Meses atrás, mudando o canal em um dia onde não tinha nada pra fazer e pra assistir, parei naquele programa chato da Luciana Gimenez que nem sei qual é o nome, mas que sempre gera polêmica levando convidados polêmicos pra debater algum assunto nada relevante. Às vezes acertam no assunto, mas erram nos convidados chamando gente que tem limitação de visão.
Neste dia estava tendo uma discussão sobre os evangélicos e como convidados estavam o Conrado e a Andréia Sorvetão, casal que eu não via desde o Trapahotel, nem sabiam que eram casados. Eles são evangélicos fervorosos e a cada 10 palavras, uma é Jesus Cristo e outra é Deus. É difícil julgar, pois cada um faz de sua vida o que quiser, mas para uma pessoa não religiosa, uma conversa em que a pessoa insiste em meter a religião em qualquer assunto debatido é extremamente irritante. É como aquele joguinho do Silvio Santos que a cada três palavras deve se dizer PIN. Exemplo: Então você viu PIN o que aconteceu PIN com a televisão PIN. Conversar com alguém falando PIN pra tudo é irritante, não é? Então troque a palavra PIN pela palavra Deus e você terá o exemplo de uma conversa com um evangélico.
Tenho amigos que por acaso são evangélicos e são muito gente boa, agradáveis, confiáveis e que podemos ter uma boa conversa sobre qualquer coisa, sabe porque? Por que não falam de religião. Tem um amigo meu que se não tivessem me dito que ele era evangélico, eu nunca iria saber. Ele nunca me disse, e eu o respeito muito.
Neste programa o Conrado e a Sorvetão eram este tipo de evangélico que eu citei acima e eram bem chatos. Mas assisti um outro programa em que debatiam sobre o casamento gay e é claro que convidaram um pastor pra criar polêmica sendo o do contra. Um assunto desses com participação de um religioso deve ser garantia de barraco e audiência. Mas quando vem um representante mais alto, um pastor, um padre mais culto, a discussão se torna interessantíssima, pois debatem em um nível mais elevado. Esse pastor que foi, não vou me lembrar o nome, sabia falar, tinha o dom da oratória e não era bobo. Ele não iria despejar um monte de bobagens que o povão geralmente faz, mas ele também não pode ir contra os ensinamentos da sua igreja. Quando falavam sobre as histórias pessoas dos casais gays e perguntavam sua opinião, primeiramente ele vinha bem educado, simpático dizendo que cada um fazia da sua vida o que bem entendesse, fazendo a conversa ficar bem agradável e aceita por todos, mas no decorrer do discurso ele ia mudando astutamente a direção indicando que o certo seria uma união hetero que aquilo estava errado. Não vou discutir se está certo ou errado o homossexualismo, assunto para outro dia, mas sim a habilidade deste pastor mesmo se contradizendo fazer o discurso mudar de mais suave para mais agressivo. Só prestando atenção no que ele dizia que percebíamos a jogada.
A cada pergunta ele começava de um jeito bem lógico e racional fazendo eu ter admiração pela sua inteligência e opinião, mas depois de uns 2 minutos ele cagava e dava aquela versão da igreja. Eu fiquei com a impressão de que ele verdadeiramente não acreditava naquela opinião da religião e só mudava o discurso pra não perder o cargo de pastor. Via-se que ele era culto.
Uma pessoa que já nasce ou que tem um treinamento de oratória, tem capacidade de convencer muitos ignorantes. Precisa-se prestar atenção ao discurso e perceber a mudança de opinião ou se realmente bate com suas crenças.
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