
Na boa, mas brasileiro adora importar coisas de fora só pra fazer festa. Não tem nada de ideológico aqui. Nós achamos que tudo o que vem de fora é bom então devemos fazer a mesma coisa aqui pra nos sentirmos pertencentes ao mundo. A Marcha das Vadias é um exemplo. O que se tornou um protesto canadense contra o machismo dos policiais de lá, aqui virou festa pra um monte de mulheres ficarem seminuas na rua. Pra nós homens é ótimo, ter uma visão privilegiada. Mas é zero como movimento social. Acho que 99% das vadias daqui não estavam nem ai pro ideal e sim pra festa.
A mesma coisa acontece com outros movimentos. A Parada Gay de São Paulo, apesar de ser a maior do mundo é apenas mais um carnaval fora de época onde tem uma grande quantidade de gays junto com o resto do povo. Movimentos contra a violência contra gays? Só 1% está pensando nisto, os outros 99% querem putaria.
Quer mais coisa importada que perde todo o sentido aqui no Brasil? Que tal o Occupy Wall Street? Movimento norte-americano contra a desigualdade econômica e social do setor financeiro que fez grande estrago na última crise financeira mundial. Aqui no Brasil virou um monte de desocupados moradores de rua baderneiros montando barracas sujas e fétidas no Vale do Anhangabaú em São Paulo. Duraram algumas semanas e foram logo retiradas, pois não via sentido naquilo.
Festas estrangeiras abrasileiradas. O Halloween, evento tradicional que tem origem com o povo Celta e comemorado pelos norte-americanos e britânicos, aqui no Brasil virou uma festa à fantasia, geralmente comemorada por jovens da classe média pra cima. Ou seja, mais um motivo pra festa, pra beber e comemorar, só não se sabe o que.
Na verdade o brasileiro só precisa de um motivo pra beber, não importa qual. Vamos beber pra comemorar ou beber pra afogar as mágoas. Vamos ver o que o povo de lá vai inventar agora para o povo daqui importar e fazer uma festa abrasileirada.
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