O primeiro contato que tive com esta história foi através do filme norte americano de David Fincher que é excelente, adorei! Claro que surgiu a idéia de ler o livro. Como normalmente os livros são melhores do que os filmes baseados na literatura, então o livro teria que ser tão ou mais legal. Mas sempre tive uma resistência a ler obras que já tinha visto o filme. Ver o filme depois que leu o livro acho normal, pois sempre imaginamos as cenas que poderiam ser transportadas para as telas. Mas ver o filme e decidir ler o livro nunca me passou pela cabeça até este momento.
A história é bastante complexa e cheia de detalhes, então minha explicação geral sobre ela não afetará em nada a surpresa que alguém queira ter lendo ou vendo o filme. Um jornalista investigativo chamado Mikael Bomkvist é convidado por um milionário industrial para um serviço particular e extremamente bem remunerado. A sobrinha de Henrik Vanger, o patrono das empresas Vanger desapareceu há 36 anos. Desde então Henrik a procura com ajuda da polícia e de todo tipo de profissionais que o dinheiro pode pagar. Ele tem grandes caixas de material arquivado. Então ele tem um prazo de um ano para descobrir o que aconteceu com ela.
Ao mesmo tempo, o local onde aconteceu o desaparecimento é uma ilha onde a família Vanger reside que fica no norte da Suécia. Se a Suécia já é congelada, imagina o norte de lá! Mikael, por questões contratuais, é obrigado a residir em uma das casas da ilha para sua investigação e todos, inclusive membros da família, são suspeitos em ter dado um fim na menina. A partir daí Mikael começa a investigação, levantar provas e depoimentos, mas muita coisa já se perdeu no tempo. São 36 anos. Muita gente que estava presente na data do desaparecimento já morreu. E quase todas as idéias iniciais dele já foram cogitadas pela polícia na época. Nós como leitores nos imaginamos como ele conseguirá ter uma idéia original depois de 36 anos de pesquisa contínua. Henrik, já muito idoso, não quer morrer sem saber o que aconteceu naquele dia.
Mas a melhor personagem do livro é Lisbeth Salander. Se eu tiver uma filha algum dia quero dar o nome de Lisbeth. Ela, em algum momento, ajudará Mikael a desvendar o crime. Ela é uma jovem problemática, incapaz judicialmente e tem um tutor que é responsável por sua vida e integração social. Sua vida é cheia de problemas desde a infância, mas é extremamente inteligente. Ela tem uma memória fotográfica e um raciocínio fantástico. É um personagem cativante, quase uma anti-heroína. Li que o Stieg Larsson, o autor da obra, quando mais jovem testemunhou um estupro coletivo em uma mulher e na época não fez nada para ajudá-la, apenas observou. Ele nunca se perdoou e ao escrever este romance nomeou a personagem principal com o nome da mulher que foi estuprada naquele dia: Lisbeth.
Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas, como aquela do jogo Detetive em que os personagens e suspeitos são conhecidos e estão presos em uma casa. No livro eles estão fechados numa ilha e as possibilidades são limitadas àquele espaço. Basta ao investigador, e o leitor em conjunto, analisar todas as provas e tentar chegar ao culpado pelo crime.
Uma amiga do serviço disse que o filme sueco é bem melhor. Eu tive a oportunidade de assisti-lo e confesso que não achei nada demais. Na verdade gostei mais do filme norte americano, talvez pelo fato de ter visto ele primeiro. Mas fazendo uma análise entre os dois filmes, o norte-americano é mais fiel em minha opinião começando na escolha dos atores. A atriz Rooney Mara é a perfeita Lisbeth, que é bem magra, esquelética e faz uma interpretação bem anti-social do jeito que é descrito no livro. A sueca é mais voluptuosa. E o Mikael tinha que ser o Daniel 007 Craig mesmo. No livro ele é um cara mais velho, mas comedor. Ele traça pelo menos 3 mulheres durante a história. O ator sueco não agüenta nenhuma, tem cara que precisa do azulzinho. Aconselho o filme norte-americano.
Não vi o filme e nem li o livro, mas gosto é pessoal né?
ResponderExcluirParabéns pelo nosso dia: Dia do blog!
Big Beijos