sábado, 16 de fevereiro de 2013

Roubo da mochila

Mais um sonho sinistro, tenho tido muitos parecidos ultimamente. Um dia sonhei que estava sendo esganado. Hoje a angústia que sofri foi diferente. Eu estava caminhando à noite na rua D.Veridiana e me dirigindo para o metrô Santa Cecília como se eu fizesse aquele caminho todos os dias, com minha mochila característica que uso na vida real, quando de repente acaba a força e todos os postes da rua se apagam de modo que eu não conseguia enxergar um palmo diante do nariz. Havia outros transeuntes na rua, mas parecia que cada um já estava se arrumando e conseguindo se sair bem da situação.

Bateu aquele momento de desespero de não saber onde estava indo quando eu me abaixei e achei uma grande lanterna cinza. Que coincidência! Eu, no escuro, precisando de uma luz e o que eu acho bem na minha frente? Uma lanterna. Eu achei que um policial (policial???) tinha esquecido na rua quando acabou a força, mas peguei porque precisava e ia deixar no local mais próximo para que fosse devolvida. Mesmo com a lanterna estava difícil de enxergar, pois havia o chão imediatamente a sua frente e a frente. Eu tinha que olhar onde estava pisando e olhar pra frente pra não bater em nada. Neste estado fui seguindo,

Quem conhece a região sabe que a rua D.Veridiana acaba na estação Santa Cecília, mas no meu sonho a estação República vinha antes. No meu caminho eu sempre me dirigia para a Santa Cecília. Mas como o caminho estava muito escuro e confuso, resolvi ficar na República mesmo. Vi 3 primas minhas que estavam na porta e hesitei. Não queria me encontrar com elas, então pensei em continuar andando até a próxima estação, mas desisti pelo perigo de continuar caminhando no escuro e entrei nesta estação mesmo assim. Não só porque eu poderia esbarrar com minhas parentes, mas porque a estação República estava muito cheia, entupida, muito provavelmente por causa do problema da energia.

A lanterna sumiu. Esqueci dela no momento que cheguei à estação. Eu estava entrando, meio preocupado em passar pela entrada sem ser notado pelas minhas primas e também me preparando para enfrentar o mar de gente na escadaria, trombando com outras pessoas. De repente ouço alguém gritando que alguém tinha perdido algo. O cara gritou perguntando se aquilo era de alguém. Foi então que percebi que eu estava entrando na estação sem minha mochila. Impressionante eu não ter notado minha mochila saindo das minhas costas. Parecia o Houdini! Na hora me ocorreu que tirar uma mochila assim sem o conhecimento do dono só poderia ser obra de um especialista na arte do roubo.

Quando olhei para trás vi um sujeito com minha mochila nas mãos gritando e procurando o dono. Neste momento fui a sua direção para clamar por minha mochila, me desviando das pessoas que nos separavam. Faltando uns 2 metros pra chegar até ele o cara começa a se dirigir pra fora da estação. Fiquei desesperado vendo o maldito indo embora com minha mochila e apertei o passo empurrando as pessoas para alcançá-lo. Consegui finalmente segurar seu braço e dizer que era minha. Mas para meu espanto ele desconfiou de mim como se fosse eu que queria dar o golpe da mochila roubada e pegar um objeto que ele tinha achado. Saímos do centro da entrada da estação, nos encostamos-nos a uma muretinha no canto, colocamos a mochila em cima e eu perguntei pra ele como poderia provar que a mochila era minha. Eu não tinha nenhum documento meu dentro. Então disse que se eu dissesse o que tinha dentro pra ele antes de abrirmos a mochila ele se convenceria que era meu. Ele concordou.

Pensei no que mais ele se surpreenderia de eu ter o conhecimento e lembrei-me do livro que estava lendo. Obviamente citar o nome do livro seria uma ótima prova. Quando começaria a falar, percebi que não me lembrava do nome do livro. Nossa, como tentei lembrar. É terrível querer falar algo que aparentemente você sabe e não conseguir. Resolvi nem falar sobre o livro. Se eu dissesse apenas que tinha um livro dentro, ele iria me perguntar qual era. Eu não ia responder e ele ia desconfiar mais ainda de mim. Como eu estaria lendo um livro e nem saber o nome dele. Consegui falar que tinha um guarda chuva e uns papeis, mas não me lembrava de nada que fizesse a diferença. Na hora ele concluiu que eu não era o dono.

Fiquei irritado e disse que poderíamos resolver então na polícia. Olhei em volta e vi dois policiais em um daqueles quiosques, uma base da polícia móvel. Chegamos lá, relatamos o ocorrido e eu perguntei como poderíamos resolver a situação. O sonho ficou um pouco nebuloso, como se discutíssemos e como se tivesse passado um tempo maior do que foi. O cara que achou minha mochila estava exaltado ainda achando eu não era que eu estava dizendo. Ele balançou a mochila como se ela fosse de mentira pra tentar provar que eu era uma farsa, um embuste. Quando balançou, a mochila abriu e virou como se fosse um saco plástico rasgado. A idéia dele era mostrar para os policiais que a mochila era de mentira e que estava vazia. Mas quando olhamos ao redor, minhas coisas estavam todas jogadas e espalhadas no chão sendo pisoteadas pelas pessoas.

Xinguei muito o cara e comecei a recolher meus pertences como se tivesse sido vítima de bullying. O cara reconheceu minha idoneidade e começou a chorar arrependido de ter tomado aquela atitude. Ele começou a me ajudar a recolher as coisas, mas parava e voltava a chorar. E eu ainda xingando ele e falando para os policiais pra tomar uma atitude. Nesta hora acordei.

Um comentário:

  1. Ai que nervoso Ulisses. Acredito que os sonhos servem de alerta. Tenha cuidado ao andar na rua e nos transportes.
    big beijos
    Lulu On The Sky

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