deste Segundo livro se passa exatamente onde terminou a primeira. Por isso mesmo aconselho que se leia o primeiro livro antes para não ficar perdido. Depois dos acontecimentos que aconteceram em Hedestad, Lisbeth resolve curtir uma grande viagem pelo mundo enquanto Mikael curte sua fama e continua trabalhando na revista Millenium.
Tem bastante promiscuidade na história, homem com homem, mulher com mulher, sexo entre casais, swing. O autor acredita num mundo com grande diversidade e uma sexualidade livre de preconceitos onde todo mundo pode transar com quem quiser independente de convenções tradicionais como o casamento. Não sei se é uma utopia ou uma realidade sueca.
O livro demora bastante pra engatar, pois ele descreve situações os personagens principais aparentemente dispensáveis. O autor descreve uma revista livre de politicagem onde os jornalistas são éticos e querem exercer suas profissões o melhor possível para o bem da população. Deve ser o sonho de todo estudante que está se formando ao sair da faculdade. Pena que não existam muitos lugares assim na vida real.
Só vamos chegar ao ponto central do segundo livro depois de 250 páginas, quando foi montado todo o mistério pelo qual Lisbeth será envolvida. O mistério policial que Larsson cria é excepcional. Ele sabe prender nossa atenção e fazer o leitor querer desvendar o crime com as provas que ele joga na sua cara. A quantidade de detalhes faz um livro policial do Jô Soares parecer literatura de criança.
Além do mistério policial, este livro é mais focado em Lisbeth. Vamos conhecer mais a fundo esta personagem enigmática que provoca grande interesse. Vamos saber sobre sua infância, de porque ela está sob tutela do estado e mais segredos que foram trazidos do primeiro livro.
Para o autor, qualquer um pode realizar uma investigação criminal, não precisa ser policial para isto. Seja jornalista, empresa de segurança pessoal ou mera pessoa física. A polícia tem mais recursos disponíveis, mas se você tiver inteligência, perspicácia e perseverança, consegue se sair melhor.
O primeiro livro ainda é melhor como um todo. Mas este mantém a mesma qualidade e provoca o mesmo interesse pela leitura que seu predecessor. Se gostou do primeiro, pode ir para o segundo sem medo.
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