Mais um dia normal e corriqueiro de correria e transtornos em São Paulo, rotina de acordar, tomar banho, tomar café e correr para o serviço para trabalhar que nem um camelo e xingado pelo chefe. Enfim, é a nossa vida de cidadão urbano e temos que nos acostumar com isto ou jogar para o alto e ser feliz enquanto pode. Por enquanto prefiro trabalhar a exaustão em busca de uma remuneração maior e conforto futuro que talvez não venha.
Novamente acordei atrasado. Pra variar, ou não. Ultimamente tem se tornado uma rotina. O atraso depende de muitas coisas, mas uma que me prejudica muito ao acordar de manhã e o fato de ter ido dormir tarde nas noites passadas. Quando acumulo dois ou três dias dormindo tarde e acordando cedo, meu corpo começa a sentir maior cansaço de manhã fazendo com que não levante no mesmo horário de sempre, então sou obrigado a correr nas minhas rotinas, cancelando compromissos, tudo pra diminuir o atraso de chegada no serviço, quando dá. Então sempre é um dia difícil do momento que eu levanto da cama até a noite quando vou me recolher aos meus aposentos. É aquele dia que a gente “acorda com o pé esquerdo” e parece que tudo dá errado.
Neste dia em específico, mas que é apenas um exemplo de muitos que já tive, eu estava super hiper mega atrasado e estava pelo menos meia hora a mais do horário que deveria sair de casa, sem contar com transito no caminho até centro da cidade. Pedi uma carona pro meu pai para me levar na estação de trem o quanto antes para pelo menos diminuir a demora. Sabendo da minha urgência, meu pai se apressou, entrou no carro e partimos.
Logo em seguida a primeira barreira: o semáforo! Por sorte já estava preste a abrir e prosseguimos na viagem. Andamos mais alguns metros e encontramos o segundo empecilho do dia: uma lesma travestida de carro guiando como se estivesse a passeio. Respiramos fundo para trazer uma calma de não sei onde para nosso ser, pensamos que o nosso estresse não tinha nada a ver com a tranqüilidade do motorista à frente e tentamos nos acalmar. Temos também que respeitar os outros motoristas e o universo que cada um habita, claro. Vivemos em sociedade e se ninguém se respeitar apesar das diferenças, não sobreviveremos na selva cinza da cidade.
Fomos guiando lentamente atrás tartaruga. Logo a frente havia uma rua que dava acesso à avenida na qual estávamos. Vimos que um carro chegou desta rua para entrar na avenida e o carro que estava à nossa frente gentilmente diminuiu a velocidade mesmo estando quase em cima para dar passagem ao carro que queria entrar. Que ódio brotou de nossos seres. Se ele estivesse querendo entrar lá longe, entenderíamos, mas o carro estava bem próximo. O normal seria deixar nós dois passarmos para ai sim entrar na avenida. Mas a lesma da frente decidiu que era melhor entrarem já que deviam ser mais importantes. Beleza.
Prosseguimos em nossa lenta jornada quando a frente tinha um posto de gasolina, lugar de entrada e saída de veículos. Um carro tinha acabado de abastecer e queria retornar à avenida. Adivinha quem resolveu parar e deixar todos entrarem na avenida? O sr. Gentileza que infelizmente apareceu do nada e parou nossa vida. O universo, não contente com nosso atraso decidiu que eu não estava atrasado o suficiente e fez questão de me deixar mais atrasado ainda. Lembra que eu queria uma carona para chegar mais cedo à estação? Provavelmente chegaria na mesma hora se fosse andando graças a este energúmeno que se materializou em nosso caminho. O universo claramente disse pra mim: “Não adianta o que faça, você vai chegar na hora que EU quiser”.O jeito é deixar a vida levar e se preocupar menos. Resolvi responder ao universo dizendo ”Foda-se, enfia naquele lugar a hora certa. Chego quando der, não estou nem ai”. Só assim pra ter paz e tranqüilidade na vida.
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